Capítulo 55 - Promise

817 28 14
                                    

“Parece que ele gostou de ti” disse a Maura animada e o Niall tinha um sorriso enorme estampado na cara. Se seguida coloco o miúdo de novo no carrinho enquanto lhe faço festas. Aí aparecem as minhas reguilas.

“Quem é?” pergunta a Jéssica curiosa

“É sobrinho do Niall” respondi

“Sobrinho é como filho do irmão?” perguntou ela e eu ri-me

“Sim, amor, é isso” Vi a Tâmara a aproximar-se e fazer festinhas ao de leve na cara do bebé.

“Ele é um príncipe como o Niall” disse baixinho

“Tu achas o Niall um príncipe?” perguntou a Maura e a Tâmara assentiu mesmo sem tirar os olhos do bebé. “Mas ele é gordinho” ela quase que afirma

“Não, a Ellie é mais” respondeu rápido a Jéssica fazendo-nos todos rir.

“O que vocês fazem em Londres?” perguntou o Niall

“Vim cá visitar-te e passar o restinho do dia contigo. Trouxe o Theo para nos fazer companhia.” Maura afirma. Vejo o olhar do Niall encher-se de ternura e abraçar a mãe.

“Falto aqui eu!” diz a minha avó e Niall logo corre para a abraçar também.

“Luh, que saudades!” ele diz e ela sorri

“Como estás Horanzinho?” ela perguntou e ele franze a sobrancelha. “É assim que a Jéssica te chama” a minha avó esclarece fazendo-nos rir.

“Eu estou bem. Aqui tem a Ellie sã e salva” disse-lhe o Niall

“Já vi que sim. Obrigado por a teres levado. Depois de tantos problemas ela precisava.”

“Muito bem, está na hora da avó ir para casa que muitas horas aqui neste frio são prejudiciais” refilei e ela logo concordou. Ainda se juntou a Rose e o pai, visto que vamos para casa com eles. Já estava tudo arrumado no carro quando vou até ao outro lado do parque ter com o Niall.

“Bem, amanhã deves sair cedo por isso já não te vejo” digo calmamente

“Sim, é realmente muito cedo.” Ele afirma baixando o olhar

“Hey!” disse levantando-o com o meu polegar e indicador. “ O mês passa rápido, prometo” digo-lhe e vejo um sorriso formar-se

“Obrigada por todo o apoio, por não te teres afastado.” Ele agradece e abraça-me logo. O seu abraço era forte, como se não me quisesse ver partir. Na verdade nem eu queria que ele fosse embora. “Tenho uma coisa para ti” ele diz e leva a mão ao pulso tirando de lá a pulseira preta igual à que os outros usam. Acho que é um símbolo de união entre eles desde sempre. Deve ser muito importante. Cuidadosamente ele pega no meu pulso direito e coloca lá a pulseira apertando-a depois. “Preciso que guardes este tesouro durante o mês” ele fala calmamente. “Só tu me podes guardar algo. Eu sei que ando muito despistado e que a vou perder. Como não te tenho lá para a encontrar depois, preciso que fiques com ela aqui.” Com a resposta dele só me apetece sorrir.

“Com toda a honra” disse e abracei-o mais uma vez. “Então fazemos uma troca.” Eu digo e ele olha-me atento. Levo a minha mão ao meu fio de prata com a cruz de cristo. Chego ao pé dele e coloco-o no seu pescoço. “Agora é a tua vez de tomar conta de algo meu. Este colar foi do meu avô. Fiquei com ele porque a minha avó assim o quis. Ainda nem sequer tinha nascido quando ele morreu e por isso só o conheço por histórias. Ele morreu pela pátria dele. Dá muito orgulho saber quem ele era e o bem que fazia e ainda faz à minha avó. Segundo ele, era o seu tesouro mais preciso porque protegia-o e sempre o trazia a casa” pausei e vi as lágrimas a formarem-se nos olhos dele, tal como nos meus. “Eu quero que ele te traga para casa também. Nunca o tires. Ele vai fazer com que voltes sempre. Prometes que voltas?” Falei e ele voltou a abraçar-me fortemente.

Am I wrong? ♥Onde histórias criam vida. Descubra agora