Capítulo 11

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Talita

Encostei-me na parede do bar a espera de uma Eduarda que não tardou em chegar. O táxi em que ela estava parou e ela desceu vindo em minha direção, com um expressão de alívio por eu estar ali é bem. Mas aquele semblante mudou.

Ela se aproximou me olhando como quem não acreditasse no que estava vendo. Eu ainda sem entender, sorri aliviada por ser ela e não meu pai.

- Oi! Obrigada por vir... - ela continuou me olhando, de uma forma que eu não conseguia decifrar - O que foi?

- Aonde você passou a noite? - eu não entendi o porquê da pergunta, mais resolvi omitir algumas partes.

- Bebi demais e acabei dormindo aqui fora.

- Mentira, Talita!

- Mentira? E por que eu mentiria?

- Eu vou te perguntar mais uma vez, aonde você passou a noite?

Ela levou a mão até meu queixo, virando meu rosto para ver melhora alguma coisa no meu pescoço.

Pescoço? Eu não acredito!

Naquele instante minha ficha caiu.

- Duda eu posso explicar.

- Explicar, Talita? - ela se exaltou - Estamos todos acordados a noite toda. Preocupados com você! No seu celular deve ter pelo menos umas 200 ligações perdidas e aonde você estava Talita?!

Eu não sabia se a pergunta era real ou retórica, por que ela estava muito furiosa.

Mas eu tentei responder, em vão.

- Eu... - ela levantou a mão me fazendo parar de falar.

- Trepando, se divertindo enquanto todos... - ela deu ênfase em "todos" - estávamos te procurando.

- Eu posso explicar. - era a única coisa que eu consiga falar.

- Então começa, me convença que o quê você fez não foi só merda.

- Eu... Eu... - nervosa, ela me deixou nervosa - eu estava brava, bebi demais e acabou nisso...

- Essa é sua explicação? - riu cm escárnio - Você acha que... - ela se irritou mais ainda - Você acha mesmo que seu pai vai aceitar essa conversinha fiada sua?

- Por isso eu pedi para você vir.

- E o que você acha que eu posso fazer Talita?

- Eu não sei, tá bom! - gritei - só que quando eu acordei, eu percebi a besteira que fiz e então você me ligou... Me ajuda Duda, por favor!

Ela passou a mão nos cabelos, um sinal claro de seu nervosismo. Se virou de costas para mim e respirou fundo.

- Tá bom! - ela disse ainda sem me olhar - mais primeiro você vai ter que dar um jeito de esconder isso. - apontou para o meu pescoço.

- Tá - concordei de prontidão

- Agora entra no carro.

Sentada ao seu lado e ela nem sequer me olhava, pegou o celular discou um número rápido, e colocou o aparelho na orelha.

- Alô? Mãe? - silêncio - eu achei, isso... - silêncio - não, estamos indo para casa, tá... Beijo.

Eu estava completamente arrependida, falar em voz alta o que eu fiz na noite passada, fez com que eu me sentisse uma completa idiota.

- Duda?

- Oi? - respondeu s me olhar.

- Obrigada, eu sei que você...

Complicações do Amor ( Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora