Capítulo 26

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Talita

A Eduarda ficou muito incomodada com a revelação do Eduardo. Mais estava bem falei que ele queria atingi-la de qualquer jeito. Não dava para saber se o que ele dizia era real. O tempo em que ficamos sentada do lado de fora da casa foi muito produtivo.

Eduarda se abriu de uma maneira que não tinha feito até hoje. Ela me disse que havia uma resistência entre eles que não deixava eles se aceitarem como irmãos.  Me contando que não havia um motivo forte para tanto ódio, fiquei curiosa para saber por que o garota não gostava da minha amada.

Tomei um banho e sai para que Eduarda pudesse tomar o dela, então eu resolvi descer e me esquentar em frente a lareira que a vó Carmem disse que iria acender.

Me sentei próxima das chamas que traziam calor, fiquei um tempo a observar quase hipnotizada com a dança das labaredas. Absorta em meus pensamentos fui trazida de volta por aquele que eu não queria conversar no momento.

- Cuidado! Criança não pode brincar com fogo. Faz xixi na cama.

Revirei os olhos em resposta ao seu comentário desnecessário.

- Cadê a Duda? – ele continuou puxando assunto.

- No banho! – respondi sem olha-lo.

- Eita, está com medo? – ele perguntou com um pouco de presunção na voz.

- Medo? Do que? –  estranhei sua pergunta.

- De me olhar e ser mais uma a cair em meus encantos. – Seu sorriso se alargou ainda mais. Pude ver quando me virei.

Gargalhei alto por que eu não podia acreditar no estava ouvindo.

- Você só pode estar de brincadeira, não é?! – Fiquei de frente para ele – Eu não sou a Stefani, meu caro. E nunca cairia em seus encantos. Nunca trocaria minha garota por um cara feito você. – Rosnei.

- Uau! Ela morde! – falou com ironia – Eu vou te contar um segredo. – ele abaixou o tom – todas falam a mesma coisa, mais no final não resistem.

- Ah! Por favor! Se controla meu amigo. – olhei em seus olhos – deixe de ser convencido e seja mais realista. Não há nada que você faça ou me diga, que me faria trair a Eduarda. Nada! Entendeu?

- Mais eu estou sendo realista... – sorriu de canto, mostrando sua má intenção.

Eu não podia acreditar no que ele  estava falando. O cara é um tremendo cretino, não consigo acreditar que ele é irmão da Eduarda.

- Por que você fez as coisas que diz ter feito? Por que machucar a Eduarda dessa maneira? – mudei de assunto.

- E por qual motivo eu me importaria? – ele perguntou com desdém.

- Não sei... Por que ela é sua irmã?!

- Ela não me considera como tal, por que eu me preocuparia com isso? – outra resposta para minha pergunta.

Parecia uma tática, eu questionava e ele usava minhas perguntas para obter suas respostas.

Senti uma pontada de raiva em sua voz. Ele parecia realmente odiá-la.

- Por que você a odeia? – soltei sem pensar

- Ah! Qual é?! Eu não a odeio – debochou – só que todo mundo acha que ela é a garotinha perfeita, filha perfeita, neta perfeita, irmã perfeita... Será que ela é? Tão perfeita assim? – ele estava indignado.

- Você acha que ela falha com você? Por que me parece que à um ressentimento.

- Você faz pergunta demais. – ele fechou a cara me fazendo recuar.

Complicações do Amor ( Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora