Capítulo 25

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Talita

Segunda feira é só mais um dia comum, no mundo cinzento no qual eu estou vivendo. Não há nada que me faça ver alguma coisa de bom.

Eu não iria para o colégio, não quis e meu pai não me obrigou. Muito pelo contrário disse que eu posso passar essa semana em casa para arrumar minhas coisas tranquilamente.

Eu acho que ele está querendo se livrar de mim.

Concentrei-me em pegar minhas coisas tentando não chorar.

- Papai disse que será melhor assim! – Tadeu me tirou do mundo em que eu me encontrava.

- Se é o que ele acha... – dei de ombros e olhei para meu irmão – Não há nada que diga que fará ele mudar de ideia.

- Mais o que ele não enxerga, é o bem que a Eduarda te fez. Ela expôs o seu melhor lado, mostrou uma Talita que poucos conheciam. Ela te fez melhor. – ele deixou uma lágrima cair.

- Isso é verdade! – tive que concordar.

- Não quero que você vá. - revelou.

- Eu também não quero ir, mas não há nada que eu possa fazer para mudar isso. Sou menor de idade e só posso e aceitar isso. Sinto muito! – falei senti um no na garganta.

- Eu também! – ele me abraçou apertado.

Levantei a cabeça me separando do abraço para ver a Rafaela parada na minha porta.

- Atrapalho? – perguntou.

- Não, eu já estava de saída. – ele passou por ela e deixou que a mesma depositasse um beijo em sua testa.

- Ele tá chateado – falei assim que ele se foi.

- Eu percebi, ele não te irrita mais. – ela deu um meio sorriso.

- Pois é. Chega ser até estranho – Sorri – mais o que te traz aqui?

- Bom eu sei que você tem essa semana e o fim dela também para arrumar as suas coisas. E sei também que seu pai deixou você faltar do colégio durante essa semana toda. Então eu quero te fazer uma proposta. – ela entrou e fechou a porta.

- E qual seria? – perguntei curiosa.

- Sei que você e a Eduarda não vão se ver mais. E minha intenção ao manda-la para a casa da avó foi exatamente essa, vos afastar. Mas eu conversei com a avó dela, que me disse estar muito preocupada com a Eduarda.

- Ela está bem? – perguntei nervosa.

- Dentro da medida do possível. – ela me encarou – então eu pensei; pior que está não pode ficar, certo?!

Eu a encarei sem saber exatamente o que pensar.

- Você que ir passar a semana com ela?

- Como?! Você está... – eu comecei a gaguejar e senti um frio na barriga.

Não podia acreditar que ela estava me propondo isso.

- E como isso será possível. Como eu vou conseguir viajar sem meu pai ficar sabendo?

- Bom, por coincidência ou não. O seu pai vai viajar para Europa a negócio. A empresa marcou essa viajem com urgência e seu pai viaja hoje a noite para Londres.

- Por quanto tempo? – perguntei nervosa, a expectativa em vê-la me deixou em êxtase.

- Sem data prevista para retorno. Mas, uma vez que você estiver em Amsterdã, até ele ir te buscar já deu muito tempo para vocês aproveitarem.

Complicações do Amor ( Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora