Capítulo 33

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Eduarda

- Eu já estou de saco cheio das pessoas me dizendo o que eu sinto. – Respirei fundo – Já não basta a Flávia que terminou comigo e agora a Suellen se achando dona da razão, eu não amo mais a Talita.

Minha psicóloga escutava tudo com atenção, rabiscava rapidamente seu bloco e voltava sua atenção para mim.

- E por que você acha que as pessoas pensam isso?

- Porque são todos loucos, desde que ela voltou todos acham que minha vida parou, mas isso não é verdade. Eu continuo trabalhando e vivendo minha vida normalmente. Mas parece que a cada passo que eu dou, alguém grita o nome dela. Como todos podem saber mais dos meus sentimentos do que eu?

- Você precisa parar de ouvir as pessoas e começar a ouvir você mesma. Essa é a sua tarefa pra casa.

- Ok! – me levantei pensativa. – Bom dia Dra.

Sai do consultório dela e fui trabalhar. Encontrei meu irmão e a Talita conversando como velhos amigos, coisa que eles não eram.

- Bom dia! – falei me aproximando dos dois.

- Bom dia! – Talita respondeu com um sorriso enorme.

Como ela estava linda, balancei a cabeça para afastar aquele pensamento. Eu estava sendo influenciada pela opinião alheia.

Até minha mãe depois do encontro que teve com a Talita veio com essa conversa de que ainda havia uma chance para nós.

Todos só esqueceram de perguntar para mim, se eu quero?

- Planeta terra chamando!! – Eduardo estalou os dedos no meu rosto.

- Desculpa eu viajei. – Sorri sem graça.

- Percebemos... Eu estava perguntando se vocês saem pra almoçar no mesmo horário? – Ele viu a interrogação no meu rosto – Pra irmos almoçar juntos. – ele olhou para Talita – vamos?

- Claro! – ela abriu aquele sorriso de novo.

A Talita parecia feliz. Ela não parecia tão feliz quando me viu, o ar dela era apreensivo. Será que ela estava afim do Eduardo?

- Não sei posso ir. Tenho muito trabalho... – disse a primeira desculpa que me veio a mente.

- Mais vocês duas não são parceiras? Como pode uma estar mais atolada do que a outra?

- É que... Sabe como é... – comecei a gaguejar de nervoso.

- Quer saber Eduardo, vamos marcar esse almoço para outro dia. Acabei de lembrar que realmente tem muito trabalho. – Eu a encarei e vi uma sombra em seu olhar.

Ela tinha ficado triste com a minha revisão em não me juntar a eles. Mas porque?

- Ah! Acho que posso ir. O trabalho pode esperar um pouco.

- Ótimo – Marcelo comemorou – a Vó Carmen vai adorar.

- Nossa, vou adorar revê-la. Agora se me dão licença.

Ela se retirou e nos deixou as sós.

- O que deu em você? Muito trabalho, como se ela não soubesse o quanto de projeto você tem.

- Eu não sei... Eu... Não sei. – Me dei por vencida pela minha idiotice.

- Agora você pode ter certeza, que ela sabe que você não a quer nem por perto.

Complicações do Amor ( Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora