Complicações do Amor ( Romance Lésbico)

Final

Talita

Meses depois.

Noite anterior ao meu casamento.

- A PRÓXIMA EU PAGO! – Fernando gritou completamente bêbado.

Eu estava na minha despedida de solteira e lá estavam todos os rapazes. Exatamente! Eu não sabia ao certo qual era a divisão desse casamento, ao seu que minha noiva havia saído com as meninas e eu com esses brutamontes. Minha noiva a essa hora da noite deveria estar surtando.

O nosso destino foi a casa de stripper mais badalada da cidade. Tudo por conta dos meus amados padrinhos, com a contribuição das madrinhas.

Eu tinha que admitir, meu casamento seria realmente diferente. Quando a Eduarda dizia que éramos um casal incomum eu tinha que concordar.

Meus padrinhos estavam ali completamente bêbados a começar pelo meu irmão.

Não nego que fiquei morrendo de ciúmes, eu não sabia o que eles estavam aprontando e nem imaginava aonde ela estava. Eles haviam dito que nós duas só nos veríamos na hora do casamento.

Promessa comprida, eu não vejo minha noiva a dois dias. Ah, eles também disseram que não nos falaríamos até chegar no altar. Até o presente momento missão comprida.

Uma dançarina parou na minha frente e abriu um belo sorriso, começou a dançar de forma sensual e me encarar, como se estivesse avaliando sua presa. Eu apenas me acomodei a assistir o show sem nenhuma culpa.

Nós duas havíamos feito um trato, desde que não faltassemos com o respeito, iríamos aproveitar nossas despedidas. Já que tentamos dizer que não queríamos isso e falhamos miseravelmente.

A ruiva balançava conforme o ritmo da música, sorria exageradamente. Ela havia se esforçado, mas seu número acabou, tão sem graça como começou. Mas de repente, as luzes se apagaram e a música parou.

O silêncio se instaurou momentaneamente e o suspense ficou no ar.

- A ruiva estava te querendo – Fernando comentou maldoso – Eu não tenho essas sorte – encostou na cadeira – sou um cara bonito, solteiro e com um pouco de grana e a mulherada só sabe olhar para você.

- Esta com inveja, é isso mesmo que eu estou entendendo? – perguntei debochada. – Pode ficar com todas Fernando, eu já tenho a minha mulher.

Encostei na poltrona ficando confortável. Depois do comentário um pouco ácido do meu amigo, as luzes do palco se acendeu. Mirando em um ponto específico.

Sem nenhuma demora, a música começou a tocar e as cortinas se abriram. De lá saiu a atração principal.

Os homens começaram a gritar em em delírio, como se ela fosse a Afrodite em carne, osso e pura sedução. 

A morena usava uma máscara e roupas que escondiam pouca coisa. Uma micro saia e uma blusinha que deixava sua barriga a mostra. Ela se movia lentamente, de forma tortuosa, tirou a blusa, jogou longe, nas mão de um homem que parecia ter ganhado na mega sena ao pegar aquela peça. Me ajeitei na cadeira um pouco mais.

Eu nunca havia estado num lugar como aquele, quando me disseram que seria em uma boate de strip, já logo pensei no saco que seria.

Mas minha surpresa maior é que eu estava gostando. Principalmente daquela apresentação. Os homens a devoravam, gritavam e pediam a sua atenção. Só que ela era soberana, impetuosa e naquele palco ninguém podia dizer a ela o que fazer, ela era a rainha.

A linda mulher passeou pelo palco exibindo sua beleza, desfilou vagarosa e parou na minha frente, desabotoou a saia e tirou bem devagar ao som da música que tomava o ambiente. Os rapazes foram a loucura e eu me mantinha em silêncio completamente concentrada no seu próximo ato.