Complicações do Amor ( Romance Lésbico)

Capítulo 17

Eduarda

- Oi Duda! – Tadeu me abraçou.

- Oi. Ela tá bem?

- Está sim, ela acordou e te chamou de novo – Roberto falou atrás de mim.

- Ela está acordada agora?

- Não!

- Posso entrar? Para vê-la?

- Pode sim, vê se você consegue colocar um pouco de juízo na cabeça daquela menina.

- Vou tentar. – Falei cabisbaixa.

Eu comecei a caminhar para o quarto aonde Talita estava internada. Senti uma mão me puxar. Era o Tadeu.

- Duda?

- Oi... – fiquei confusa.

- Olha eu quero te pedir uma coisa.

- Pode pedir! – senti um frio na barriga por não saber o que esperar do Tadeu.

- Volta com ela.... – não consegui esconder minha cara de espanto.

- Do que você está falando? – me fiz de desentendida.

- Ah qual é Duda! Eu sei de vocês duas e também sei que aconteceu alguma coisa entre vocês. – ele suspirou pesadamente – ela é uma pessoa melhor com você.

Ele me pegou de surpresa com a declaração. Não sabia ao certo o que dizer. Cocei a cabeça, sinal do meu evidente nervosismo.

- Isso não depende só de mim, Tadeu.

- Conversa com ela, tenho certeza que ela te ouvirá. – senti um pouco de desespero em sua voz.

- Eu vou tentar.

Entrei no quarto e lá estava ela, dormindo serenamente. Sentei ao seu lado e acariciei seu rosto levemente, não queria desperta-la. Mais minha tentativa foi em vão.

Como se ela tivesse sentido minha presença, ela sorriu antes de enfim abrir os olhos. Ainda sonolenta, afaguei seus cabelos e sussurrei:

- Eu tô aqui bebê, volta a dormi...

Ela adormeceu novamente. Eu não sei por quanto tempo ali fiquei, a olhando, velando seu sono. Meu ato de carinho foi interrompido por minha que adentrou o quarto.

- Vamos filha, você precisa comer alguma coisa.

- Eu estou sem fome, mãe.

- Você não pode passar a noite toda aqui, já são uma da manhã, ela só irá acordar amanhã cedo.

- Você deixa eu ficar? – pedi com cuidado.

Ela suspirou, desistindo de tentar lutar.

- Eu vou falar com Roberto, porque o Justin está aí.

Eu olhei para minha mãe sem dizer nada, mais pedi com os olhos para que ela me  deixasse ficar.

- Filha, não me olha assim. Eu argumentei com ele. Disse que era você quem ela está chamando, mas ele está irredutível.

- Tá bom! – Suspirei vencida.

Beijei o rosto dela e sai a contra gosto. No corredor Justin passou por mim, bateu em meu ombro e sussurrou:

- Eu vou destruir vocês. – Ele tinha tanto ódio na voz, que quase deu para pegar nas mãos.