Capítulo 13.

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— Respira. Solta. Respira. Solta. — eu tento pela milésima vez o método de me acalmar que vi na internet. Não funciona. Ando de um lado para o outro do quarto e puxo a cortina. Meu relógio marca 18:58 e nada de Logan.

Talvez ele seja pontual.

Ou talvez eu tenha me arrumado inteira para no fim ele desistir.

Vou ficar doida.

"CALMA GAROTA, ELE JÁ DEVE ESTAR CHEGANDO

RESPIRA. INSPIRA. E SEXO!!". 

A mensagem de Tony não me acalma como eu espero. E para quem recebeu cerca de vinte mensagens em um intervalo de dois minutos, ela não se esforçou muito em seu papel de amiga.

Olho para meu celular esperando por uma mensagem que me diga se ele já está chegando ou não, mas não há nada. Suspiro, sentando-me sobre minha cama.

Não fique nervosa. É só um encontro.

Eu já tive muitos outros encontros antes. Certo, eu já tive centenas de encontros antes. Ser do tipo namorador era meio que coisa de família. Eu precisava admitir. A diferença é que os patetas dos meus irmãos estavam sempre atrapalhando tudo quando o assunto eram os meus encontros.

Nunca passei a noite com cara nenhum.

E Deus sabe que não foi por falta de vontade.

Espero, no entanto, que essa noite eles não aprontem nada que venham a me atrapalhar. Não que eu pretendesse ir para a cama com Logan, mas também não o queria saindo daqui correndo antes que se quer fossemos jantar.

Certa vez, Georgio disse a um dos garotos que me buscou em casa que éramos uma família da máfia italiana. Por isso eramos tão ricos e que tudo não passava de um disfarce para dar suporte ao tráfico de órgãos. Georgio foi bem específico quanto a isso — não faço ideia de como ele conseguiu tantos detalhes —, ainda disse que eu era uma espécie de viúva negra e que escolhia os melhores pedaços para conquistar e matar.

Não é difícil imaginar que o pobre rapaz saiu para nunca mais voltar e ainda espalhou para os outros sobre a história mirabolante de Georgio. 

Eu o odiei por uma semana inteira. Cerca de sete dias sem dirigir a palavra ao meu irmão. 

É absurdo o tanto de histórias que essa cidade tem sobre mim, justamente por causa de meus irmãos. Eles são um completo terror. É mais absurdo ainda que eu os ame tanto que nem ligue para nada disso.

Exceto agora. Estou tão nervosa e não quero que nada dê errado. Eu quase pulo quando a campainha toca. Vou até a janela para puxar a cortina e vejo o carro de Logan estacionado em frente a casa. Ouço algumas vozes e então Bê aparece em minha porta, ele vem me chamar todo alegrinho e cheio de graça.

— Seu Estrangeiro chegou, irmãzinha. — Ele diz abrindo a porta minimamente. Eu sorrio e dou uma voltinha. — Está uma gata! — Elogia piscando.

— Obrigada Bê. Estou mesmo, não estou? — Tony fez um ótimo trabalhando levando-me ao salão mais cedo. Meus cabelos parecem mais escuros e caem em ondas perfeitas e brilhantes por meus ombros. Estou me achando especialmente bonita hoje. O vestido ficou incrível em mim, preciso admitir. Estou tão sexy e adulta que Logan vai cair para trás. Dou uma risadinha e Bê entra no quarto, sentando-se na cama.

— Querida, sabe que precisa ter cuidado, certo?

Fecho a cara para meu irmão. — Vai mesmo me dizer isso?

Uma chance para o amor - Série 'Irmãos D'angelos'Onde histórias criam vida. Descubra agora