Depois de alguns minutos sem saber exatamente o que fazer guardei as flores e fui com Camila para a aula de Yoga, também estou precisando relaxar alguns músculos hoje.
A aula foi produtiva, estou sentindo algumas dores, ou seja, mais tarde terei bastante liberdade no meu corpo. Camila foi embora a alguns minutos. Estou parada com Bryan pensando em possibilidades.
- Karla não tem essa criatividade é muito até pra ela. – Meu amigo brincou, já pensamos em diversas pessoas querendo me trollar.
- Lucy também não, está muito ocupada com a volta da Veronica. – Descartei outra amiga. – Poderia ser a Veronica se ela não estivesse isolada, isso é a cara dela.
- Se ela mandou a namorada te trollar? – abriu mais uma possibilidade. – Eu não a conheço mas já entendi que ela gosta bastante de uma zoação.
- Acho que não. Ela está muito ocupada com tudo, não tem tempo para pensar sobre isso. – Espero que não tenha mesmo.
- Eu sei que você uma possibilidade e não está falando. – Disse e eu olhei ele atentamente. Realmente não estava entendendo do que se trata. – Camila. A Camila pode ter mandando.
- Seria cara de pau demais. – Rebati. – Ela estava ao meu lado quando chegou, seria muita cara de pau e petulância. – Continuei e ele continuou dando os ombros. – Fale alguma coisa.
- Camila é a própria cara de pau Lauren. Não sei como dúvida. – Não respondi mais nada, apenas fiquei pensando na possibilidade de Camila ter feito isso.
Pov Camila
Destruída. E a palavra que define meu estado de espirito. As pessoas vão para aula de Yoga para se sentirem bem certo? Errado, eu estou com todos meus músculos doloridos, parece que me amarram a um tronco e me bateram por horas até eu desmaiar.
- Mija, se sente melhor? Como estão as pernas? Muita dor? – Minha mãe falou depois de colocar gelo sobre minhas pernas. – Estou assustada com esse seu interesse em Yoga.
- Mãe, não agora não. – Continuei com os olhos fechados, acho que se eu abrir os olhos vou sentir mais dores. – Por favor, você pode pegar gelou e passar também.
- Estou cuidando de você criança ingrata. – Olhei para minha mãe e seu drama e neguei com a cabeça. – Não exagere, desculpe, apenas estou com dores.
- Me explique esse seu interesse em Yoga, não era você que dizia que é um exercício de velhos? – Me provou na cara dura. – O que tem nessa sua aula de Yoga? E a tal garota que você está saindo?
- Meu deus mãe, não fale desse jeito. – Arregalei os olhos como nunca mesmo com toda a dor por todo meu corpo. – A Karla já foi fazer fofoca? Isso não vai para frente eu não estou mais saindo ou falando com ela, sobre a Yoga é outra coisa.
- Outra coisa ou outra garota? – Continuou tentando arrancar informações. – Diga menina, sou sua mãe, vocês jovens não contam nada para os pais, sua irmã ainda me conta algumas coisas, mas de você não sai nada.
- Sem drama mama, sem drama. – Suspirei pesado, ela sempre tem que comparar isso. – Não tem outra garota, é a mesma garota, estou fazendo isso para ficar perto de Lauren, está feliz agora? – Me dei por vencida e levantei dali mesmo com dor saindo para o quarto.
- Mais feliz que nunca. – Ouvi minha mãe dizer quando estava na ponta da escada. – Ela é uma boa garota. – Completou e eu neguei com um sorriso saindo automaticamente dos meus lábios.
Trabalhei como nunca na vida, para conseguir passar a tarde inteira perto de Lauren, foi divertido, melhor ainda foi quando meu buque chegou. Quis apenas fazer ela sorrir e consegui, me incomodei um pouco por ela supor que fosse sua ficante mas são empecilhos da vida.
Seu sorriso me iluminou, e me deu mais força não sei exatamente o que fazer daqui para frente mas pretendo seguir tentando resolver as coisas de um modo diferente agora.
Depois da aula Lauren me levou para um pequeno lago onde algumas pessoas estavam meditando e perguntou se eu queria acompanhar ela, agradeci por aquilo e fiquei ao seu lado, ficamos cerca de duas horas em silencio naquele lugar.
Ela me contou que amanhã vai ter um voto de silencio então me pediu desculpas por não aparecer para conversar com ninguém e ficar isolada, isso significa que além dela se preocupar em me avisar que não vai poder responder vai estar agradecendo ou pedido por algo. Não estamos em um momento bom para eu tentar perguntar sobre o que vai acontecer. Mas vou entender.
(...)
Está quase na hora de ir para casa, hoje mais uma vez sai do escritório mais cedo por ter terminado todas minhas coisas. Lauren realmente está fazendo voto de silencio.
Ela não se aproxima muito de ninguém apenas olha de longe tudo, vez ou outra ela me acenou com a cabeça e eu acho isso ótimo, vi mais cedo a esquisitinha por aqui, ela veio trazer comida para Lauren. Tentei não ficar pensando nisso e deu certo, me distrai bastante.
Não sei se posso dizer que estou feliz com esse tipo de aproximação, mas me sinto melhor por estar assim, estou tentando fazer o certo e isso é ótimo.
Depois que a namoradinha dela foi embora mandei mensagem para o garoto da floricultura trazer um belo e grande buque de astromélias, elas chegaram a alguns minutos, como esperado ela não disse nada, mas dar alguns sorrisos. E isso é incrível.
- Eu posso apostar 500 dólares agora que com essa sua cara as flores são suas. – Quase cai dentro da agua ao escutar a voz de Bryan ao meu lado.
- Madre. – Passei a mão no peito. – Você é doido? Que susto, ai meu coração. Estou tremendo agora. – Tentei disfarçar.
- Não tente mudar de assunto, as flores são suas né? – Perguntou e eu não respondi. – Só de você não retrucar falando que não são eu sei que é.
- Eu não tenho nada para dizer. – Falei me levando e começando a andar para o estacionamento. – E cuidando que as flores podem não ser minhas e você vai fazer sua amiga ficar com coisas na cabeça. – Completei tentando deixar ele confuso. Não quero que ele vá falar com Lauren que sou eu.
Aproveitei o voto de silencio da minha ex para tomar uma atitude um pouco como proveitosa da minha parte. Ela esta concentrada com as pernas cruzadas igual índio lendo algo.
- Oi, eu sei que você não está falando, mas eu vim apenas me despedir, não precisa dizer nada. – Ela deu um sorriso de lado antes de indicar com a mão tchau, ignorei e segurei sua mão para que ela levantasse. – Direito por favor. – Falei e ela ficou um pouco confusa mas fez.
Sorri agradecida quando ela ficou em pé em minha frente e envolvi sua cintura em um abraço, quanta falta sentia disso. Apertei seu corpo em meus braços e senti ela tensa, mas segundos depois o seu corpo relaxou e retribuiu o abraço. Coloquei meu rosto na curva do seu pescoço e inalei o aroma.
- Obrigado por isso. – agradeci baixo e ela foi meu soltando as poucos, continuo sem dizer nada, apenas assentiu com a cabeça com um pequeno sorriso escapando pelos lábios..
O amor mais lindo, sempre será o sorriso de duas almas gêmeas que se reencontraram.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Destiny
Fanfictionre·des·co·brir. (re- + descobrir) verbo transitivo Tornar a descobrir.