Estou na frente do prédio de Lauren a alguns minutos, mandei mensagem falando que já estava aqui e ela pediu mais alguns minutos, depois do nosso beijo na minha sala ela ficou um tempo sem responder então sorriu negando e foi embora sem falar nada.
Acredito que pelo sorriso me sai bem. Assim que ela foi embora fui para cada da minha mãe. Que por sinal está bem triste com minha saída de casa mais uma vez. Está mais triste ainda pelo fato de saber que nos próximos meses minha irmã vai se mudar também para morar com Liam.
Quando olhei para a portaria do seu prédio ela estava saindo, pude sentir uma pontada na minha parte intima, ela está com um maldito vestido preto com uma gola V, porque ela tem que ficar tão gostosa com roupas pretas. Quando ela viu meu carro sorriu e atravessou andando até perto da minha porta.
- Nossa. – Queria falar apenas para mim mesma mas acabei falando um pouco alto e Lauren me olhou sorrindo antes de negar. – Está linda.
- Obrigado. – Passou por mim indo para porta do passageiro, destravei antes dela se aproximar da porta. – Estou morrendo de fome.
- Eu sei. – Ela reclamou a tarde inteira que estava com muita fome. – Pronta? – Perguntei vendo ela entrar, não sei exatamente o que fazer, se dou um beijo no rosto na boca ou sei lá. Que merda.
Dei partida no carro um pouco nervosa e começamos a conversar sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Conseguia me recordar muito bem dos nossos primeiros tempos de namoro.
Me permiti colocar a mão em cima da sua na sua perna e fazer um carinho. Ela me olhou e sorriu antes de negar mais uma vez. Ponto para você Camila.
Foi o caminho inteiro assim, não conversamos nada, apenas escutamos algumas músicas que falavam de amor no rádio e curtimos aquele silencio, com as janelas apertas.
Quando cheguei na porta do restaurante pude ver melhor, nunca entrei no mesmo, tem um ar alternativo, mas pelas fotos que vi na internet o mesmo é incrivelmente luxuoso e caro, porém não estou me importando com isso agora, quero apenas ter uma boa noite com Lauren.
Sai do carro e antes de dar um pique para o lado de Lauren, a maldita saiu do carro com um sorrisinho. Por não ter esperado eu abrir a porta para ela, revirei os olhos me dando por vencida. Entreguei a chaves para o manobrista frustrada.
- Camila. – Ela me chamou enquanto andamos de mão dadas para dentro do lugar. – Eu preciso checar minha conta bancaria. – Falou e eu não entendi muito bem. – Eu me sinto mais pobre apenas de andar em direção a essa entrada. – Quis gargalhar, mesmo sem conversar sobre a gente pensa as mesmas coisas.
- Eu te convidei. Então apenas uma de nos duas vai sair pobre desse local. – Disse revirando os olhos e ela negou. – Sem discussões eu pago.
- A gente está parecendo aquelas pessoas que vai contando as moedas para pagar as coisas. – Declarou e eu quis rir. – Parece quando a gente começou a namorar e não queria pedir dinheiro para nossos pais.
- Foi a melhor época. – Confessei recordando das nossas aventuras. – Lembra quando você estava no estágio e não recebia ainda e tinha brigado com seu pai? Foram dois meses antes de nossa ida a Disney.
- A gente falou que ia vender nossa arte na praia como indireta. – Lauren estava em uma fase rebelde e não queria pedir dinheiro ao seu pais. Estava chegando na data da nossa viagem e não tínhamos quase nada.
- É funcionou, sua mãe comentou com seu pai sobre a viagem e ele nós deu mil dólares. – Quase fizemos uma festa comemorar, naquela época era muito dinheiro, tendo em vista que íamos viajar apenas por cinco dias.
Adentramos o local. Era bem luxuoso na verdade, mesmo sendo um pouco hippie tinha uma onda sofisticada no local. A mesa que reservamos era perto da sacada com uma linda vista para o mar.
Ia puxar a cadeira para ela sentar, mas a maldita mais uma vez foi mais rápida e se sentou antes. Neguei com a cabeça e me sentei no meu lugar.
- Você é irritante. – Declamei olhando ela que tinha um sorriso debochado nos lábios. – Ainda faz essa cara de cínica.
- Você ama isso. – Respondeu pegando o cardápio sem me olhar. – Você já escolheu o que vamos comer ou você quer que eu escolha? – Ela não percebeu o que tinha falo, estava concentrada demais vendo o menu. – Esse lugar me assusta ainda mais por não ter os preços nas comidas.
- Pare com isso. – Reclamei. – Vamos voltar ao assunto da viagem, eu nem acredito que seu pai te deu mil dólares, enquanto o meu rio da minha cara e mandou eu vender minhas coisas.
- Porque a Karla é a preferidinha dele. – Me olhou voltando a debochar. – Eu quero Cebiche de Mariscos e Tostadas com pollo. Acho que uma carne mal passada no final não seria de todo ruim..
- Vou pedir o mesmo. – Respondi fechando o cardápio sem olhar. Ela estava jogando comigo, sabia como odiava quando Karla falava que era a preferida dos nossos pais.
Depois disso ficamos em uma conversa leve sobre o universo e coisas loucas, o garçom não demorou para anotar nosso pedido. Não era uma coisa romântica onde estávamos com varias trocas de olhares.
Na verdade, estava longe disso, parecíamos duas velhas amigas gargalhando de coisas idiotas, fazendo com que algumas pessoas, nós olhavam com cara feia mas não nos importamos com isso. Estávamos submersas demais na nossa bolha.
Não tardou para comida chegar. Paramos de rir um pouco para comer em silencio um silencio confortante. Fiz certo em aceitar a escolha da minha ex. estava incrivelmente delicioso os dois pratos.
- Quer dormir na minha casa? – Falou me pegando totalmente de surpresa. – Só dormir mesmo. – Concertou quando viu meu olhar sugestivo.
- A gente pode fazer muitas coisas melhores que dormir. – Passei minha perna na sua por debaixo da mesa com um sorriso sugestivo. – Muitas ideias em mente.
- Camila, dormir. – Disse seria. Fiz um bico, mas ela ignorou. – Devagar lembra? – Relembrou o que tinha falo em minha casa. A contragosto concordei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Destiny
Fanfictionre·des·co·brir. (re- + descobrir) verbo transitivo Tornar a descobrir.