Acabei de desembarcar em Bangkok e ligar meu celular, quase vinte ligações da minha irmã, com toda certeza ela está me xingando de todos os nomes possíveis, avisei que estava vindo quando já estava dentro do avião, falei que ninguém precisava vir, posso procurar ela sozinha, sei todos os lugares que ela pode estar aqui.
Passei o voo inteiro pensando no que fazer, e onde ir procurar Lauren, na última vez de visitamos a cidade ficamos em um centro budista por alguns dias antes de ir para um hotel perto da praia.
Estou com bastante medo de ser xingada por ela caso ela esteja no centro ou no mesmo hotel, afinal ele falou que era melhor a gente ficar separadas por um tempo.
Chamei um taxi tentando parar de pensar nos problemas um pouco. Pedi para ele me levar para o centro da cidade onde fica o centro.
A cada visita nesta cidade parece que a população cresce, nunca vi um lugar para ter tantas pessoas juntas. O transito é uma incrível bagunça. Tem mais pessoas que carros no meio da rua. Um vai e vem incrivelmente grande.
O cheiro não é dos melhores, mas mesmo com a grande bagunça que existe encontrei a paz em um momento que precisava bastante quando meu relacionamento estava indo ladeira a baixo.
Quando cheguei na hall do centro fui recebida pela mesma mulher que nos atendeu na ultima visita, ela me ofereceu um sorriso, parecendo me reconhecer. Agradeci e contei o motivo da minha volta, queria saber se Lauren tinha aparecido por ali. Sem pensar duas vezes ela me falou que ela estava ali.
Senti um alivio, perguntei onde eu poderia encontrar ela, nem quis fazer check in, preciso encontrar e entender o que ela está fazendo e porque raios saiu do Havaí sem falar absolutamente nada.
A mulher me avisou que ela estava na área destinada para meditação a alguns minutos, que poderia encontrar ela ali. Agradeci e segui o caminho indicado, por sorte trouxe apenas uma mochila com algumas peças.
Quando entrei na sala pude sentir uma paz me invadir, o cheiro que já era forte de incenso do lado de fora do local agora parece que triplicou. Vi uma mulher de costas e eu sabia vem quem era.
Conheço esse corpo em qualquer lugar do mundo, Lauren está de costas sentada como índio. Me aproximei em silencio para não atrapalhar, ela continua mantendo os olhos fechados, mas mexendo os dedos, me deixando sem entender o que está acontecendo.
- Lauren. – Chamei sem entender o que estava acontecendo. Ela me olhou assustada assim que escutou minha voz.
- Camila. – Ela estava com uma expressão pesada e um tanto quando assustada por eu estar ali. – Você está aqui? Ou eu estou ouvindo de novo? – Levantou do chão e se distanciou um pouco. Arqueei as sobrancelhas.
- Claro que estou aqui, como assim ouvindo de novo? – Não estava entendendo nada do que ela estava falando e também não entendia o medo que ela estava sentindo de mim para estar distante. – Que raios você tem? – Comecei a andar até ela e ela fechou os olhos antes de beliscar o braço, me deixando mais confusa ainda. Toquei na sua mão ainda sem entender e ela me olhou.
- Você realmente está aqui. – Deu um sorriso fraco. – Oi. – Me abraçou. Mas que caralhos está acontecendo. Não retribui por não saber o que fazer.
- Pode me explicar o que você está falando? Porque você veio para Tailândia sem falar com ninguém? Bryan está muito preocupado com você. – Repreendi quando ela me soltou.
- Tinha alguém me seguindo no Hawai, eu estava com medo. – Ela olhou para os dois lados. – Eu acho que ele está aqui.
- Você bebeu muito? – Perguntei. Essa história não faz sentindo algum.
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Destiny
Fanfictionre·des·co·brir. (re- + descobrir) verbo transitivo Tornar a descobrir.