- Eu acho que poderia ficar aqui para todo o sempre nesse exato lugar desse jeito com você. – Confessei depois de um tempo em silencio. – Quero que as coisas voltem para o lugar que nunca deveriam ter saído Lauren.
- Tudo tem seu tempo. – Ela falou calma. – Quer encontrar com a Karla? Ela deve estar com Bryan ainda, a gente pode almoçar com eles.
- Acho que a gente poderia ficar aqui... – Fui sincera e ela me olhou atentamente. – Depois do almoço a gente encontra com eles.
- Você quer ficar aqui fazendo o que? – Me olhou se fazendo de idiota e eu pude sentir meu rosto ruborizar.
- A gente fica aqui assim ue. – Falei tentando não gaguejar. – Só abraçada mesmo.
- Ficar abraçada nesse sofá duro? – Perguntou e eu concordei deixando um sorriso escapar dos meus lábios. – Então vamos para o quarto. A gente deita lá.
- Tudo bem. – Concordei e ela levantou pegando nossas roupas jogadas pela sala. Não pude deixar de encarar seu corpo, mas assim que ela se virou olhei para o outro lado antes que ela me flagrasse. – Você tem que levantar para vir para o quarto né.
Ela me deu a mão para fazer o impulso que eu levantasse. Entregou minhas roupas e indicou o corredor, deixei ela ir na frente pois tinha uma ótima ideia rondando minha cabeça.
Deixei ela andar na frente, quando Lauren abriu a porta do cômodo, deixei um tapa estalado na sua bunda e corri para dentro. Eu não consegui deixei de gargalhar, ela estava parada, parecia processar tudo que estava acontecendo.
- Eu não quero acreditar que você bateu na minha bunda, eu não quero acreditar que você fez isso Cabello. – Ela estava incrivelmente calma me fazendo ter mais vontade de gargalhar. Lauren pode me olhar com esses malditos olhos penetrantes, mas não consigo parar de rir.
- Jaguar, não consegui resistir. Ela estava pedindo um grande tapa. – Meus olhos estavam começando a lacrimejar de tanto rir. – Pode me xingar, mas eu não consigo parar de rir.
- Pede desculpas Camila. – Tentou andar para meu lado, mas fui para atrás da cama. – Anda, ou eu vou embora. Pede desculpas. – ficando pronta para subir caso ela chegasse mais perto.
- Humhum, não vou pedir não, ela estava me pedindo um tapa. – subi na cama para ela não em alcançar. Mas ela foi mais rápida e segurou me calcanhar fazendo me fazendo cair de mal jeito. – AI. – Falei relativamente ao fazendo ela me olhar assustada.
- Se machucou? – Ela soltou meu calcanhar e eu puxei os edredons para cobrir meu corpo antes de voltar a gargalhar. – Camila, você está me irritando.
- Você fica adorável com raiva. – Provoquei mais um pouco fazendo ela sentar olhando para parede. Como não rir dessa mulher? – Tá fazendo greve? Vai fazer voto de silencio também mongezinho? – Ela se virou pra mim com uma expressão bem conhecida por mim.
- Esse apelido de novo? – Não tem coisa que irrite mais Lauren do que chamar ela de mongezinho. – Eu odeio essa merda de mongezinho, que chatice.
- Assim você olha pra mim mongezinho. Vem aqui deitar comigo. – Levantei o edredom que cobria meu corpo. – Tem umas coisinhas que você gosta aqui em baixo.
- Você está tentando me comprar com sexo? – Assenti sentando na cama. – Eu estou esperando você me fazer gozar, ou vai me deixar na vontade? Olha que eu não gozo meses, não sabia que tinha virado passivinha, mas parece que as coisas mudaram né?
- Você é uma idiota. – Lauren falou antes de se virar e engatinhar para cima de mim. – Eu odeio quando você duvida do que eu sou capaz.
(...)
Depois de sei lá quantas horas de um sexo intenso finalmente decidimos tomar um banho e sair para comer, não tinha nada de bom no apartamento de Bryan.
Na verdade, nem queríamos cozinhar. Agora estamos bem perto do centro de Honolulu, em outro restaurante que ela falou que era divino e a única conclusão que tenho é que é mesmo. Lauren está me explicando algumas coisas da cidade e eu fico me perguntando como ela consegue conhecer tão bem esse lugar tão rápido.
- Não dá para guardar tanta coisa em uma cabeça. Já esqueci a metade das coisas que você falou. – fui sincera fazendo ela gargalhar.
- Claro que dá, eu não tenho celular aqui, então as vezes eu saio sem rumo com meu caderninho fazendo anotações sobre os lugares. – Parei de rir analisando seu rosto, como eu vou falar com ela agora?
- Vocês não podem ter celular? Você está todo esse tempo sem? Eu vi uma foto sua no instagram...
- Aquela foto foi tirada no celular do Bryan, eu optei por não ter celular, vim querendo me reconectar comigo mesma, eu com certeza seria escrava da tecnologia mais uma vez.
- Mas como vamos nos falar agora? – Perguntei calmamente tentando não transparecer minha preocupação. – Ou.. você vai querer parar de falar comigo. – Ela parou de mexer na comida e ficou me analisando por um tempo.
- Eu não sei como podemos fazer isso agora...
- Isso significa que? –Indiquei com a mão para que ela prosseguisse. – Você precisa ser clara. Vamos conversar ou isso foi apenas um lance que não vai se repetir?
- Eu não sei Camila. – Falou parando de olhar meus olhos e fitando o prato. – Eu não sei se vai ser bom a gente se falar esse tempo. Eu acho que eu preciso ficar imersa nisso ainda um tempo. – Mesmo doendo no fundo entendia do que ela estava falando, ela também precisa encontrar seu caminho...
- Mas você vai voltar para Miami no final disso tudo? – Perguntei no final temendo a resposta disso. – Por favor, fale a verdade.
- Eu vou voltar para Miami no final disso tudo. – Ela parou de olhar para o prato voltando a me fitar. – Você vai estar lá?
- Você vai ter que voltar para descobrir. – Respondi dando um meio sorriso e ela negou com a cabeça. Dando por fim o assunto. – Tenho uma pergunta. Você lembra de tudo que disse e fez ontem? – Perguntei fazendo ela fechar os olhos tentando lembrar de algo. – Ok ela não lembra. – Você queria me levar para um lugar e transar.
- Claro que não queria. – Se defendeu. – Eu acho. Mas eu não lembro de muita coisa, eu realmente bebi demais, e eu nem estou com ressaca. Mas eu não queria te levar para transar.
- Tudo bem. Tenta se enganar então. – Provoquei mais um pouco, ela estava ficando vermelha. – Assume que não consegue resistir a mim. Esse corpinho maravilhoso, gostoso.
- Na lida da autoestima minha querida passou algumas vezes né? – Respondeu sarcástica. – Quando eu acho que Karla tem um rei na barriga, você parece que tem o castelo e a rainha. – Gargalhei negando com sua constatação.
- Mas assume, você não resistiu ao meu poder. – Levantei minha mão e balancei no ar. – Tão ágeis. Você não pode ver que quer, parece heroína. – Ela colocou a mão no rosto bufando. Não sinta vergonha de assumir. – Completei quando ela colocou as mãos no rosto.
- Eu não acredito que no final de tudo eu ainda te amo, você é uma chata Camila. – Ela falou simples, mas de uma forma que me atingiu por inteira, escutar um te amo sem estar esperando e sempre bom.
Principalmente se esse eu te amo vier da pessoa que você mais ama na vida.
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Destiny
Fanfictionre·des·co·brir. (re- + descobrir) verbo transitivo Tornar a descobrir.