Farpas

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- A gente precisa conversar uma coisa Lauren. – Falei seria e ela apenas me olhava. – Primeiro questionamento que eu tenho para você é. Você realmente não usou nada? Pode ser sincera comigo. – Prefiro que ela me fale se usou algum tipo de drogas do que eu ficar me preocupando que alguém tentou drogar ela.

- Eu te respondi isso mais de uma vez. – Pontuou. – Eu não usei drogas, nem maconha eu estou fumando Camila, eu não sou adolescente para fumar escondido dos pais, se eu tivesse usado eu te falaria.

- Ok, então a gente precisa saber quem tentou te drogar, porque eu quero quebrar a cara do estupido ou estupida que tentou fazer isso. – Não consigo lidar com a ideia de que é comum as pessoas tentarem drogar outras na balada para conseguir o que querem. Sinto nojo de quem faz esse tipo de coisa. – O segundo ponto é que vamos voltar para Miami, eu preciso voltar a trabalhar, estou faltando porque realmente fiquei preocupada, por isso estou aqui.

- Ue, você pode voltar para Miami, eu não estou te impedindo disso. – Disse um pouco ríspida, Lauren odeia que alguém que não seja ela esteja no controle da situação. – Você fala como se eu tivesse te prendendo aqui, você pode ir, eu não pedi ninguém para vir atrás de mim.

- Eu não estou te pedindo para voltar comigo, estou mandando. – Falei e ela quis rir. – Não adianta cara de deboche Lauren, estou falando muito sério com você, vai voltar comigo sim e acabou. Eu não vou te deixar sozinha agora, alguém tentou te drogar e você resolveu saindo de um pais e indo para o outro, isso é o cumulo da loucura.

- Isso se chama liberdade, eu sou maior de idade, pago minhas contas e posso fazer o que quiser. – Tentou aumentar o tom. – Eu vou ficar aqui alguns dias, depois vou para o hawai e decido o que vou fazer.

- Você está precisando entender que Liberdade e falta de responsabilidade são coisas diferentes, beleza você querer viajar sem celular, agora você saiu do PAÍS, não falou nada para Bryan, e ele que das informações, para todo mundo de como você está, você some do radar e quer que a gente ache isso legal? – Eu sei que estou certa e ela também, mas o orgulho é maior e ela não consegue admitir isso. – Não se perguntou como eu cheguei aqui? Seu pai teve que ir no seu apartamento mexer nas suas coisas para ver os movimentos do seu cartão.

- Isso foi uma puta invasão. – Tentou se defender. – Odeio que mexam nas minhas coisas.

- Então pensasse isso antes de simplesmente sumir, porque essa sua birrinha com celular já deu o que tinha que dar. – Disse seria me levantando.

– Você acha que eu não me preocupo né? É claro que eu me preocupo Camila, o que ia acontecer, será se alguém estava tentando me drogar para me roubar ou abusar de mim? – Falou no mesmo tom. – Eu não vou saber e isso está me incomodando tanto. Você acha que as coisas sempre são de um jeito mas muitas vezes são de outro.

- Você. Você Lauren que está sendo extrema. – Acusei. – Você está sendo individualista para caralho. Seus pais sentem sua falta, todos nossos amigos sentem sua falta e você simplesmente caga pra isso, coloca uma coisa na cabeça e pronto.

- Eu tenho motivos para minha frieza. – Tentou me atingir mas ignorei. – Eu tenho a merda de todos os motivos para simplesmente te mandar se foder e eu não fiz isso.

- Você pensa o que você quer da sua vida, porque agora eu vou te avisar, vou estar no hostel, vou procurar uma passagem para no máximo amanhã à noite, você decidi o que quer, porque eu estou falando sério com você, se não for, eu não vou te esperar mais. – Deixei ela para traz sem dizer nada, meu maior medo e que Lauren realmente não faça nada, eu não estou conhecendo mais ela nos últimos tempos.

(...)

Cheguei no hostel irritada com Lauren não me dei o trabalho de esperar ela, vim com a melhor vontade do mundo preocupada e ela fica com aquela maldita indiferença.

Fiquei sem comer o dia todo ontem preocupada, até agora estou sem comer nada tentando resolver as coisas para ela e ela daquele jeito.

Depois de tomar um banho rápido desci para comer em um Burger King aqui na frente, tenho um pequeno problema com a comida tailandesa, ela tem um gosto bastante forte e não consigo gostar muito.

É simplesmente fantástico a maneira que os fastfood salvam a vida do jovem moderno, se você tem um problema com determinada culinária você pode simplesmente ir em algum fastfood e comer, porque eles estão em todas as grandes cidades.

Depois que comi fiquei um pouco no local matando o tempo, quando estava saindo vi Lauren chegar no hostel com algumas sacolas, não fui até ela.

Esperei ela entrar e fiquei um pouco ali na rua, quando tive a certeza que ela já tinha subido para seu quarto voltei, fui diretamente para o meu, não quero conversar com ela agora.

Me joguei na cama cansada, fiquei muito tempo dentro de um avião depois encontrei Lauren e obriguei ela ir no hospital fazer alguns exames e também ficamos bastante tempo lá. Peguei meu celular e comecei a pesquisar passagens, por sorte achei dois voos para a madrugada de amanhã.

- Amanhã de manhã compro as passagens. – Falei para mim mesma. – Eu vou descansar minha cabecinha agora. – Continuei conversando sozinha.

Puxei os cobertores e dei graças a deus por ter um ar condicionado no quarto, nunca visitei um lugar tão quente.

(...)

Acordei bastante cedo, nem mesmo eu estava acreditando quando me espreguicei e vi que marcavam 06:14 da manhã. Fiquei um pouco matando o tempo ali na cama até decidir tomar um banho, vou aproveitar o dia aqui e visitar alguns lugares.

Peguei minha toalha e fui para o banheiro tomar um banho rápido. Antes de ir começar a andar no calor das ruas de Bangkok.

Depois de tomar banho e fazer toda minha higiene pessoal vesti um conjunto de lingerie e voltei para o quarto para pegar o resto das minhas roupas. Quase cai quando vi Lauren dentro do quarto encostada na janela de costas.

- Puta que pariu. Como você entrou aqui?

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