𝐝𝐞𝐜𝐞𝐦 𝐞𝐭 𝐧𝐨𝐯𝐞𝐦

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Assim que eu voltei para a casa depois da faculdade, decidi ignorar o fato de ter sido completamente rejeitado em público pela pessoa que eu tinha um certo sentimento. Eu tinha que cuidar de outros assuntos mais importantes, como a orientação sexual de Theo.

Por um lado, acho que seria bom eu cuidar de outros assuntos, pois assim eu esqueceria toda aquela situação com o Brett e a humilhação que eu havia passado.

Estávamos na casa de Theo, já que a minha mãe estava em casa a essa hora, e ela ficaria nos olhando de forma estranha, achando que eu e Theo éramos um casal.

Esse pessoal era louco.

Theo não gosta de mim.

Ele nem sabe do que ele gosta.

Assim que entramos em seu quarto, o celular do mesmo começou a apitar. Ele pegou o mesmo que estava em sua calça, leu as mensagens, rolou os olhos e bloqueou o celular novamente, deixando ele em cima da escrivaninha.

Talvez uma antiga ficante?

— Tracy. — Ele diz, como se estivesse lendo a minha mente. — Ela quer sair comigo para a gente conversar.

— E você? — Pergunto o olhando mudar de roupa. — Você quer sair sair com ela?

— Você acha que eu deveria sair com ela? — Ele pergunta, jogando a sua jaqueta no cesto de roupa suja.

— Não. — Digo sério, o encarando fazendo com que as minhas bochechas ficassem vermelhas pelo tom de voz que eu havia falado.

Como se eu tivesse ciúme dele com outras pessoas... Talvez eu tivesse ciúmes de melhores amigos.

Ele me olha sério por alguns segundos, e minhas bochechas rapidamente voltam a coloração normal. Minha voz havia saído em um tom de voz rude, porém por algum motivo, eu não queria que ele saísse com aquela garota.

— Quer dizer, eu acho que você saindo com ela.. Irá atrapalhar o nosso plano. — Digo colocando os dedos na boca. — Você deve esquecer o seu passado, e focar no seu presente e no seu futuro, sabe?

— Tem razão. — Ele diz colocando as mãos atrás de sua cabeça, e vindo em minha direção, se sentando ao meu lado logo em seguida. — Por onde começamos?

Essa era a pergunta que eu mais estava temendo desde que havia criado aquele plano em minha cabeça. Na minha cabeça, as coisas aconteceriam de forma mais fácil. Engoli seco tentando me livrar do meu nervosismo devido o que estava a prestes a acontecer.

Me levantei da cama e parei em sua frente, levantando o seu queixo delicadamente. Ele me olhou confuso e se levantou da cama, porém eu não me importei.

— Precisamos saber primeiramente o quão confortável você fica beijando um garoto. — Dou um sorriso malicioso para ele, e antes que ele pudesse responder ou fazer qualquer coisa, o puxo pela mão em minha direção, fazendo que seu corpo ficasse colado com o meu.

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