𝐪𝐮𝐚𝐝𝐫𝐚𝐠𝐢𝐧𝐭𝐚 𝐬𝐞𝐱

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Segunda
17:30

Estava determinado a falar com Theo hoje. Chega de silêncio e ignorância. Hoje, era o dia que eu iria falar a verdade para ele. Era o dia que ele teria que escolher, e mesmo que a escolha não fosse eu, não ficaria desapontado. Nesses últimos dias, Theo havia me deixado mais confuso do que quando eu estava insistindo em um relacionamento com Brett. Mas, antes mesmo que eu pudesse ir até a casa dele, sinto meu celular vibrar. Tiro ele do meu bolso e vejo que tem uma mensagem de Theo.

Fico tenso enquanto abro a mensagem, porque ele deve estar puto comigo por eu estar ignorando ele nos últimos dias. Mas tenho que fazer isso. Tenho que enfrentar ele e falar tudo o que eu sinto. Não dá mais para fugir.

Liam, preciso de quinze minutos do seu tempo. Não dá mais para você fingir que eu não existo. Eu preciso do meu melhor amigo de volta. E também preciso te dizer uma coisa. Nós nos conhecemos desde que éramos crianças. Não podemos terminar assim. Diga onde podemos nos encontrar. Pra mim tanto faz, no Starbucks ou onde você quiser. Por favor.
Com amor, Theo.

Respondo antes que possa pensar a respeito. Digo sim. Encontrar Theo no café não é a melhor opção. Tem gente demais. Peço que me encontre em um apartamento, que minha mãe havia me dado de presente que ficava lá no centro. Ela havia me dado de aniversário e bem, como um impulso para que eu pudesse sair de casa e morar sozinho, finalmente. E bom, seria bom ficar sozinho com Theo para conversar e colocar as coisas de volta ao lugar para variar.

Saio de casa e peço um uber até a localização do apartamento. Vou até o prédio que visitei apenas uma vez e entro no mesmo. O porteiro acena com a cabeça, surpreso ao me ver. É claro que estava. Não me via por aqui fazia pelo menos cinco meses. Pego o elevador e aperto o número dez. Quando entro no apartamento, vejo que o apartamento estava como eu havia o deixado da última vez que havia vindo aqui. Theo nunca veio aqui, pois esse apartamento era o meu esconderijo quando eu precisava por a cabeça em ordem. Era estranho eu não ter pensado em vir aqui nos últimos dias. Provavelmente, porque minha querida irmã havia me proibido.

Ouço uma batida na porta enquanto estou sentando no sofá rasgado da sala enquanto vejo tv. O apartamento não tinha muita coisa, mas dava pro gasto. Desligo a tv e ando até a porta, abrindo a mesma. Ele entra usando uma regata branca e uma bermuda flórida que é o bastante para me deixar ainda mais nervoso do que já estava. Eu me afasto dele lentamente e forço um sorriso, tentando não ficar ainda mais nervoso que já estava.

— Oi. — Ele diz, cuidadosamente. — Lugar legal.

Dou de ombros, porque minha boca está seca demais para falar. Seus grandes olhos verdes percorrem a sala, o que me dá um minuto para admirar o homem que eu amo. Ele está mais bronzeado e de cabelo curto. Sei exatamente quão macio é ao toque dos meus dedos. E sei que tem um milhão de cores diferentes de perto. Minha bunda bate no balcão da cozinha e eu quase caio.

— Tudo bem aí? — Ele pergunta.

Assinto, porque é a única coisa que posso fazer. É difícil. Apoio uma mão no balcão de granito, e a temperatura fria me acalma.

— Bom, tem algo que eu preciso dizer, mesmo que você não queira ouvir.

Balanço a cabeça positivamente enquanto o observo. Cansei de tentar manter ele distante de mim e de esconder meus sentimentos. Eu gostava dele. Não. Eu o amava perdidamente. E estava cansado de fingir o contrário.

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