Capitulo 29

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MARCOS

Não vou mentir, eu sempre gostei da Bruna. Desde pequenos, sempre fomos muito próximos um do outro. Começamos a namorar desde os miúdos, dos namoricos sem segundas intenções, até quando fomos pra fase adulta.

Saber que fui o primeiro homem dela, enche o meu ego e alimenta a esperança que eu tenho de ser o único. Não que isso seja um troféu, mas eu gosto de saber que fui o primeiro! Do primeiro a gente nunca esquece.

Mas não basta apenas " ser o primeiro ". Ser o primeiro não sustenta relação alguma. A nossa é a prova disso!

Nós não temos nada firmado, mas ela sabe dos meus sentimentos. As minhas atitudes falam o quanto eu a quero perto de mim. Passei por cima do meu orgulho, e fiquei perto dela nesse tempo todo.

Admito, fui o errado! Não posso substituir o Pedro da vida do filho da Bruna. Seria covardia, e isso eu nunca fui e nunca serei. Sou homem o suficiente pra admitir quando estou errado, e agora é a hora.

Isso de ficar perto dela, sem poder tocar me deixa frustrado. Eu quero mais, muito mais.

Seguro a caixa de veludo preta, que no seu interior carrega o anel mais caro que eu poderia dar. Não falo de valor, apesar dele ter sido caro. Falo do valor sentimental, pois nesse anel, depositei todas as minhas economias e esperanças amorosas em relação a Bruna! Não espero voltar com ele.

Fecho a caixinha. Olho-me para o espelho, e na verdade, gosto muito do que um! Tranco as portas de casa e sigo em direção ao prédio da Bruna.

Subo as escadas rapidamente. Um friozinho na barriga toma conta de mim. Toco a campainha. Oiço do fundo ela perguntar quem era, com a voz firme, sem transparecer o meu nervosismo digo: sou eu, o Marcos.

A porta foi aberta.

— Olá. – digo parado, olhando pra ela ela com as mãos no bolso.

— Olá! – disse surpresa. Nos olhamos durante algum tempo, e disse:

— Posso entrar? – apontei para o corredor.

— Ah, sim, claro! – afastou-se da porta e deu espaço para que eu entrasse e fechou a porta. Caminhamos até a sala, onde ela apontou para o sofá, para que eu pudesse sentar.

— Queres beber alguma coisa? – perguntou enquanto me sentava.

— Não, estou bem. Senta. — sentou-se e olhou pra mim.

— A que devo a honra da sua ilustre visita? – ela pergunta olhando pra mim.

— Antes de alguma coisa, como estás? – pergunto.

— Bem e tu?

— Também estou bem, Bruna. Ansiosa para o nascimento do Ricardo?

— Muito! Faltam dois ou três meses acho. Se bem que eu acho que faltam dois, mas tudo vai depender desse moçozinho. – disse olhando para a barriga, fez um carinho em sua barriga.

— Bruna, vim aqui por dois motivos: 1.º, quero pedir desculpas a ti, por ter sido tão incompreensível. Por querer substituir pessoas que serão  insubstituíveis na vida do bebé. Eu nunca fui uma pessoa egoísta, mas desde que soube que estavas solteira e grávida, eu te quis só pra mim. Eu queria que vocês fizessem parte de mim. Eu comecei a amar ele desde quando soubemos da gravidez, eu queria ser pai dele. Me  perdoe pelo meu sumiço, por não querer enxergar a realidade, eu quero que tudo mude daqui pra frente.  – digo, as minhas palavras foram super sinceras.

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