Capítulo 7

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Bruna

Beijar o Pedro foi incrível. O nosso beijo foi a passagem para o " finalmente " . Não me arrependi em momento algum, pelo contrário, fiquei feliz, grata, satisfeita. Ele soube me satisfazer.

Eu sou mulher, eu também sinto desejos, e eu quis. Não vi motivos para não me entregar. Eu queria tanto quanto ele. E o melhor de tudo. O sexo foi maravilhoso. Me senti nas nuvens nas duas vezes que gozei.

Sinceramente, eu amei essa noite. Foi ótima. Ele tem uma pegada incrível, única.

Depois da nossa noite quentíssima, eu estava completamente exausta. Adormeci sem mais tardar. Tive um sono sereno. Acordei com a melhor visão, ele estava nú tirando a cueca.

Fingi que continuava a dormir, observei-o entrar em algum cômodo do quarto, suponho que seja o banheiro.

Não quis continuar na cama, mas era necessário, eu não queria ter que falar com ele a essa hora da manhã com o meu mal hálito matinal. Não queria pagar esse mico.

Continuei a fingir que estava a dormir por uns 20 minutos. Nesses 20 minutos ele tomou banho, vestiu e saiu do quarto. Não pensei duas vezes, fui tomar um banho, vesti a minha roupa. Dirigi-me até ao local onde tinha mais movimentação, era a cozinha.

— Bom dia Pedro. Tens alguma escova de dente nova?
– Perguntei sentando-me no balcão.

— Olá Bruna. As escovas novas estão nos armários do banheiro.

Puta merda, já me perdi. E essa voz grossa, inegavelmente sexy pela manhã? Esse cara no mínimo quer me confundir.

— Está bem, vou lá escovar os dentes. Vê se não queima isso, não gosto de comida queimada. – falei saindo, nem dei tempo dele me responder.

Entrei no banheiro, escovei os dentes e joguei a escova no lixo. Fui até a cozinha e ele estava montando a mesa.

— Seu desajeitado, deixa que eu te ajudo, estás a montar mal a mesa. – ajudei ele a colocar a mesa de novo, porque ele tinha feito tudo errado.

Antes de me sentar ele me deu um beijo de tirar o fôlego. Me colocou em seu colo, foi um beijo com segundas intenções e com gosto de quero mais. Sentamos na mesa para tomar o café da manhã.

— Tu vais amar as minhas panquecas.
— Assim espero, eu amo panquecas.

—  Acho que tu nunca tiveste horas sucessivamente felizes.

— Como assim? Horas sucessivamente felizes ? – perguntei tomando um pouco do leite que estava servido na mesa.

— Tiveste um sexo a noite satisfatória comigo, dormiste bem comigo, na minha cama. E agora preparei-te um café da manhã com as melhores panquecas da tua vida. Tudo proporcionado por mim. – olhei pra ele incrédula, esse tipo é terrivelmente convencido.

— Tu não és nada humilde. Caralho, tu és muito convencido. Credo

— Simplesmente eu sei do que sou capaz. Isso não é falta de humildade, pra ser humilde eu não preciso me baixar ou me fazer de um pobre coitado. Eu não me acho melhor ou pior que ninguém Bruna. – ele disse firme, com a voz grossamente sexy da manhã.

— É o que parece. Tu és tão convencido que isso te torna arrogante. Acredita no que eu falo. – ele olhou pra mim tão sério e vi que ele não estava a gostar do rumo da conversa.

— Bruna, podemos comer sem discutir?

— Claro. – o café seguiu calmo, não falamos mais nada. Eu também sou convencida, mas ele não, ele já é nível 10000000000000000 nos níveis dos convencidos. Lavamos a louça quietos, limpamos toda sujeira.

— Bruna, vamos à praia ?
— Fechou. Leva-me à casa para tomar banho, trocar de roupa e tal.
— Sim, pega a tua bolsa e vamos.

Fui buscar a minha bolsa e descemos do prédio, chegamos até ao carro dele. Seguimos até à minha "goma". Entramos e ouvi barulho de risadas fortes. Não seria só o Breno, tinha mais alguém e era uma mulher.

— BRENOOOO. – chamei por ele. Tomei um susto quando o vi. O susto não foi por ter o visto, mas foi por quem ele estava acompanhado.

Era a minha prima Alexandra, uma morena de olhos castanhos tal como eu. Alta, um pouco mais encorpada. Uma prima cheia de MIMIMI, mas eu gostava dela.

— Brunaaa. – ela deu-me um abraço tão caloroso. Retribui o abraço, mas perguntava-me de onde tinha saído tanta saudade.

— Alexandra, estás bem Mona? Estás mais bonita.

— Estou e tu? Tu é que estás mais bonita, só estás um pouco gordinha. – se eu não fosse tão bem resolvida comigo mesma e se eu não aceitasse o meu corpo eu iria me abalar com esse comentário dela, mas eu estou bem comigo mesma. Estar gordinha não é estar feia, então dane-se o que ela disse.

— Estou bem. – o que mais me irrita nela é que ela é muito oferecida, ela já está a olhar pro Pedro, ela que nem tente.

— Não vais apresentar o teu namorado ? – nesse momento o Pedro olhou para mim. Eu não queria apresentá-los, mas nesse exato não tinha outra coisa a fazer.

— Claro. – apresentei-os. Gostei da atitude do Pedro, curto e grosso. Não puxa muito assunto e é assim que tem que ser, não gosto de homem folgado.

Dei um suspiro pelo Pedro não ter desmentido sobre namoro. Não quero que ela crie asas.

— E o Breno ? Onde ele está?
— Estou aqui. – fui até ele e dei um abraço apertado.

— Anda, vou apresentar você ao Pedro. – levei o Breno até o Pedro e os dois ficaram cara a cara. Foi hilário, parecia que os dois estavam se medindo.

Apresentei um ao outro e deixei o Pedro na sala enquanto eu ia tomar um banho e pegar um biquíni para ir à praia. Demorei uns 20 minutos. Quando voltei pra sala, só se ouvia a voz da Alexandra e isso já estava me incomodando.

— Voltei. – sentei no colo do meu baby e dei um beijo bem caloroso na boca dela, pra essa vagaba saber quem manda. Por acaso, foi o primeiro beijo desde ontem , estava com sabor a saudades.

— Vamos Pedro ?

— Sim, mas agora vamos todos. A Alexandra disse que faz tempo que ela não vê o mar, já colocou até biquíni e tudo.

Nesse momento a minha raiva bateu na hora, tive vontade de dar na cara dela. Mas ok, vou fazer a fina.

— Ok então, vamos. Levantamos e fomos até ao carro do Pedro. Chegamos à praia, alugamos as cadeiras e mesas e compramos água de coco.

Estava e estou com raiva, era pra ser uma saída romântica e não uma saída familiar. Sem contar que essa Alexandra, é muito folgada, fala muito. Já não curtia muito ela, agora então pior.

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