•| Capítulo 1 - Luke, Luke Dark

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Maddy Pov ON

Acordo de manhã com o despertador a tocar. Sempre aquele barulho irritante a querer-me separar da minha cama.

Levanto-me ensonada e vou até à casa de banho. Faço as minhas necessidades e passo água pela cara para acordar, mas nada feito. Despi-me e entrei no duche ligando a água quente, tomando assim um duche rápido que me fez despertar. No fim, peguei numa toalha grande e enrolei-a ao corpo, peguei numa pequena e enrolei-a ao meu cabelo. Passei creme pelo meu corpo enquanto olhava para o armário para decidir o que iria vestir. Vesti uma lingerie preta, umas calças de ganga bem justas às minhas pernas e um top preto, com as minhas vans também pretas. Desci até à cozinha, peguei numa taça onde coloquei leite e cereais, e comi. Voltei à casa de banho para lavar os dentes e maquilhando-me apenas com um risco a lápis nos olhos, rímel e gloss. Peguei no meu casaco de cabedal, na carteira onde coloquei: chaves de casa, lápis, rímel e batom - para poder retocar a maquilhagem -, a carteira e o telemóvel. Peguei no capacete, nas chaves da mota e saí de casa. Coloco-me em cima da mota, coloco o capacete e sigo o meu caminho para o trabalho. Tinha arranjado trabalho num pequeno café apenas porque o meu pai assim quis que o fizesse antes de entrar para a faculdade.

Cheguei ao café e coloquei a bata pois iria ficar ao balcão a atender os clientes. Saí ao 12h para poder ir almoçar. Fui até ao Mc'Donalds, na companhia da minha mota. Cheguei, pedi, paguei e sentei-me a comer. Enquanto comia observava as pessoas à minha volta. Num dos cantos do restaurante, apenas conseguia ver um vulto preto e sentia que me observava. Não conseguia ver o seu rosto. Estava com umas calças pretas justas, uma t-shirt preta rasgada, umas sapatilhas pretas e um casaco este também preto com o capuz a tapar o seu cabelo e as suas mãos a tapar o seu rosto. Enquanto cruzavamos o olhar, eu sentia meros arrepios. Parecia que me causava medo, não sei. Acabei de comer e voltei para o meu local de trabalho a atender os clientes atrás do balcão como fizera no turno de manhã.

Acabo de tirar um café a um cliente e entrego-lho, ele bebe, paga e vai embora. Estava a colocar o dinheiro dentro da caixa quando sinto um vulto preto à minha frente, na parte de fora do balcão. Sim, o mesmo vulto negro que tinha visto ao almoço. Mas desta vez não trazia o capuz a esconder o seu cabelo e as suas mãos a tapar a cara, o que deu para ver que era um rapaz novo e aos meus olhos parecia perfeito. Era alto, com o cabelo loiro espetado para cima, olhos azuis diamante lindos, um rosto mesmo perfeito e tinha um piercing no lábio. Quando dou por mim, tinha os seus olhos a olhar os meus. Estava a entrar num trance, nem sei... Começo a ficar com calor e com vontade de me agarrar a ele. Foi algo tão estranho. Dei a volta ao balcão chegando-me perto dele.

– Quem és?

Perguntei, mas não obtive nenhuma resposta. Olhava os seus olhos quando reparo que ele sorria para mim. Comecei a ficar com faltas de ar, mal respirava. Sinto as pessoas a aproximarem-se de mim e eu não me lembro do resto pois pelo que me contaram, desmaiei.

Acordo dois dias depois, num quarto branco, não o meu, mas era-me familiar. Ao olhar para a frente vejo uma outra cama e aí dei conta que estava no hospital. Sinto o vulto negro a olhar-me mesmo ao meu lado. Sentia uma mão a agarrar a minha. Olho os seus olhos de novo, mas desta vez não sentia medo, apenas sentia que precisava de falar com ele.

– Podes responder agora?

– Ao quê? - ouvi-o responder, tinha uma voz mesmo... perfeita!

– Quem és? Porque me persegues?

Estou aqui para te proteger.

Porquê? Nunca precisei de proteção, não é agora que vou passar a precisar.

Isso é o que tu achas.

– Como posso confiar em ti? Eu não te conheço. Nem o teu nome sei.

Confiando. Apenas confiando em mim poderás conhecer-me. E o meu nome é Luke, Luke Dark.

Luke... E se eu não te quiser conhecer? - pergunto rude e após a pergunta apenas sinto a sua mão apertar fortemente o meu pulso.

– Por muito que tu não queiras, terás que me conhecer.sentia-o nervoso e com raiva, roçava os dentes enquanto me respondia.

– Porquê? Tu não mandas em mim. E deixa o meu pulso, estás a aleijar-me.

Sinto-o mais irritado. Vejo-o suspirar após largar o meu pulso. Levanta-se e rapidamente abandona a sala sem me responder, deixando-me bastante pensativa e sozinha.

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