•| Capítulo 8 - Mas eu tenho medo.

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Luke Pov ON

Acordo do meu sono, nem sei como dormi. Tenho vontade de estar próximo da minha menina. Eu sei que ela está com o James, mas apesar de não o querer perto dela, só o conhecendo é que ela poderá estar mais verdadeiramente do meu lado, não é verdade? Tomo um duche e visto-me. Tomo o pequeno-almoço, lavo os dentes e sigo caminho até à casa da minha menina. Quando me aproximo da porta, sinto logo a presença daquela ave branca. Não sei o que fazer para ela se afastar dele. O Justin está aqui perto, por isso vou ter com ele sem que ele se aperceba e faço-o ir até casa dela.


– Tu és um infeliz. Só te sabes aproveitar dos outros! - faço com que ele o gritasse mal abrissem a porta, olhando o James.

– Justin? Que estás para aí a dizer?

– Esse patife. Ele só te quer fazer mal.

– Que se passa contigo?

– Estou a avisar-te para o teu próprio bem. - ele agarra o braço de Maddy tal como eu quero.

– Não pareces tu a falar… O que aconteceu à tua voz? De onde conheces o James?


Fico sem saber o que responder por isso deixei o Justin sem dizer mais nada, mas continuei ali, sem que me vissem. Talvez o palerma do James saiba que aqui estou, mas pronto, não interessa. Pouco depois fui dar uma volta. Fui espairecer porque se a Maddy me visse no estado em que eu estava, acho que nunca mais poderia aproximar-me dela. Almocei - não é que precisasse, mas por gostar de comer - e depois voltei para a casa da Maddy.


– Porque não tocas à campainha em vez de te meteres a espirar?

– Com quem é que… Luke? - ela diz virando-se para mim, e o Justin imita o seu gesto.

– Eu disse para te afastares dele… Não me deste ouvidos.

– Sabes uma coisa? - sinto-a tensa enquanto se dirige à janela por onde eu estou a espreitar, ficando cada vez mais próxima de mim.

– O quê? - olho-a, ela não estava a olhar-me nos olhos.

– Ainda bem que não me afastei dele. Sabes porquê? Porque a única pessoa de quem me devo de afastar agora, és tu. - sinto nojo na sua voz, eu nem acredito no que ela acabou de me dizer… a minha badgirl está em alta.

– Amor…

– Amor nada. Tu nem sequer sabes o que isso é. Baza daqui!

– Tu não - sou interrompido por ela.

– És surdo? Vai embora daqui!

– Tu não me podes afastar de ti. Não sabes o erro que estás a cometer.

– Eu sei aprender com os erros. E tu não és o meu pai para dizer o que posso ou não fazer. Agora baza!

– É ele? - ele olha o James que acena afirmativamente… Eles estiveram a falar sobre mim enquanto estive fora. - Baza daqui e deixa-a em paz!

– Se não…?

– Se não eu…

– Faço queixa à polícia.

– Não se metam com ameaças, por favor.

Aquele anjinho tinha que estragar tudo, como sempre. Mas desta vez eu não vou deixar que ele fique com a Maddy. Ele NÃO vai ficar com a MINHA MADDY!

Revirei os olhos e fui embora. Eu agora tenho que me afastar e aparecer daqui a algum tempo, quando eles não estiverem juntos. Eu preciso de falar com ela mas só quando ela estiver sozinha. Só quando eu estiver mais calmo.

James Pov ON



Olho para a Maddy e dou conta que está a sofrer. A minha pequena tem lágrimas nos olhos graças ao palerma do Luke. Chego perto dela e abraço-a, apertando-a contra o meu peito, e beijando a sua testa.


– Não tenhas medo. Nós estamos e estaremos sempre aqui. Não vamos deixar que ele te faça qualquer mal.

– Exato. O James tem toda a razão. - o rapaz diz após fechar as janelas da sala.

– Mas eu tenho medo…

– Não tenhas que nós não deixamos que ele se aproxime de ti, ele não te fará mal nenhum.

– Tenho medo por vocês. - ela olha para mim, olhos nos olhos, tem uns olhos tão lindos… cheios de lágrimas neste momento a teimarem em cair. - Tenho medo do que ele vos possa fazer.

– Princesa ele a mim não me mete medo, ele não me afeta nem um pouco.

– E eu tenho o Kenny para me proteger. - rimos os três pois ele fez gestos e uma voz estranha, parecia mesmo um gay a falar.

– Não precisas de ter medo. - olho-a de novo.

– Obrigada por tudo. - ela sorri para mim, e um arrepio percorre o meu corpo. É encantador o seu sorriso.

– Bem, eu vou indo. Se precisarem de algo, liguem logo, apareço num instante.

– Claro que sim. Obrigada amigo.

– Não agradeças. Sou teu amigo não apenas para as festas.

– Claro. - rimos.

– Toma bem conta dela… - ele olha para mim sorrindo, despedimo-nos e ele bazou.

– Queres ir ver um filme?

– Ao cinema?

– Hm… não. Aqui em casa.

– Claro. Contigo faço tudo o que quiseres.


Olho os seus olhos e ela sorri timidamente. Beijo a sua testa e ela vira-se em direção à cozinha. Foi fazer pipocas. Eu tenho que escolher um filme. Ela precisa de se rir um pouco, mas gostava que também tivesse medo e que se agarra-se a mim… Scary Movie, é o filme indicado.

Coloco o DVD no leitor de DVD’s e ponho a dar o filme, ou melhor o início desinteressante de todos os filmes. Pouco depois ela chega e senta-se a meu lado sorrindo. Coloca a malga com as pipocas entre nós encostando a sua cabeça no meu ombro. Segundos depois já sentia o cheiro do seu cabelo a invadir as minhas narinas. A-D-O-R-O! Enquanto vimos o filme fomos comendo pipocas e rindo com as cenas estúpidas do filme. As partes que metiam nojo e até que eram um pouco assustadoras, ela escondia-se atrás de mim, agarrando o meu braço ou o ombro com força.

Estávamos calmamente a ver o filme e eu vou tirar uma pipoca quando sinto a sua mão tocar na minha. Olhamos um para o outro, exatamente ao mesmo tempo e ela sorri, o que me faz sorrir também. Ela olha tanto os meus olhos como os meus lábios, coisa que me está a deixar um pouco nervoso, tenho que admitir. Sinto a sua mão roçar na minha bochecha enquanto sorri e se aproximava de mim. Eu comecei a tremer de estar nervoso. Acho que ela deu conta, pois soltou uma pequena gargalhada, que eu adorei. Os nossos rostos estavam cada vez mais próximos. Tínhamos as testas coladas uma à outra e eu conseguia sentir a sua respiração pesada nos meus lábios.

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