O que Min Yoongi, um dos maiores traficantes da cidade, menos esperava, era que numa bela manhã de Domingo, uma garota de sete anos, estivesse na entrada do morro querendo falar com ele, e menos ainda que ela fosse sua filha.
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Enquanto Yoora e Taehyung conversavam no jardim, na sala, Yoongi e Sun-Mi davam início a uma conversa, um pouco conturbada e delicada.
—Vou repetir.—disse rude.—O que veio fazer aqui?
—Como o que eu vim fazer? Só não se esqueça, que Min Yoora também é minha filha.—disse irritada se levantando do sofá.—Você pode ter cuidado dela por todo esse tempo, mas eu cuidei dela desde que nasceu, sozinha, sem a sua ajuda!
—Porque quis!! Podia ter me falado.—rosnou.—NÃO PODIA?
—NÃO YOONGI, NÃO PODIA.—gritou de volta.—Nós dois só tínhamos quatorze anos, o que poderíamos fazer à respeito? Você só era uma adolescente rebelde, metido com a polícia, e eu...uma "aprendiz" de negócios.
—Isso não justifica, você escondeu minha filha de mim por sete anos caramba!! Sete anos!
—Eu sei que errei, eu sei...—diz com os olhos marejados.—Eu tenho errado em tantas coisas, mas admita Yoongi, se eu tivesse lhe falado que estava grávida você assumiria?? Uh??
—Claro!—disse rude se aproximando da mulher parada no meio da sala.—Eu posso ser o que todo mundo fala, rude, ignorante, frio e seja lá o que mais, só que irresponsável eu nunca fui, e nem pretendo ser.
—Você tá sendo ignorante agora, pensando só em você.—diz olhando para os próprios pés.
—Vai bancar a coitadinha agora? Me poupe Sun-Mi.—Diz amargamente.—Você não liga para outra coisa a não ser para você mesma, seu trabalho, você teve coragem de abandonar a sua filha!!
—Eu não abandonei, a deixei com você!!—rebateu.
—Mas nunca mais deu notícias, nem sequer procurou saber se ela estava bem ou precisando de algo!!
—Me desculpe, eu sei que errei mas tente me entender, era a oportunidade dos meus sonhos.—Diz já derramando lágrimas grossas.—Eu amo Yoora, eu me importo sim, tanto que percebi que estava errada, decidi abandonar tudo, e voltar por ela.
—Não é meio tarde para isso?—diz sorrindo irônico.—Porque tipo, devia ter feito isso há...não sei, oito anos??
—Para de jogar isso na minha cara merda!—xingou.
—Parar por quê? Você merece ouvir quantas vezes for necessário.—disse puxando os cabelos em frustração.—E o que agora? Vai levá-la de mim?
—Não...não fala assim.—diz cabisbaixa.—Eu não vim com essa intenção, até porque eu a levaria para onde? Não possuo mais a minha casa.
O loiro parou por alguns instantes a olhando confuso.
—Como assim não possui mais casa?
—Eu vendi, problemas pessoais, você não precisa saber.
