O que Min Yoongi, um dos maiores traficantes da cidade, menos esperava, era que numa bela manhã de Domingo, uma garota de sete anos, estivesse na entrada do morro querendo falar com ele, e menos ainda que ela fosse sua filha.
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“O maior erro que você pode cometer, é o de ficar o tempo todo com medo de cometer algum.“
»» Elbert Hubbard
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MIN YOORA.
Enquanto caminhava em direção ao quarto, onde meus pais estavam dormindo, estava a pensar, em tudo que aconteceu ontem à noite, no beijo, em Taehyung, em tudo, e voltei à estaca zero novamente de que foi um erro, de que isso nunca vai funcionar, isso é totalmente improvável, porém, é tão inevitável quanto.
—Pai...bom dia!—disse adentrando o quarto, vendo o mesmo de costas na sacada, olhando para a praia.—Mamãe disse que queria falar comigo.
—Uhum.
Nesse mesmo instante, a porta se abriu novamente revelando Taehyung, que assim que me viu, arregalou os olhos em surpresa, pude ver ele ficar tenso ao olhar para papai que ainda não havia nem se mexido.
—Suga...
Pude ver o loiro suspirar fundo enquanto se virava para nós, colocando as mãos nos bolsos do casaco.
—Sentem aí.
Indicou sua cama, enquanto puxava a cadeira que fazia parte da penteadeira, se sentando de pernas desleixadas e braços cruzados enquanto esperava que sentassemos.
—Bem...—iniciou nos olhando de forma séria.—Qual a relação atual de vocês?
Nos entreolhamos e pude ver Tae nervoso, eu não estava diferente, minhas mãos estavam trêmulas, e minha garganta seca.
—Seja específico com a sua pergunta.—Taehyung exigiu.
—Okay...vocês me acham com cara de idiota ou o quê?—ri sem humor revezando olhares entre nós dois.—Vocês não podem continuar me enganando, eu vi vocês dois juntos ontem.
Meus olhos se arregalaram levemente porque eu não esperava por isso, confesso que eu estava com medo. Tae fechou os olhos negando com a cabeça, e a abaixou encarando os próprios pés, parecia...arrependido.
—Olha pai...eu posso explicar...
—Explicar o quê? Vocês se agarrando na piscina? O que há para explicar? É fato, e eu vi.—sorriu sarcástico enquanto retirava um cigarro do bolso, e seu isqueiro.
—Suga...eu...
—Vai dizer que sente muito agora?—debochou dando a primeira tragada.—Porque ambos não parecem sentir nada.—disse nos olhando.
—Olha...—suspirou fundo.—Eu sei que isso foi errado...é errado, me desculpe.—disse mexendo em seus fios.—Isso não vai mais acontecer.
Senti um certo incômodo no peito, mas ignorei, sabia que ele estava certo, a culpa foi minha, eu provoquei isso, eu devo assumir as consequências com o meu pai.
