O céu estava negro quando finalmente chegaram no acampamento. Clarke entra em pânico quando vê Finn, do mesmo jeito que Raven fica. Ninguém sabia o que fazer, Clarke era a medica do grupo, mas aquilo era uma cirurgia complicada e eles nem tinham agulhas.
Eu tenho agulhas, eu tenho suprimento médico. Ela pensa sentada no chão descansando, o ferimento tinha parado de sangrar e a atadura fazia diminuir a dor junto com os analgésicos. Rey não conseguia ficar quieta, não nasceu para mofar no chão
Ela se levanta e procura Bellamy, não iria conseguir ir até lá sozinha nessa tempestade. Foi quando o vê se preparando para sair no estoque de alimentos, com várias pessoas ao seu redor:
— Para onde vai? — Ela pergunta o puxando pelo ombro.
— Vou pegar o terra-firme, interroga-lo. — Ele responde finalmente a olhando nos olhos. Acho que alguém sendo esfaqueado muda nossa competição. Mas, ainda posso sentir que está irritado.
— Está doido? Isso é declaração de guerra. — Rey responde pulando seus pensamentos.
— Eles já pegaram dois do nosso povo e mataram três. Eu preciso saber mais sobre eles, estamos lutando às cegas — Bellamy estava nervoso, não era só isso que tinha o deixado desse jeito. Não é hora para discutir com ele.
— Preciso ir para casa, pegar suprimentos médicos para Clarke. — Rey muda de assunto e ele não liga para ela — Quero que você venha comigo — Agora ele vira o rosto, interessado.
— A tempestade está chegando, não é seguro ficar lá fora.
— Jasper sabe onde o selvagem está, deixe que ele guie o grupo. Reencontramos com ele na volta e voltamos juntos. Será rápido.
— Rey, não quero discutir de novo, mas sua perna não está boa e o vento está forte.
— Eu aguento — Sua voz era firme e não demostrava dúvidas. Posso voltar arrastando, mas volto.
— Então, o que estamos esperando?
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A chuva estava forte, com pingos pesados, andar na lama fazia sua perna ficar mais pesada e mais lenta. Bellamy sempre estava à frente dela, Rey o guiava gritando pelos trovões e ventos. Seu cabelo molhado grudava no rosto e o mesmo acontecia com a sua roupa. Era difícil abrir os olhos, o vento trazia fragmentos de alguma coisa. A cada trovão seu corpo tremia, depois ria mentalmente por ter feito isso. Uma vez Bellamy vê, com o quanto dos olhos, mas não consegue fazer o mesmo de Rey e cai na risada.
— Quanto mais? — Bellamy grita depois de se acalmar.
— Estamos chegando —Rey responde o alcançando.
O céu estava cinza e a floresta mais escura que o normal, o barulho da cachoeira era fraco quando finalmente chegaram perto. Bellamy para quando a vê, sem entender. A agua caia por uma alta montanha cheia de arvores e plantas altas. Rey continua a caminhar na borda do riacho e em direção da cachoeira, entre a pedra e a caída de agua havia uma passagem. Ela se espreme e passa sem molhar, ele faz o mesmo observando todos os detalhes.
— Você mora nessa caverna? — Bellamy pergunta surpreso adentrando a mesma.
— Espere e verá — Rey responde rindo e o guiando.
A caverna não dura muito, apenas uns dez minutos caminhando e por todo esse trajeto o riacho continuava no meio da caverna. Ela dá a passagem para um lindo vale, protegido por uma cadeira de montanhas. Seu pai tinha o descoberto há muito tempo atrás com o conjunto de mapas que sua comunidade possuía. No centro do vale uma pequena cabana e do lado o riacho passava. Bellamy a ajuda a correr para dentro da cabana, que não os protegia muito da chuva.
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Whispering {Bellamy Blake}
Science FictionHá histórias sobre o que aconteceu. Sobre pessoas indo para o espaço abandonando a Terra. Foram eles que causaram isso, eles que criaram as bombas atômicas e destruíram seu lar, apenas para ir para o outro que está esperando para ser destruído. Não...