The Past Becomes Present

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O bunker FHT era grande o suficiente para Rey se perder varias vezes quando jovem, ela costumava a levar seu irmão a escola todos os dias antes de suas classes. Cyrus a encontrava na frente da porta do dormitório de sua família todos os dias, os dois foram melhores amigos quando crianças e agora eram namorados.

— Alguma notícia do seu pai? — Ele pergunta após deixarem Josh na escola.

— Não...nada ainda.

Ambos caminhavam pelos corredores claros em direção a sala dos dois, o clima da bunker a cada dia piorava.

— Estou com medo — Rey confessa — A guerra com Mount Weather só piora e agora meu pai está desaparecido...eu não sei o que devo fazer.

— Só podemos esperar que as pessoas no comando saibam o que estão fazendo.

— Cyrus você tem que parar de ser tão submisso — Marla aparece por trás assustando os dois.

Eles eram amigos desde crianças, Marla sempre foi a agitada que os metia em confusão as quais Cyrus os tiravam usando sua razão.

— Meu pai estava com mais medo do que o normal hoje de manhã — Ela fala alertando todos, pois seu pai era o vice-presidente do buncker — O congresso vai se reunir hoje, eu acho que não possuímos mais como combater Mount Weather.

Rey bufa.

— Nunca entendi o início dessa guerra, apenas egoísmo e cobiça! Já basta os terra-firmes agora temos que lutar pelo subsolo! — Ela gritava e lágrimas surgiam em seus olhos, estava vivendo no limite de sua ansiedade.

— Eles são sequestradores doentios, Rey, não podemos simplesmente perdoar o que fizeram.

— E eles não podem perdoar o nosso massacre. — Cyrus suspira despertando a raiva de Marla.

Marla entra na sala e o casal também. Entretanto, Rey não conseguia parar de pensar no momento que tudo começou, naquele instante não pensava na proporção que tudo aquilo iria tomar.

Por muitos anos pensaram que foram os únicos que sobreviveram, mas logo que seus antepassados saíram do bunker pela primeira vez eles perceberam que os terra firmes haviam sobrevividos. Demorou tempo para eles acostumassem com o solo, muitos morreram queimados mas outros sobreviveram a superfície.

Não foi fácil conviver com os terra firmes, mas um acordo não falado surgiu entre as duas comunidades. Os terra firmes ficariam com o solo e o bunker com o debaixo dele, cada um no seu espaço sem nenhuma fatalidade e tudo ficaria bem.

A tropa do solo subia uma vez por semana pegava os recursos necessários sem interferir nos assuntos dos terra firmes e assim ambas comunidades sobreviveram, até uma tropa do solo nunca voltar. Todos pensaram que foi feitio dos terra firmes, mas um soldado finalmente voltou.

O soldado volta contando sobre estas pessoas em roupas de contenção radioativa que simplesmente sequestraram a tropa, ele conseguiu escapar nos últimos minutos.

O soldado queria vingança assim como as famílias, a raiva deles os fizeram a procurar vingança. Eles descobriram um grupo de soldados de Mount Weather e os massacraram em vingança.

Assim a guerra começou há dois anos atrás. O irmão de Marla estava na tropa sequestrada, e todos os dias ela acorda com uma sede de vingança. E essa vingança que mantém ambos dos bunkers em constante guerra.

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Barulhos vindo da sala de estar, objetos sendo jogados no chão e passos pesados. Rey acorda assustada e observa Josh também assustado em sua cama, ela faz um sinal para que ele fique em silêncio e levanta de sua cama pegando o abajur para se defender.

Viviam desse jeito faziam anos, sempre em constante estado de defesa. Fazia uma semana que Mount Weather havia hackeado o sistema de segurança deles e os prendido dentro do buncker, estava apenas esperando o dia em que eles entrassem com metralhadoras matando a todos.

Todavia, quando a garota abre a porta do seu quarto ela vê um rosto familiar.

— Pai...você está vivo?

Seu pai estava como havia o visto quatro meses atrás, quando ele saiu do buncker em uma missão militar.

— Como você voltou? Isso não é possível!

A porta do quarto de sua mãe é aberta rapidamente e ela corre nos braços do seu marido, o barulho também traz Josh do quarto feliz ao ver seu pai.

— Não temos tempo, precisamos ir — Ele falava se separando dos abraços — Encontrei um lugar, mas precisamos ir.

— Ir para onde? — A jovem não entendia ao ver seu pai empacotando todas as coisas da família — Pai!

— Não temos tempo, Rey. Pegue suas coisas agora, temos que sair daqui antes que..!

— Antes que, Will? — Sua mãe pergunta, também confusa

— Apenas confiem em mim, não posso falar ainda...

Rey corre para o seu quarto puxando Josh pelas mãos, nunca sentiu tanto medo em sua vida. Sem pensar duas vezes a garota pega o seu pager e manda uma pequena mensagem para Cyrus, o chamando para seu apartamento. Não sabia o que estava acontecendo, mas nunca viu seu pai com tanto medo em seu rosto. Por isso, onde quer que ele fosse os levar levaria Cyrus junto. 

A garota não sabia o que empacotar, então apenas pega de tudo um pouco e ajuda Josh a fazer o mesmo. Ele estava pálido e apertava sua mão fortemente. 

— Estou com medo, Rey...o que está acontecendo? — Ele fala depois de terminarem de empacotar as mochilas.

— Eu também estou com medo, Josh, mas temos que confiar no papai.

Rey o ajuda a colocar a mochila nas costas e faz o mesmo com a sua, bem a tempo de batidas soarem na porta. Ela vê seu pai ficando pálido e trêmulo, ele tenta falar mas gagueja no caminho. A garota corre até a porta e abre o suficiente para ver Cyrus sorrindo. 

Devia estar pensando que ela o chamou porque estava sozinha e poderiam se divertir. Nunca iria pensar que estava o chamando para fugir com ela.

Rey abre a porta e puxa Cyrus para dentro, voltando a fechar rapidamente a mesma.

Will muda sua feição, mostrando o nervosismo crescer ainda mais.

— Para quem mais você falou, Rey? — Ele diz avançando em sua direção — Para quem você falou?

—  Só falei pro Cyrus! Só ele! —  Ela coloca seu braço no torso de Cyrus e o puxa para trás, se afastando do seu pai. 

Nunca havia o visto daquele jeito, nunca havia avançado daquela maneira e usado aquele tom de voz com ela. Izabel, sua mãe, rapidamente se coloca entre os dois, acalmando suavemente Will.

— Você pode ter nos matado! — Will grita, mas respira fundo e diminui seu tom de voz. — Você não entende o que está em jogo agora, Rey. 

— O que está acontecendo? — Cyrus finalmente pergunta, sendo o mais confuso naquela casa. 

— Nós vamos sair desse buncker, Cyrus. — Will fala e coloca sua mochila nas costas — Espero que tenha preparado suas coisas para essa viagem sem volta.


Whispering {Bellamy Blake}Onde histórias criam vida. Descubra agora