Marcas deixadas

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Como a discussão com o idiota do meu primo havia me estressado, eu não me ative ao fato de sair com a Ferrari, então, aceitei de bom grado ir no fusca amarelo da loira. Pelo contrário do que pensam deste tipo de automóvel, me encanta. És único, delicado e forte ao mesmo tempo. O banco revestido em couro dourado, a pintura bem conservada, um rádio dvd e um pequeno enfeite de um ursinho, pendurado. Parece que tudo ali fora feita sob encomenda. Não era um fusca qualquer. Era "O" fusca. Passei o endereço do apartamento luxuoso da minha tia, ou melhor, madrinha - como ela gosta de ser chamada-, e seguimos em um delicioso silêncio. Okay, eu confesso que menti sobre o apê ser meu, mas é porque eu amo morar com os meus pais, e eles mesmo vivem repetindo que a casa é muito grande e ficaria muito vazia sem mim e o Kill por lá, e além do mais, Zelena vive viajando a negócios (como hoje, por exemplo). Em menos de quinze minutos havíamos chego. Subimos para o último andar. Abri a porta com certa pressa. Pensei em lhe oferecer uma bebida, mas seria uma tremenda perca de tempo.

Assim que Emma fechou a porta, puxei-a para mais perto de mim, deixando os nossos corpos colados, quase fundidos um no outro. As nossas respirações misturaram-se. O seu doce aroma de canela me embriagou (e olha que eu detesto canela). Passei minha destra pela sua nuca, olhei em seus olhos mais uma vez e por fim selei os nossos lábios. Puta que me pariu, essa mulher é definitivamente a minha perdição. Não houve um tempo de raciocínio lógico (e cá entre nós, nem era preciso), apenas segui o fluxo. Sua língua passou entre meus lábios, deslizando para dentro da minha boca, explorando cada pedacinho do local, fazendo com que todo o meu corpo reagisse. Senti os meus sentidos se aflorarem. Num ato um pouco desajeitado, pressionei-a contra a parede, puxando os cabelos próximos a sua nuca, enquanto as suas mãos apertavam a minha cintura. Mordisquei o seu lábio inferior e em seguida o chupei, arrancando-lhe um gemido manhoso. Imagine quando ela estiver gemendo o meu nome?! Santo Deus, obrigada por me enviar um anjo. Desci os beijos para o seu maxilar, subi para a sua orelha soltando um breve gemido abafado, voltei para a sua boca castigando-a (no bom sentido), trilhei um caminho de beijos para o seu pescoço deixando uma marca forte na região. As suas mãos invadiram a minha blusa, tocando a minha pele quente, e todo o tempo de percepção que obtive fora o de sentí-la arranhando toda a minha pele branca, causando uma deliciosa ardência. Por cima da sua roupa, com a minha destra, passei a acariciar os seus seios (intercalando, ora um, ora outro). Abri os olhos apenas para admirar a deusa grega na minha frente, toda entregue, perdendo-se em meio ao desejos... aos meus toques. Em meio a lúxuria. Ah meu senhor, me diz o que eu fiz para merecer isso, só para eu fazer de novo. Rapidamente tirei a sua jaqueta vermelha, jogando-a em um quanto qualquer. Fiz isso respectivamente com toda a sua veste e o gesto foi reciproco. Não é necessário dizer o quão excitada eu estava, é? Por que se for, meu Deus do céu, é indescritivel. A loira pegou-me de surpresa, invertendo as nossas posições,  segurando com uma certa força as minhas mãos um pouco acima de minha cabeça, enquanto a outra descia deslizando pelo meu corpo, arranhando o meu abdomen (nada definido, porém muito gostoso - notal mental - amor próprio é tudo) e por fim, chegando ao sete mares, quero dizer, á minha boceta completamente encharcada. Emma tomou os meus lábios com certa urgência, dando inicio a mais um beijo perfeitamente perfeito. Ah caralho, eu não gosto de ter a leve impressão de que as nossas bocas foram feitas especificamente... eu iria dizer uma para a outra, mas assim não seria justo com o resto do corpo. A sua língua batalhava com a minha buscando domínio. Normalmente eu gosto de mandar na porra toda, mas ao sentir os seus dedos brincando na minha entrada, sem ser penetrado, não resisti:

- Me fode logo, E-mma! - eu disse assim que o ar nos foi necessário. Ela sorriu com malicia. Desgraçada. Fora tudo de caso pensado. Esse anjo loiro, vulgo, o próprio pecado em pessoa, parecia saber exatamente como eu era, "Apaixonada pelo poder".

A namorada do meu primoOnde histórias criam vida. Descubra agora