São Paulo. 15 de abril de 2016. Regina Mills.
Enquanto os meus pais conversavam sobre qual seria o prato principal para o jantar, eu e Killian jogávamos vídeo game. Não adiantava, por mais que eu tentasse manter o foco, a concentração me fugia por completo. Uma hora era porquê pensava em como Alice estaria passando a noite naquele orfanato, em outra, porquê Emma vinha habitando os meus pensamentos mais sinceros. Nenhuma das duas opções fazia parte da minha realidade, mas a cada novo nascer do sol, percebo o quanto quero que isso mude.
- Quem é o melhor? Quem é o melhor? - Killian dizia com uma euforia encantadora me fazendo não me importar tanto com a derrota. O meu tio tinha uma expressão abobalhada em seu rosto. Um dia eu me acostumo com esse nosso lado infantil.
- Eu sou a melhor! - a voz de Zelena fez-se presente. Joguei o controle no sofá e corri para perto da minha madrinha, puxando-a para um abraço apertado.
- Achei que não vinha mais! - eu disse com uma certa alegria na voz, deixando nitido a minha felicidade por vê-la. O sorriso que sempre está em seus labios é o meu preferido.
- E porquê achou isso? Eu não perco as chances de estar em família. - ela disse. Fomos até o sofá. Desta vez eu quem me sentei para que ela deitasse com a cabeça em meu colo. Enquanto todos ali desenrolaram um assunto em comum, continuei apenas fazendo-lhe um cafuné.
As suas olheiras não passaram despercebidas por mim. Algo lhe aflige, o problema está em saber o que é e em como adentrar em seu mundo para poder ajuda-la. A força que a minha ruiva preferida demonstra em relação a tudo é deverás encantora, por isso tenho medo quando a sua escolha é enfrentar tudo sozinha. Ninguém é imbatível, por mais lindo que possa parecer alguém que aceita carregar o peso do mundo em suas costas. Zelena é dessas pessoas, ou pelo menos, está sendo agora.
- Você irá me contar agora ou terei que descobrir sozinha? - aproveitei a distração dos outros para perguntar á ela.
- Eu não sei do que estás falando, pirralha! - a forma como tenta fugir do assunto naturalmente é mais uma razão para eu acreditar que algo está acontecendo.
- Sabe sim. Nesses últimos dias a senhorita anda distante, mesmo quando tenta se fazer presente. O seu lindo sorriso não consegue esconder o pouco brilho presente em seu olhar. - eu disse, fazendo-a me olhar confusa. Eu a conhecia melhor do que qualquer outra pessoa – e é recíproco. Minha dinda sabe quando estou mentindo, sofrendo ou escondendo algo, da mesma forma que eu também sei sobre ela. - Desde que eu cheguei para a família Mills, tu não me deixaste só. Pois então, me deixe não deixa-la só, independente da encrenca.
- Eu prometo que estou bem, okay? Tudo o que podes fazer é estar ao meu lado no momento que a dor for insuportável. - beijei-lhe o topo da testa, demonstrando todo o meu carinho.
- Eu voto em pizza! Precisamos inovar. Pizza, vinho e um bom filme, que tal? - Killian chamou a nossa atenção para ajuda-lo a convencer Dona Cora e o Senhor Henry a fugir do tradicional. O moreno nos deu uma piscadela quando acenamos que queríamos o mesmo. - Eu não abro mão de uma quatro queijos. - pegou telefone próximo ao sofá, discando o número de alguma pizzaria.
- Eu quero uma de sabor Portuguesa! - Mamãe pontuou. Papai apenas a envolveu em seus braços, enquanto escolhiamos o filme.
***
As horas foram se estendendo, mas ainda sim não era muito tarde. O segundo filme chegou ao final. Todos pareciam satisfeitos. Os meus pais e Killian se despediram, dando-me um terno beijo na testa. Zelena não fez menção de se levantar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A namorada do meu primo
FanfictionRegina Mills é uma jovem meiga e ousada, que vive se metendo em encrencas, sendo salva o tempo todo por Zelena, sua madrinha poucos anos mais velha e tão louca quanto ela. A última coisa que aprontou "sem querer", foi transar com a ex-noiva (que n...