Uma favelada, toda errada

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(POV - AUTORA - Bom, só queria desejar-lhes boa leitura ❤️ e agradecer por estarem por aqui)

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Dentre todas as contas matemáticas, as sortes lançadas, as cartas marcadas, e toda a população de Sp, qual era a probabilidade disto acontecer? Em outro momento, eu até arriscaria dizer que seria como a soma de toda a força do universo, ou seja, zero. Mas agora, estando aqui, frente a frente com este lindo par de olhos verdes cristalinos – quase azuis, volto a crer em destino.

Racionalmente, consigo ver duas possibilidades, primeira: Deus é um cara gozador que adora brincadeiras, ou, segunda; eu sou um ímã buscando os pólos negativos espalhados pelo mundo. E de qualquer forma, eu estou completamente fodida... 

Robin não desviava o olhar de mim, despertando-me ainda mais a vontade de provoca-lo. Tirá-lo do eixo não seria algo muito difícil. E cá entre nós, eu faço isso muito bem. Sorrio sarcástica, dando um passo em direção a ela, ignorando-o por completo. 

Não fora possível evitar admira-la. Os seus fios cacheados caídos sobre os ombros nús, destacaram a sua pele alva – que já fora tela para mim. O tecido vermelho de seu vestido parece ter sido feito especialmente para o seu corpo, realçando as suas curvas, deixando-a incrívelmente (ainda mais) bela. Por alguns segundos, esqueci de todos a nossa volta. 

Boa noite, linda! - As suas bochechas ficaram levemente avermelhadas, e os seus olhos demonstram um certo assombro. Era quase que imperceptível a sua respiração alterada, mas não para mim. Deixei-me perder-se em seu hálito quente tão próximo ao meu rosto. 

A música ainda tocava de fundo. Eu poderia apenas envolve-la em um simples abraço, talvez um aceno, mas fazer o que se sou movida a impulso?  Rapidamente, selei os meus lábios nos dela. O contato fora breve. Uma mão apertou a lateral do meu braço direito, causando uma terrível ardência, jogando-me  bruscamente para o lado.

Qual é, Regina? está ficando louca, sua rejeitada? - Robin se exaltou. A sua jugular saltara. O seu rosto ficou vermelho em demasia. Dos seus olhos, poderiam sair chamas. Segurei o riso, assim como os meus tios. Não contente, o babaca segurou em meu maxilar, forçando-me a olha-lo.

Não ouse a me tocar. Nunca mais! - eu disse firmemente, sem perder a compostura. - Eu já lhe disse que não adianta insistir, eu não irei beija-lo. Esse tratamento é só para pessoas especiais Eu digo divertidaafastando a sua mão. A loira parecia estar curiosa diante a cena, mas não chateada. Aquilo me chamou a atenção – a sua falta de reação em relação ao namorado. 

Boa noite, loirinha. - A minha madrinha se aproxima de nós. Mas ao notar qual era a intenção gritante nos gestos da ruiva, Robin volta a puxar a namorada para junto ao seu corpo. - Qual é, priminho. Um selinho não tem nada demais. - a frustração fingida presente em sua voz, arrancou-me uma breve gargalhada. - Prazer, Zelena Mills, inteiramente ao seu dispor! deu uma piscadela, antes de se afastar.

Emma Swan. - lhe sorriu. A loira parecia desconfortável com o apego excessivo do mais velho ao seu lado, mas continuou com um sorriso tímido nos lábios, olhando-me de relance. 

Não demorou para que os meus pais se aproximassem, nos convidando para o jantar. Relutei entre aceitar ou não. Seria excepcional poder provocá-los, porém, optei por seguir para o jardim, ignorando-os. A minha família compreenderia. Os visitantes nem tanto, e eu não me importo com eles. Não me sinto obrigada a (sempre) partilhar das necessidades do meu primo para esfregar em minha cara as suas novas namoradas. Às vezes creio em sua loucura. Às vezes, creio na minha. 

A namorada do meu primoOnde histórias criam vida. Descubra agora