Notas da autora - Bom, só desejo-lhes boa leitura e peço pra que não se assustem. Creio ser certeira a confusão em vossas mentes. Mas lembre-se é uma fic que está no início. São personagens se "apresentando" aos poucos e essa é a graça. Um grande beijo 😘❤️
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Sentir-se presa á alguém é uma sensação horrível. Mas por mais que eu tentasse, não havia soluções cabíveis. Dizem que ninguém morre por amor. Essa é a maior farsa de todos os tempos, pois é exatamente assim que me sinto por dentro... quase morta. E a culpa? É deste sentimento... Por excesso, a tiraram de mim... e pela sua falta, estou me afundando em uma imensidão dolorosa, imersa em remorso. Sobreviver dia após dia. Beija-lo pensando na recompensa. Fingir não ter asco dos seus toques, para se alimentar da esperança de tê-la outra vez em meus braços.
Enquanto Robin gritava palavras de baixo calão para Tinker, às lágrimas banhavam o meu rosto, respingando no lençol de seda. A loira nunca lhe teve afeição. Às vezes penso que se ela soubesse o real motivo que continuo presa á este babaca, o ódio seria mútuo... por ele e por mim. Sou uma tremenda idiota, fraca e inútil.
Deve a ver outra maneira, mas eu não a encontro.
A imagem daquelas duas bolinhas verdes encarando-me com curiosidade, das covinhas formando-se em suas bochechas, das suas mãozinhas apertando-me, jamais sairão da minha mente. Às lembranças são belas e cruéis. Doces e amargas. E tudo o que posso fazer é fingir indiferença a qualquer ocorrência da minha vida.
A falta de ar. A respiração alterada. A dor no peito. Tudo indicava outra crise. Respirei fundo uma, duas, três vezes. Sentei-me na cama, busquei o jarro d'água no criado mudo, servindo-me com um copo cheio.
- Ela é minha namorada. Você não tem nada a ver com isso, sendo assim, não pode me impedir de vê-la, sua puta! - a sua voz estava alterada em demasia. Escutei algo se quebrando. Com certeza era a minha best friend sister lhe tacando um dos meus vasos de flor. - Você é louca! - posso imagina-lo se desviando dos ataques. Pensar em qualquer outra coisa me acalmava, mesmo que fosse uma possível terceira guerra mundial. - Emma... Emma meu amor, me deixe explicar. Emma, você sabe que precisa de mim! - eu não queria ouvir as suas explicações. Na verdade, as suas mentiras nem me afetam. A sua vida sempre fora uma circunstância qualquer para mim. Um dado irrelevante.
Outro barulho. Mas um vaso partindo-se na parede. Sempre que isso ocorre me pego pensando no porquê estar envolvida tanto com alguém que dizia-me querer apenas sanar as minhas dores, mas que na primeira oportunidade as usa contra mim, chantageando-me.
Dar ouvidos a um galanteador barato, que nega lhe abraçar para não amassar o smoking caro, não é recomendável. Eu deveria ter entrado no meu Fusca, ou apenas seguir a pé naquela noite, sentindo as gotas frias sobre a minha pele, aproveitando para dançar na chuva como nunca antes. Chorar nos braços de algum amigo íntimo também poderia ser uma opção. Mas não. A burra entrou no bar, perdeu as contas referente as doses de uísque e no fim, desabafou com o primeiro filho da puta que apareceu. Movida pelo desespero, entregou-lhe a chave do seu corpo. Eu sei que parece confuso falar desta forma. Digamos que Robin a usou de halibe para se aproximar. E continua a usando para nunca partir.
A gritaria não cessava. Pensei em me intrometer. Mas no fundo, a covardia era quem me guiava. Eu ainda me sentia presa nas suas falsas promessas de recupera-la. Talvez não seja tão falsas assim. Se tem uma coisa que não se pode negar é a sua influência... O sobrenome "de Losckley" era o segundo mais comentado no país, ficando atrás apenas dos Mills. Ainda não compreendi o por quê e nem me interessa. Nada disso carrega algum tipo de valor para mim. Mas para eles, é tudo o que importa.
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A namorada do meu primo
FanfictionRegina Mills é uma jovem meiga e ousada, que vive se metendo em encrencas, sendo salva o tempo todo por Zelena, sua madrinha poucos anos mais velha e tão louca quanto ela. A última coisa que aprontou "sem querer", foi transar com a ex-noiva (que n...