6 ❀ psyco ❀ shawn

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O tecido de sua saída de banho, ainda úmida, roça minha barriga e eu tenho uma visão privilegiada de seus peitos.

Me conhecendo, eu até diria que é sem graça ela já estar tão despida, por que eu adoraria ter que imaginar o que ela estaria vestindo por baixo de sua roupa, mas tê-la agora, em cima de mim com essa mudança repentina de humor... eu acho que nunca estive tão excitado.

E sim, ela percebe eu me enrijecer e ardilosamente pressiona seu joelho contra meu pau. Solto um grunhido e ela ri, puxando todo o seu cabelo para um lado do rosto.

Levo minhas mãos até seu quadril, mas delicadamente ela as afastas, aproximando seu rosto do meu, enquanto estrala a língua no céu da boca, como um sinal de desaprovação.

— Não, não. Tu não vai me tocar. — ela sussurra em meu ouvido, puxando meus braços até acima da minha cabeça e segura meus pulsos com uma mão. Eu acho que eu não poderia ficar mais duro.

— O que tu vai fazer comigo? — minha voz sai rouca demais.

— Eu te falei que pensei no que tu disse, sobre as experiências universitárias... e como é natural tudo isso.

Ela afasta seu rosto, levando sua língua da barra da minha cueca até meu pescoço. Cada músculo meu é atiçado e contraído ao longo de seu toque úmido e quente.

— Como pra ti é natural essa manipulação e dominação masculina. — ela leva a mão livre até meu pau sobre o tecido e meu coração simplesmente para.

Eu tento desprender meus braços, mas ela os segura fortemente. Eu com certeza tenho a mais plena capacidade de sair dessa posição, mas eu realmente quero ver até onde isso vai.

— Seja bonzinho, Shawn. Até por que é assim que eu deveria ser, certo? Então agora é sua vez. — ela aperta sua mão, me comprimindo e eu engasgo.

Forte demais. Forte demais. Essa garota é louca.

— Do que tu tá falando? — minhas palavras mal saem.

— To falando sobre a realidade da vida dentro das fraternidades, Shawn. — eu não disse exatamente essas palavras?  — E já que eu escolhi a melhor para representá-la, aqui, cheia de mulheres sexualizadas, é isso que eu to fazendo. Representando! — diz e me lança um sorriso diabólico.

Ela me aperta cada vez mais e eu perco o fôlego, pendendo a cabeça pra trás.

— O que foi, Shawn? Será que eu to abalando a tua masculinidade? Será que esse não é o momento em que tu toma o controle e faz de mim o teu brinquedo sexual? — tem muito sarcasmo, malícia e insanidade em sua voz.

— Você é louca. — eu não sei se é pela bebida ou se eu realmente estou entorpecido por suas palavras e ações, mas eu simplesmente não consigo me mexer.

— Eu não sou louca. — sua voz se suaviza e ela diminui a pressão. — Eu só gosto de provar meu ponto sobre as coisas. — acho que ela voltou ao normal.

— E qual seria esse ponto? — consigo voltar a olhá-la e ela se senta sobre meu colo. Boa, Vai-Se-Fuder, tu conseguiu piorar a situação.

— Eu te mostrei que eu não vim pra cá me iludir. Homens são tão sucetíveis à dominação quanto às mulheres e isso não justifica elas serem tratadas dessa forma só por que vocês se veem no direito, por conseguirem isso mais facilmente. — percebo angústia em seu tom. — E vocês só conseguem mais facilmente por que têm a audácia disso.

— Ei! — a empurro para minhas coxas e ela hesita antes de permitir, então me sento e a mantenho em minhas pernas. — Eu te disse que essa é a realidade aqui, não que eu trato as mulheres dessa forma.

— Certo, e eu acreditaria nisso por que...? Foi tu mesmo que pegou uma arma infantil e me sujou inteiramente de tinta vermelha.

— Eu acho incrível a tua hipocrisia. — ela franze o cenho.

— O quê? Eu não sou...

— Shh! Agora é minha vez de falar. — cubro sua boca com um dedo e ela o morde. — Porra!

— Pode falar, mas não me toca. — diz ameaçadora.

Adoravelmente ameaçadora.

— Certo... — digo desconfiado e apoio os braços atrás de mim, aumentando a distância entre nós. — Mas, o que eu ia dizer é que tu vem pra mim com toda essa lição de moral sobre como uma mulher deve ser tratada, como se eu fosse um monstro machista. Mas a realidade é que tu nem me conhece. E se pararmos pra pensar em quem abusou quem, tu sairia perdendo, Vai-Se-Foder.

— Ótima inversão de papéis, mas eu não caio nessa. — ela se levanta, mas antes encara mais uma vez meu volume que não cumpriu minha ordem mental de desfazer-se.

— Tu acabou de abominar a manipulação, mas quem mais a praticou essa noite foi tu.

— Tu não sabe do que tu tá falando. — ela pega sua bolsa e vira de costas pra mim.

— Tu disse tanto sobre mim com tão pouca informação. Eu só to analisando toda essa tua ceninha e minha conclusão é: tu é manipuladora, sim.

— Só cala a boca, Shawn. — ela diz baixo.

Certamente é um ponto fraco, e eu a atingi. Ponto pra mim.

— Qual é o teu trauma?

— CALA A PORRA DA TUA BOCA. — ela grita e praticamente voa até mim, apontando o dedo.

Ela me encara de tão perto que eu consigo sentir a sua respiração e todo o calor de seu corpo se expandindo até mim. Ela tá fervendo.

Eu a espero desviar os olhos, mas porra, ela é durona. Nem ameaça tirar seus olhos dos meus, então era óbvio o que eu devia fazer: provoca-la cada vez mais só pra ver qual é o seu limite.

— Vem cala... — ela foi mais rápida do que eu.

Antes de eu cogitar terminar minha frase, Vai-Se-Foder já a adotou como ordem e foi isso que ela fez, me calou.

Me calou calorosamente, ruidosamente e mais intensamente do que eu achei que fosse possível.

Sabe todas as vezes que eu disse que ela é louca? Pois bem, agora eu tenho certeza.

Ela segurou meu rosto com tanta determinação que eu mal pude raciocinar quando colou seus lábios nos meus.

Where Were You In The Morning ❀ Shawn Mendes ❀ Onde histórias criam vida. Descubra agora