internato cap 11

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Telefonema

Bernardo

Suas mãos fortes e grandes acariciavam minhas costas vez ou outra cravando suas unhas em minha pele branca e macia. O ardor dos arranhões me dava um prazer imenso assim como seus lábios grossos em meu pescoço desnudo. Seu pênis rígido como uma tora entrando e saindo de mim a medida que eu cavalgava em seu colo. Os gemidos de prazer ecoados por Gregório, o suor escorrendo por nossos corpos. Tudo me fazia sentir-me em completo êxtase. Era como mergulhar em uma piscina de águas límpidas e brilhante. Fazia bem ao meu corpo e a minha mente, porém machucava meu coração. Era ele quem gritava desesperadamente que aquilo estava errado. Era ele quem chorava sobre as feridas ensanguentadas. Era ele quem implorava para que parasse com aquilo. E ele estava certo.

– Não posso continuar – disse me levantando do colo do meu primo.

– O que? – Gregório me olhou estarrecido e com uma pontada de raiva – você nunca teve problemas nenhum para me dar.

– Me desculpa Greg, mas as coisas mudaram – disse passando a mão por minha testa suada.

– Na moral, garoto, você é muito complicado – ele se levantou da cama – Você me procurou para transar e agora está pulando fora? Porra! Eu nem gozei.

Olhei para seu pênis ereto e pulsante e me sentir pior ainda por deixa-lo assim.

– Me desculpa, Greg – pedi me abaixando para pegar minhas roupas – Mas eu não me sinto bem.

– Pro caralho seus sentimentos – Ele disse abruptamente me segurando pelo braço – Eu vim aqui para gozar e é isso o que eu vou fazer.

Ele me jogou na cama e subiu por cima de mim. Por mais que eu tentasse me mexer, não conseguia, pois ele era mais forte do que eu. Eu chorava de dor física e emocional com aquele homem por cima de mim se satisfazendo. Demorou cerca de dez minutos, mas que para mim pareceram-se com agoniantes horas de horror, mas quando ele gozou dentro de mim e seu corpo relaxou eu estava livre. Mas não me sentia assim.

Gregório rolou para o meu lado e acendeu um cigarro. Deu uma longa tragada e respirou fundo.

– Me desculpa, Be – disse com a naturalidade de quem se desculpa por ter esbarrado em alguém acidentalmente – Não sei o que deu em mim. Eu estava cheio de tesão e você disse que não ia mais me dar. Fiquei maluco.

– Realmente maluco – concordei com uma lágrima escorrendo por meus olhos – Eu disse que não queria.

– Mas você também me disse uma vez que nossa relação é apenas sexo sem nenhum sentimento envolvido – ele alegou dando outra longa tragada no cigarro – Foi o que fizemos. Apenas sexo.

– Você me estuprou – disse começando a chorar.

– Interprete como quiser – ele deu de ombros – Não dou dois meses para você me ligar querendo chupar minha pica.

– Tenha certeza que não vou – disse me levantando da cama para me vestir e ir embora – A conta do motel fica com você.

– Sempre fica – ele desdenhou.

Daniel

Inscrições abertas para o time de natação

Dizia a placa em frente a piscina naquela manhã ensolarada. O professor Júlio estava sentado em uma mesa coberta por uma tenda de praia branca onde quatro alunos do primeiro ano faziam suas inscrições.

– Acho que você deveria se candidatar – Léo disse enquanto comia um brownie com um recheio bem peculiar de maconha.

– Tem muito tempo que eu não nado – disse a ele – Só vou passar vergonha.

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