internato cap 16

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Capitulo dezesseis

Tentando voltar ao normal

Bernardo

Acordei com o som do meu celular tocando. Abri os olhos para me certificar de que aquilo não passara de um sonho e para minha grata surpresa, tudo aquilo tinha sido real. Olhava para o corpo nu e adormecido de Daniel ao meu lado me abraçando com seus braços fortes e carinhosos. Eu estava em êxtase total. Nós realmente estávamos aqui juntos e realmente tínhamos feito amor e nos entregado completamente um para o outro.

Peguei meu telefone e reconheci o número que eu sabia que mais cedo ou mais tarde me ligaria.

– Alô? – atendi ainda com a voz sonolenta.

– Onde você está? – ele indagou com a voz baixa porém firme.

– Achei que o bilhete tinha sido bem claro – respondi sem querer soar debochado, porém minhas palavras surtiram o efeito oposto.

– Pare de gracinhas, Bernardo! – ele disse um pouco mais alto, porém ainda tentava manter o tom de voz controlado – Me diz agora onde você está antes que as consequências sejam piores!

– Não posso te dizer pai – disse me libertando dos braços de Daniel com cuidado para não acorda-lo – Se eu te disser o senhor vai me buscar na hora.

– Certamente que vou! – ele disse furioso – Mas é mais do que isso! Eu disse que cuidaria daquele assunto e cuidei. O pai do seu namorado está preso e eu preciso de você aqui para fazer o exame de corpo de delito para comprovar a agressão!

– Ele foi preso? – disse sobressaltado o que fez com que Daniel acordasse – Mas como?

– Ontem eu liguei para meu amigo que é coronel da polícia e ele mexeu uns pauzinhos – meu pai dizia orgulhoso de si próprio – Demorou, mas encontraram ele bebendo em um bar nessa madrugada. O desgraçado estava tão bêbado que disse até que apontou uma arma para a cara do filho!

Olhei para Daniel que me olhava preocupado querendo saber com quem eu falava no telefone. Era disso que ele não queria me falar na noite anterior. Seu pai tinha apontado uma arma para sua cara e o ameaçado de morte. Posso até imaginar a cena.

– E o que vai acontecer? – indaguei com a voz tremula de nervoso só de imaginar uma arma apontada para a cabeça de Daniel.

– Come ele estava bêbado quando foi preso, não tem como levar em consideração o que ele disse uma vez que ele pode alegar que estava embriagado e que não sabia o que dizia – ele me explicava – Agora se Daniel quiser indicia-lo, ele pode pegar uma pena pesada por agressão e tentativa de homicídio.

– Acho que posso convence-lo – disse sentindo ódio aquele homem que se dizia pai de Daniel.

– Tudo bem, mas eu quero você em casa em duas horas ou eu vou rastear o seu celular eu vou atrás de você!

– Ok, pai – respondi sabendo que ele realmente era capaz daquilo.

– E quando chegar aqui saiba que seu castigo agora vai até o final do mês.

E desligou o telefone antes que eu pudesse argumentar.

– Ele deve estar uma fera com você – Daniel disse vindo por trás de mim e beijando meu pescoço.

– Está, mas acho que ele entende o por que eu fui embora – disse me virando e beijando sua boca.

O envolvi em meus braços e o rolamos na cama nos beijando e explorando nossos corpos com as mãos e lábios.

O INTERNATOOnde histórias criam vida. Descubra agora