♠ XVIII - Fight for life ♠

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Boa Leitura! ❤

“Mais um dia, uma hora, um minuto. Viva cada momento como se fosse o último da sua vida.”

Jungkook P.O.V's

     Com fome, sede, frio e completamente assustado, assim que me encontro. As mãos amarradas com fitas, dores por todo o corpo, já nem sei o motivo de estar ali, basicamente algo ligado ao meu pai, mas por que não pegam o velho de uma vez? Achei que seu envolvimento com a tal máfia havia acabado, mas se tornou um pesadelo. Só lembro de acordar no chão frio, homens rindo a minha volta, e sem que eu dissesse algo, recebi um golpe certeiro nas costelas, o que fez o gosto de sangue tomar minha boca. Meus pensamentos estavam inteiros em minha mãe, uma boa hora para engolir o orgulho de homem, e querer o colo da mais velha, assim como sempre procurava quando feria os joelhos na infância.

     Assim que consegui falar com meu irmão, novamente me espancaram, só que agora não senti apenas o gosto do sangue, o senti sair por minha boca e nariz. Usaram a típica tortura, afundando meu rosto em um tanque de água gelada, e com as temperaturas baixas da madrugada, arrisco dizer que estou há um passo de uma hipotermia. Mesmo com o corpo fraco, há quase dois dias sem alimentação, com inúmeras dores, aproveitei um simples descuido, e consegui cortar com os dentes a fita que prendia minhas mãos. Precisei de um esforço maior para tirar as cordas dos pés. Com as pernas ainda bombas, caminhei até uma espécie de janela velha, e mesmo com as pontas de vidros quebrados, passei pela vão, cortando um pouco meu abdômen e cintura.

      Caminhei as cegas por uma mata, ouvindo ao longe sons de carros no que parecia ser uma rodovia. Minha cabeça girava, a dor insistia em querer travar meus músculos, e o desespero aumentou quando ouvir tiros sendo disparados em direção a floresta. Tentei apressar o passo, ouvindo os homens xingarem e dizerem algo sobre soltar alguns cachorros, mas não desistir de lutar, mesmo que eu morra, não vou entregar os pontos e desistir racialmente da minha vida. É exatamente em momentos assim que um filme passa a mente, vemos que ser o filho mais esperto não têm lucro algum, foi quando consegui chegar a estrada. 

     Para meu desespero, não passava um carro se quer. Abracei meu próprio corpo, e comecei a cambalear em direção as luzes que vinham do que parecia ser o centro de Seul. Devo ter me arrastado por uns cinco minutos, até um carro apontar nosso fim da rodovia. Sua baixa velocidade me fez entender que eram os bandidos, já não tinha mais forças para correr, e quando o veículo chegou perto, me atirei na frente do mesmo, ouvindo o barulho de freios, e os faróis cegarem meus olhos. Cai sobre o capô, chorando por todas as dores e por ter encontrado meu fim tão cedo, minha última frase foi um pedido de perdão, a voz já não saía de minha garganta.

     -Jungkook! -Ouvi uma voz conhecida, e só consegui sorrir ao ver o rosto, estava salvo, talvez volte vivo para casa. -Céus! Estão a sua procura, garoto!

     -Jimin hyung! -Murmurei, sentindo meu corpo ser arrastado para o banco de trás do veículo. -Me... Me leva... para... casa.

     -Eu vou te ajudar! -O mais velho disse dando partida no carro. -Ligar para Yoongi! -Conseguia ouvir perfeitamente seu comando para o telefone de bordo, e com duas chamadas, meu irmão atendeu.

     -Park, não posso falar agora! -Ele disse sério, e pelo barulho estava no volante.

     -Qualquer que seja a maluquice que vai aprontar, dê meia volta e vá direto ao hospital de Seokjin! Eu achei Jungkook! -Ouvi o barulho dos freios.

     -Onde? Como? -Pelo desespero, meu irmão chegaria primeiro que eu a clínica.

     -Deixei Yura e Jisoo com as crianças. Estava a caminho de sua casa, quando o encontrei no meio da estrada. -Luzes invadiram o carro, constatando que estávamos dentro da cidade. -Na verdade, ele me achou. E Yoongi, seu irmão não está nada bem.

The price of happiness ♠민윤기♠Onde histórias criam vida. Descubra agora