Capítulo 7

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Fiquei paralisada com a visão de Ron transparente, mas ao mesmo tempo tão real, eu só conseguia olhar para aqueles olhos vividos, seu sorriso radiante e ver que estavam ali, mas de uma maneira errada

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Fiquei paralisada com a visão de Ron transparente, mas ao mesmo tempo tão real, eu só conseguia olhar para aqueles olhos vividos, seu sorriso radiante e ver que estavam ali, mas de uma maneira errada.

Me levantei devagar o analisando, ele estava sempre me encarando e sorrindo sem falar nada, a última vez que nos vimos, foi quando nos separamos e eu vim parar nessa ilha isolada, não sei o que aconteceu a ele e com essa visão, tenho até medo de perguntar.

O sol estava se pondo no horizonte, parecia mais um dia normal em Polinys que chegava ao fim, eu e meu amigo sentados na colina vendo o por do sol.

Contudo não estávamos na minha vila, e de normal, esse encontro não tinha nada. Lembrei como me mexer e caminhei até o tronco novamente para me sentar.

Não sabia se as minhas pernas iriam falhar novamente, respirei fundo, estava tomando coragem para perguntar o que mais me afligia, fechei os olhos e quando os abri, Ron estava sentado do meu lado olhando para frente. Meu amigo tinha uma expressão serena, que eu não via a muito tempo, junto com um olhar contemplativo e calmo.

Não sei como, mas tendo ele tão perto, senti a necessidade de ter algumas respostas, já que não podia abraça-lo para matar as saudades. Encontrei minha voz, que saiu mais rouca do que eu esperava, o chamei e ele me encarou com aquele olhar intenso, mas o sorriso não voltou a seu rosto, como se já previsse o que eu iria perguntar.

- Ron, quando estávamos fugindo, nos separamos e eu não te vi mais, onde você está?

Ele não me respondeu, só ficou me encarando durante alguns minutos.

- Ron, por favor me responde, preciso saber o que aconteceu com você?

Novamente silêncio.

- Ron, você não pode falar?

Ele então balançou a cabeça em sinal de sim.

Meu amigo estava ali, mas não estava, não podia toca-lo e agora nem escutar a sua voz, suspirei frustrada. Encarei o chão durante alguns minutos, até que percebi, que poderia fazer perguntas que ele podia responder com sim ou não, pelo menos assim eu esperava.

- Ron, você está vivo?

Silêncio, nenhum movimento de cabeça, ele apenas inclinou seu rosto de lado sorrindo e ficou olhando para mim. Acho que perguntas tão diretas não iam funcionar.

- Ron, você está aqui para me ajudar no teste?

Confirmação e uma expressão séria.

- O que eu tenho que fazer, você pode me ajudar?

Novamente um aceno positivo.

- Eu tenho que pegar, criar algo ou lembrar de alguma coisa?

Desta vez ele fez que não, minhas perguntas estavam limitadas a sim e não, ou então a nenhuma resposta. Fiquei olhando o horizonte onde o sol quase estava desaparecendo, não tinha a mínima ideia do que perguntar para ele, ou o que eu tinha que fazer, ele estava ali apenas sentado como meu confidente.

Rosa Negra - A Ordem da RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora