Capítulo 9

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Apesar da névoa densa as águas estavam calmas, eu não conseguia enxergar nada a minha frente, não sabia para onde estava indo e não tinha a mínima ideia, de como navegar naquele tempo

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Apesar da névoa densa as águas estavam calmas, eu não conseguia enxergar nada a minha frente, não sabia para onde estava indo e não tinha a mínima ideia, de como navegar naquele tempo.

Coloquei minha mão na água e como resposta as minhas perguntas, a água em meus dedos se esquentou, um vento surgiu do nada e começou a empurrar o meu barco para fora do nevoeiro.

Devo ter navegado por mais um dia até avistar terra firme, ao longe vi um vilarejo, peguei a corda da vela do barco, o leme e os direcionei na direção da aldeia, consegui alcançar terra firma ao final da tarde.

O vilarejo não tinha um porto para barcos, saltei numa parte mais isolada da aldeia, não tinha corda para amarrar o barco, então tive que puxá-lo para cima da terra o máximo que consegui.

Segui o resto do caminho a pé, olhei uma última vez para o barco, torcendo para que ele não saísse navegando, me virei para a imensidão do mar, me despedindo mais uma vez de Ani e assim segui para a aldeia.

Não demorei a encontrar o caminho para o vilarejo, assim que cheguei, percebi como este lugar é bem diferente de Polinys, aqui as ruas são feitas de pedras, as casas são mais sofisticadas, feitas com madeira, pedra e mais algum material que não sei qual é.

Em minha vila mal tínhamos ruas e as que tinham era de terra batida, nossas casas eram feitas de madeira com telhados de palha, a única construção que era feita de pedra, era a torre do sino.

Não sei onde estou, mas algo me diz que esse vilarejo não é um lugar qualquer, continuei andando pelo lugar, comecei a reparar como as pessoas se vestem, alguns usam trapos de roupas, já outros usam vestidos e camisas de materiais bem caros. O comércio da cidade já está fechado, pelo menos as padarias, ferrarias e lojas de comerciantes que passei não estão abertas.

Tenho que encontrar um lugar para descansar, Ani me deu um pouco de dinheiro, para conseguir me virar quando chegasse no continente, mas logo, logo, vou ter que arrumar uma forma de ganhar a vida, se quiser continuar na minha jornada.

A temperatura esfriou, o que faz com que eu coloque o capuz do manto de minha mãe, ando por mais uma hora na cidade sem saber para onde ir, tento achar alguma estalagem para passar a noite, mas não tive sucesso.

Quando viro a rua, me deparo com uma praça que tem um chafariz de mármore branca, bancos de pedra espalhados pelo local, e algumas tochas acesas, quase não encontro pessoas ali.

Quando estou quase na metade da praça, vejo um soldado de armadura ao longe, não consigo identificar detalhes de suas vestes, só que elas são negras como a noite, o soldado está de capacete, o que não me permite ver seu rosto.

Estou cansada da viagem e não sei aonde estou, minha única alternativa é perguntar para este homem alguma direção, com muito receio, vou ao encontro do soldado, nunca gostei deles, principalmente porque quando eles vêm levar os jovens dos vilarejos, são extremamente brutos e arrogantes.

Rosa Negra - A Ordem da RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora