Capítulo 13

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Conforme relia o conto para ver se tinha deixado passar alguma informação, e também para memorizar tudo que falava sobre os Raruks, um desanimo se apoderou de mim, pois a criatura utilizava de uma magia estranha para conseguir ter um olfato e uma ...

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Conforme relia o conto para ver se tinha deixado passar alguma informação, e também para memorizar tudo que falava sobre os Raruks, um desanimo se apoderou de mim, pois a criatura utilizava de uma magia estranha para conseguir ter um olfato e uma visão muito apurada, além de se utilizar de magia, portanto só fogo mágico iria conseguir derrota-lo.

A lembrança da clareira onde eu peguei fogo viva se tornou nítida na minha mente, e o sorriso que antes eu tinha no rosto deu lugar a uma careta, pois eu estava numa baita enrascada.

Dei um grito de frustração ao jogar o pergaminho longe e me tacar de costas na cama, Bes apareceu na porta do meu quarto alguns segundos depois, perguntando se estava tudo bem. Ela se sentou na cama comigo e lhe disse sobre o que era o último conto.

- Pelo menos agora você já tem alguma informação a mais sobre o que procurava.

- Essa informação é inútil Bes, você não viu aquele monstro e do que ele é capaz de fazer, por culpa dele Ron caiu naquele rio e morreu!

Bes me olhou com carinho, pois eu estava gritando ao falar e os meus olhos estavam se enchendo de lágrimas com a lembrança daquele maldito dia no rio Bravo.

- Lia, pode parecer que isso não vai te ajudar em nada, mas agora você tem uma vantagem sobre ele, não vai conseguir mata-lo, mas pode conseguir atrasa-lo para escapar correndo.

Estava andando de um lado para o outro no quarto, quando encarei Bes ainda com uma raiva imensa, mas o que ela dizia fazia sentido, fui até a cama mas parei no meio do caminho, pois um vento frio soprou no quarto, olhei para a janela, mas esta estava fechada.

A temperatura parecia cair mais a cada minuto, um silêncio estranho se apoderou, estava com um pressentimento ruim e foi então que ao longe escutei aquele uivo familiar e aterrorizante.

Bes me olhou sem saber o que significava, falava que o uivo devia ser de algum animal bem grande próximo a cidade, mas que era estranho eles se aproximarem tanto assim. Ela parou de tagarelar quando viu que eu estava congelada no meio do quarto, e muito provavelmente deveria estar bem pálida.

- Lia, não precisa ficar assim, você vai descobrir mais coisas.

Eu não a respondi e nem me mexi.

- Lia, está tudo bem? O que foi?

Bes continuou fazendo perguntas, até que escutei o uivo de novo e pelo som estava mais perto, alguma coisa me tirou do transe e comecei a pegar as minhas coisas e tacar tudo dentro da velha bolsa que eu carregava, Bes estava tentando me acalmar e me perguntava repetidas vezes o que estava acontecendo.

Quando terminei de colocar tudo dentro da bolsa, passei por cima dos ombros o manto de minha mãe e então me virei para uma Bes atordoada, com o rosto enrugado de preocupação

- Bes eu quero que você me escute muito bem, não tenho tempo a perder, vá para dentro da estalagem e fique lá até o sol nascer. E em hipótese nenhuma fique no meu quarto onde tem o meu cheiro.

Rosa Negra - A Ordem da RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora