Capítulo 52

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O Raruk não perdeu tempo e veio na minha direção com suas garras afiadas, me abaixei e rolei por debaixo do seu braço direito

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O Raruk não perdeu tempo e veio na minha direção com suas garras afiadas, me abaixei e rolei por debaixo do seu braço direito. Ele era grande e forte, eu não conseguiria vencer aquela batalha caso o deixasse se aproximar muito.

Aproveitei que estava em suas costas e lhe chutei o joelho, precisava de uma lâmina, corri em direção a minha bolsa. O monstro se recuperou rápido de mais do meu chute, agarrou o meu tornozelo me jogando no chão, com minha perna livre lhe dei um chute na boca, o que fez com que um sangue preto fétido escorresse do seu rosto.

Ele soltou a minha perna e disparei em direção a bolsa, peguei a adaga e a espada rapidamente, prendi o chicote no sinto e me preparei para outro ataque do bicho.

Suas garras longas e afiadas eram também resistentes, ele não precisava de uma espada quando tinha lâminas naturais. Desferi diversos golpes em sua direção, ele os parava com suas garras ou então se desviava tranquilamente.

Ficamos em uma dança de ataque e defesa por muito tempo, eu sentia o suor escorrer por todo o meu corpo, e o cansaço já começava a dar sinais de sua presença. Não conseguiria ficar muito mais tempo nesse duelo com aquele bicho, que não parecia estar nem um pouco cansado.

Os primeiros raios da manhã começaram a surgir, esquentando a noite que estava fresca. Mudei minha estratégia de ataque para defesa, estava me cansando muito e não estava tendo sucesso.

Ficamos separados nos rodeando, eu tinha que achar o ponto fraco daquele ser, sempre que minha lâmina tocava em sua pele, parecia fazer somente arranhões superficiais.

Eu precisava o pegar de surpresa, para poder derruba-lo, não podia o matar ainda, eu precisava de respostas e ele iria me dar, de uma forma ou de outra.

Pelo canto do olho vi um mato seco, uma ideia louca me ocorreu, eu só precisava de um momento de distração e esse teria que servir. Conforme nos rodeávamos o levei para perto do mato que estava seco, segurei minha adaga como se fosse lutar com ela, mas na realidade estava refletindo os raios do sol na direção do mato.

O meu plano poderia demorar e eu precisava que ele ficasse onde estava, precisava distrai-lo, afinal, o único lugar que faria com que eu o derrubasse era a cabeça, e para dar esse golpe eu precisava chegar bem perto.

- Sabe, você é mais esperto do que seu irmão, eu sempre sabia quando ele estava chegando porque ele fazia questão de anunciar, fazendo um rugido alto pra caramba.

O Raruk parou de andar, bingo, eu sorri discretamente pois consegui prender sua atenção no meu falatório. Cautelosamente ia me aproximando aos poucos dele, precisaria estar perto quando tudo acontecesse, pois teria apenas alguns segundos.

- Meu irmão não era um dos mais esperto, não é atoa que ele morreu da forma que morreu.

- E como ele morreu? – uma curiosidade verdadeira se instalou em mim, afinal quem ou o que poderia ter matado tão fácil um Raruk.

Rosa Negra - A Ordem da RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora