Capítulo 36

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Quando acordo estou presa na taboa em X, reparo que meus meus joelhos foram enfaixados e estou com uma blusa preta sem mangas

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Quando acordo estou presa na taboa em X, reparo que meus meus joelhos foram enfaixados e estou com uma blusa preta sem mangas. Meus machucados parecem ter sido cuidados.

Um encapuzado está sentado no canto da sala, ele é magro e quando percebe que acordei, se levanta e se dirige para mim.

- Finalmente você acordou, dormiu quase três dias.

A figura era uma mulher, ela não tinha muitas curvas, por isso com o capuz a confundi com um homem. Ela se aproxima bem devagar de mim, me estuda com os olhos atentos.

- Não precisa ter medo de mim, não vou lhe machucar.

- Não confio em você.

A mulher ri e se senta na cama onde eu estava presa, ficando de frente para mim. Ela não é muito alta, logo seus pés não encostam no chão, ela os balança como uma criança enquanto se ajeita na cama.

- Sabe, eu soube que você está dando bastante trabalho para os meninos.

- Estou adorando a companhia deles, onde eles estão?

- Por aí, quem sabe. O importante é que podemos ter um tempo só de garotas.

Ela me olha com intensidade, não estou gostando nada, nada disso, sua fala mansa e essa afetuosidade são estranhas. A forma como ela me olha é tudo muito suspeito, até agora as pessoas que vieram aqui aplicaram a técnica de dor e pressão psicológica, mas ela não esta fazendo nenhum dos dois.

- O que você quer?

- Eu? Apenas conversar, você está muito tensa.

- Porque será, talvez por estar amarrada em um X de madeira com o corpo todo fodido.

- Realmente não deve ser confortável, mas eu não posso te soltar.

- Então porque não vai embora e manda logo o próximo vir?

- Já está tão ansiosa assim por mais?

- Pelo menos com eles eu sei o que me espera.

- A então é isso, você está com medo de mim. Não fique, eu já disse que não vou te fazer mal, me veja como uma amiga para conversar, desabafe comigo como você desabafava com seu amigo.

Franzi minha testa e o pé atrás que eu estava, deu mil passos a mais para longe dela. Não sei qual é o jogo desta daí, mas ela é bem mais ardilosa do que demonstra.

- Vamos Lia, me fale o que você gosta de comer? Imagino que esteja com fome não.

A menção a comida fez meu estômago roncar, eu não estava comendo, com exceção de um pão duro que me davam esporadicamente com um copo de água suja, para eu não definhar de vez.

- ACERTEI! Você está com fome, sabe eu trouxe uma coxa de galinha, se quiser eu posso lhe dar.

- E o que eu vou ter que fazer em troca?

Rosa Negra - A Ordem da RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora