Capítulo 12

3.2K 461 641
                                    

Assim que amanheceu o dia, corri para a sala pois estava ansiosa para começar a trabalhar no pergaminho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Assim que amanheceu o dia, corri para a sala pois estava ansiosa para começar a trabalhar no pergaminho. Não tinha se passado dez minutos e Bes se juntou a mim na sala.

Ela me avisou que precisaria de ajuda na parte da manhã, principalmente para cuidar dos hospedes que gostavam muito de cerveja, mas que o resto do dia eu estaria liberada dos meus afazeres.

A manhã passou mais lenta do que o normal, Bes tinha razão em dizer que algumas pessoas iriam dar trabalho, pois estavam absolutamente bêbadas, isso quando não tinha alguém desmaiado em algum canto da estalagem.

Após ajudar Bes, fui para o meu quarto, me sentei na cama e comecei a ler. O pergaminho se mostrou mais complicado do que eu esperava, mas com o cair da noite, já tinha conseguido compreende-lo quase todo.

Ele continha histórias sobre raças esquecidas, o primeiro conto falava sobre as ninfas que comandavam a floresta Emlax junto com os elfos, dizia-se que eram um povo de beleza exuberante, mas que não gostavam muito dos humanos, por os acharem egoístas e de moral duvidosa.

O pergaminho especificava, que as ninfas eram nomeadas pela sua afinidade com a natureza e com a magia, por isso poderiam ser classificadas em Efidríadas, Epigéia, Naíades, Oreádes, Dríades, Alseídes, que tinham as respectivas afinidades com a água, a terra, água doce, montanha, floresta e flores.

A outra raça citada era os Elfos, mas sobre eles não se tinha muita coisa escrita, apenas que viviam muito tempo, tinham orelhas pontudas, uma beleza etérea e que era uma raça tão antiga quanto a terra de Nerdeth.

O pergaminho citava alguns animais a muito tempo dados como extintos, como a Zizia uma serpente gigante que habitava os mares destruindo embarcações, o Tupu que era uma criatura que lembrava uma criança humana, entretanto tinha a pele esverdeada e seus pés eram virados para trás, falava que ele era o protetor das matas e dos animais e afugentava quem destruía seu lar.

A lua já estava alta quando finalmente consegui começar a ler o último conto, a tinta estava muito apagada, o que estava me atrasando horrores a identificar sobre o que era essa última história.

Bes me fez dar uma pausa na minha leitura, me intimando a ir comer alguma coisa, ela já me esperava na sala com uma tigela de ensopado em cima da mesa.

Praticamente engoli a comida, o que fez com que Bes me desse uma bronca por comer depressa, enquanto estava jantando, conversamos sobre o pergaminho e sobre o que eu tinha conseguido descobrir, contei a Bes que até agora nenhuma informação tinha sido útil, pois só me falava sobre criaturas que não existem mais ou que são dadas como lenda.

- Bes, o único conto que é mais real é o das ninfas, mas que mesmo assim não me tem muita utilidade, pois as ninfas e os elfos sumiram das terras de Nerdeth após a grande guerra, onde extinguiram os humanos possuidores de magia e então desapareceram.

- Verdade, nunca mais se viu nenhuma dessas raças em Nerdeth, mas não significa que elas não existam

- Eu acho que eles abandonaram essas terras a séculos atrás, mas em algumas lendas ainda se diz que eles habitam a floresta de Emlax, e é por isso o rei não consegue conquistar aquele território, mas ninguém nunca voltou para confirmar essa história.

Bes ficou me encarnado durante um tempo, pensando no que eu tinha lhe falado. Quando terminei de comer o ensopado, agradeci a Bes por ter lembrado que eu tinha que me alimentar e voltei para o quarto.

Já era tarde da noite, e somente consegui decifrar que a lenda era sobre alguma criatura das trevas, que só servia a sua própria espécie, o pergaminho falava que era letal e um excelente caçador.

As palavras começaram a ficar embaçadas devido ao sono que começava a dar o ar da graça, resolvi que leria mais um pouco e depois ia para a cama.

A próxima coisa que descobri foi as características da criatura, que ela tinha uma pele verde extremamente resistente, garras muito afiadas que possuíam veneno, era um excelente rastreador e então parei de ler sobressaltada, alguma coisa me parecia familiar, encarei o pergaminho afastando o sono, meu olho se arregalou, não conseguia acreditar no que estava lendo.

Continuei a leitura, o pergaminho revelou que o monstro tinha olhos amarelos serpentinos, um hálito podre e que eles odiavam fogo mágico, por fim indicou que essa criatura vivia nas montanhas Kalur.

Larguei o pergaminho em cima da cama, meu coração estava batendo rápido, pois se eu fechasse os olhos poderia acrescentar que a criatura tinha a cabeça raspada, usava uma armadura preta e tinha um uivo que fazia gelar os ossos, pois a criatura era o Raruk.

Me obriguei a parar de tremer com a lembrança do monstro e com o que ele tinha feito, e ao contrário do que o pergaminho falava, eles não estavam escondidos e muito menos vivendo só nas montanhas Kalur, mas de uma coisa esses contos me ajudaram, pois agora eu sei como combate-lo, com fogo, essa informação fez com que um sorriso travesso tomasse conta do meu rosto.

Rosa Negra - A Ordem da RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora