Capítulo 32

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Olá pessoal. Demorei mas voltei. A questão é que a tela do meu notebook quebrou e não tinha mais como postar
Felizmente fui recentemente agraciada pelo meu pai com um celular e decidi passar o capítulo a limpo pelo telefone pra não deixar vocês esperando até meu computador ser consertado. Não sei se sabem mas escrevo tudo a mão e transcrevo pralo computador e por enquanto vou tentar fazer com o telefone mesmo sendo mais trabalhoso. Espero que gostem e chorem ou se divirtam.
Boa leitura!
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Pensei estar ouvindo errado. Era madrugada, eu podia estar apenas sonhando, ou pior dentro de um terrível pesadelo. Sim, um terrível pesadelo. Era isso. Não era real. Porque seria? Meu namorado nunca me diria que estava prestes a se casar com outra pessoa.
Meu medo de perdê-lo era tão grande para delirar com algo assim?
Balancei a cabeça para os lados negando a mim mesma o que acabara de ouvir.
— Isso é só um sonho maluco. Acorde Lisa, acorde! - Gritei consternada e senti as mãos de Min Jun segurando meus braços.
— Lisa, Lisa, eu preciso que me ouça.
Fechei os olhos.
— É apenas um sonho, quando abrir os olhos vou estar na nossa cama, e vai ficar tudo bem... - Voltei a abrir os olhos e o vi diante de mim.
Não era um sonho.
— É coisa da Genna não é? Ela te pediu pra pregar uma peça em mim - Olhei ao redor a procura de qualquer coisa que a denunciasse - Isso não tem graça Min Jun.
— Não tem nada a ver com Genna. Não é uma brincadeira Lisa, eu realmente preciso que você me escute. Que ouça tudo que tenho para falar.
Ainda sentada no chão, apertei a mandíbula e desviei meu olhar, fitando o piso.
— Eu... - Pigarreou - Eu não vim para a América apenas pra alavancar minha carreira no ocidente. Eu queria ficar longe de casa - Começou com a voz trêmula - Havia tanta pressão que quis apenas fugir. Uma carreira internacional era a melhor desculpa. Achei que assim não precisaria me casar, mesmo sabendo que em algum momento isso inevitavelmente aconteceria. Eu a vi somente duas vezes e nunca tivemos uma conversa descente. Nunca quis nada disso, nunca quis me casar Lisa. Não com ela. Pensei que se entrasse nesse show e conhecesse outra mulher, meu pai desistiria da ideia. Nunca consegui dizer não a ele, porque sou fraco.
— Seu pai sabe sobre mim?
— Sabe. Ele me disse pra terminar com você. Mas não o ouvi. Eu não podia. Eu... - Ele soluçou e mordeu o lábio - Eu te amei desde o primeiro momento em que eu te vi. Era tudo tão novo pra mim que fiquei completamente perdido. Não sabia o que era estar apaixonado, então apenas fui rude. Era a melhor forma de esconder o que sentia. Sendo um babaca. E funcionou. Todos acreditaram. Mas quando você me beijou mesmo que por brincadeira... Foi o momento que percebi que não tinha mais volta. Preciso dizer que fui o homem mais feliz do mundo no momento em que você me disse que me amava. Mas também me senti o homem mais infeliz do mundo, por saber que te machucaria em algum momento - Suspirou olhando para o nada - Ficamos noivos quando fui para a Coréia.
Solucei desabando ao ouvir suas palavras. Suas mãos tentaram me tocar em vão.
— Não me toca! - Ralhei me encolhendo.
— Eu tentei Lisa. Tentei o máximo que pude. Eu est finalmente disposto a deixar meu pai de lado pelo que sinto por você. Eu tentei Lisa, eu tentei mas... - Sua voz falhou e abaixou a cabeça, fechando os olhos.
— Mas o que? - Berrei - Mas o que? - Insisti frustrada.
— Mas se eu não obedecê-lo ele pode... Ele vai morrer Lisa - Concluiu derrotado.
— Ótima desculpa...
— Sua saúde está frágil, quando eu decidi abandonar tudo por você e voltar para esse lugar, ele foi parar no hospital. Ataque cardíaco. Apesar de tudo, ele ainda é meu pai e me criou sozinho.
— E agora tem o poder de decidir com quem você passará o resto da sua vida - Murmurei amarga.
— Podemos continuar juntos Lisa.... Park Hae Jin não se importa. Ela também não quer isso. É só um casamento de fachada pra agradar nossas famílias.
— Você não... Não está mesmo me dizendo isso está?
— Lisa, por favor me entenda - Uniu as mãos - Eu te amo e não quero te deixar, não posso te deixar. Você é o meu primeiro amor. Você é meu mundo

— Eu não sou Min Jun... Seu pai é seu mundo.  E se me amasse - Solucei e apertei os olhos - Saberia o quanto me machuca pedir algo assim. Sabe o quanto eu sofri sendo a outra de Bernard e toda a humilhação que passei. Mas ainda me pede para ser sua amante. Se realmente me ama. Porque não fugimos?
Ele me encarou assustado.
— Vamos nos casar em segredo. Las Vegas não é tão longe. Vamos ser apenas nós dois. Vamos Min Jun, por favor...
— Eu não posso fazer isso Lisa, sinto muito.
— Quando será? - Fitei o chão sob mim - A sua droga de casamento, quando será?
— Depois das promoções finais do programa e depois que Hae Jin organizar tudo. Papai me quer na Coréia o quanto antes. Me caso em 2 ou 3 meses.
— Por que fez isso? - Indaguei mais calma tentando observar seus olhos vermelhos - Por que mentiu? Eu me permiti te amar Min Jun, eu... Eu nunca quis nada disso, mas me deixei levar e realmente me apaixonei por você. Eu não me encantei no momento que te vi. Eu te odiei. Realmente te odiei. Tão prepotente e arrogante. Não senti meu coração explodir quando o beijei de brincadeira. Não senti nada. Não me importei quando dormiu na sala. Mas me encantei pelo homem que pediu para Mary não usar suas fotos nos anúncios, mas usar as minhas, pelo homem que me abraçou em Rogersville porque eu havia brigado com meus pais. Pelo Min Jun que me prepara uma refeição apenas pra me ver feliz. Mas esse você não é ele - Seus olhos se desviaram dos meus - Não pode ser a mesma pessoa. Por que eu odeio esse Min Jun que está na minha frente. O Min Jun que me enganou e mentiu. Eu odeio tanto que me odeio por ter o amado.
Funguei e sequei o rosto com as mãos, me levantando do chão - Preciso sair daqui.
Precisava fazer minhas malas, precisava me despedaçar em paz. Longe dele. De tudo o que me lembrasse dele.
Desesperada empurrei a porta do quarto e a ouvi batendo contra a parede.
Abri meu armário e joguei uma mala aberta sobre a cama, mesmo com cabides e emboladas, nada daquilo importava mesmo. Não poderia passar mais um dia sequer sob o mesmo teto que Hyun Min Jun.
— Eu preciso sair daqui - Continuei jogando as roupas dentro da mala – Eu só preciso sair daqui - Dizia a mim mesma arfando.
Senti uma mão segurando meu pulso com firmeza.
— Lisa! - A voz de Min Jun me fez parar por alguns instantes - Por favor não vá embora! - Me fitou e num instante senti seus lábios tocando os meus.
Apertei os olhos furiosa e o afastei limpando a boca com as mãos.
— Eu sinto mu... - Acertei seu rosto antes que pudesse concluir seu centésimo pedido de desculpas.
Eu não o desejava. Não ansiava por seu toque. Não queria sentir seus lábios nos meus. Desejava ser surda para não ouvir sua voz e cega para não ver seu rosto.
— Eu sinto muito - Lamentou com a mão no rosto vermelho.
— Nunca - Apertei a mandíbula e cerrei os punhos - Nunca ouse me tocar outra vez.
Voltei para minha mala e a fechei com urgência.
— Não diga meu nome novamente, nem sequer pense em mim novamente.
— Eu nunca te traí, eu nunca a toquei, nunca a beijei. Você foi meu primeiro beijo fora do cinema, minha primeira paixão, meu primeiro amor, a única mulher da minha vida.
— Você me traiu Min Jun, você mentiu. O tempo todo. Desde o primeiro momento você mentiu. E sabe o que é pior? Você realmente cogitou a ideia de que eu poderia ser sua amante mesmo sabendo o quanto isso me machucaria. Sempre foi sobre você. Sobre como você se sente. Nunca pensou em como eu me sentiria, não é?
— Isso não é verdade - Rebateu entredentes e suspirou ofegante - Nunca pretendi te machucar.
— Se realmente não pretendia nunca teria sequer se declarado. Estou saindo agora - Passei por ele rumo a porta - E por favor, não me siga - Retomei o fôlego e peguei as chaves do carro penduradas na parede ao lado da porta de entrada.
                                       ***
Com a mala ao meu lado e a mente perdida, eu esperava Brie abrir a porta.
Eu quase não piscava mais encarando a porta sem realmente vê-la. Apenas sabia que estava ali. Diante de mim e que a qualquer momento minha melhor amiga a abriria sonolenta e resmungando.
Ouvi o barulho da fechadura sendo destrancada e meus olhos repousaram na figura de Brie enrolada em um roupão de cetim, unindo as sobrancelhas e tudo o que fiz foi me jogar em seus braços e desabar como se mais nada importasse.
— Como é que é? Aquele filho da mãe vai se casar com outra mulher?
— Ouvir isso de novo é como uma flechada no peito - Disse sem qualquer emoção. Estava anestesiada em minha própria dor.
— Eu não posso acreditar nisso. Ele te enganou Lisa. E pensar que eu gostava desse cara. Olha se quiser eu posso acabar com a raça dele agora mesmo. É só pedir.
— Agradeço a preocupação, mas não é necessário. Eu não quero mais vê-lo nem ouvi seu nome e sei que isso já vai o machucar o suficiente.
— Por que machucaria? Ele te traiu Lisa!
— Tecnicamente não. Eles nunca tiveram nada, é coisa dos pais deles e aparentemente eles não tem muita escolha.
— Mas acabou de me dizer que eles já estavam prometidos ainda antes do show começar. Ele mentiu amiga. O tempo todo.
— Eu sei - Voltei a chorar sentada sobre a cama de Brie - Eu me permiti me apaixonar por ele, eu fui tão estúpida - Brie segurou minhas mãos e me olhou com pena.
— Você não foi estúpida. Você foi humana. Eu provavelmente faria a mesma coisa se convivesse com um ator bonitão que dá em cima de mim.
— Brie!
— Não podemos negar que o filho da mãe é bonitão. Mas ainda acabo com a raça dele se quiser.
— Não precisa fazer isso.
— Você... Você conhece a tal mulher com quem ele vai se casar?
— Vi uma foto deles com o pai dele. Ela é linda e delicada como uma boneca de porcelana. Mais bonita do que jamais fui. Sorte a dele.
— Não, não fala assim. Você é linda Lisa. Claro que você não tem nada de delicada, mas ainda é muito bonita e afinal quem se importa? A questão nem é essa. A questão é que aquele filho da mãe te enganou por meses e agora tá de casamento marcado com uma tal de... De... Como é mesmo?
— Park Hae Jim... Ah ótimo, agora eu lembro do nome dela. É normal eu me sentir uma merda?
— Completamente aceitável. Posso te comprar sorvete e chocolate, trago até uns salgadinhos também.
— Eu só quero dormir um pouco. Posso ficar aqui?
— Claro que pode. Fique a vontade tudo bem?
Acenei e agradeci em silêncio, me deitando sobre os travesseiros com cheiro de perfume masculino.
Eu não dormi.
É não era pelo fato de Brie estar babando ao meu lado na cama e recitando uma lista de nomes de homens enquanto dormia.
Eu não parava de pensar. Minha cabeça funcionava a todo vapor, como se descansar não fosse nem de longe uma prioridade, mesmo que o sol estivesse prestes a raiar.
Eu me odiava. Me odiava por ter me apaixonado e acreditado em suas mentiras. Por ter caído duas vezes na mesma história. Talvez fosse meu gosto para homens. Tal meu subconsciente fosse programado para apenas me atrair por canalhas mentirosos e comprometidos.
E minha estupidez de certa forma me irritava. Se pudesse daria uma surra em mim mesma.
Brie soltou um gritinho esganiçado quando me encontrou estática enrolada até a cabeça em um cobertor, em frente à uma pilha de macarrão instantâneo sobre a pequena ilha da cozinha. Eu olhava para o nada com olhos mortos. Só a notei quando me xingou e parou a minha frente com a mão subindo e descendo diante de meus olhos.
— Lisa! Lisa! Terra chamando Lisa!
Apontei para meu rosto ainda sem esboçar qualquer reação. Um zumbi seria mais expressivo.
— Está vendo isso Brie? - Permaneci apontando para minha cabeça.
— Isso?
— Essa cara...
— De morta?
— Não. Essa é a cara de uma chifruda estupida que caiu na conversa de um coreano bonitão e mentiroso.
— Tecnicamente não é tão chifruda se como você disse considerarmos que ele nunca nem beijou a bonequinha de porcelana.
— E quem se importa? - Berrei abraçando a pilha de macarrão - Eu sou uma idiota. Olha pra mim. Eu tô enrolada num cobertor abraçando um monte de macarrão instantâneo porque me fazem lembrar dele e isso não faz o menor sentido - Resmunguei chorosa.
— Posso te indicar um terapeuta...
— Não preciso disso.
— Não pode pagar, não é?
— Isso também. Eu sou tão fracassada que queria morrer.
— Não é pra tanto. Ainda é bonita. Claro que não nesse momento com todas essas olheiras profundas, os olhos inchados e essa cara de morta, mas tirando isso você é linda.
—Ah não mente... - Me arrastei até o sofá - Você tem algum filme triste?
— Ah, eu teria que ver nas...
— Você tem "A Lagoa Azul"?
— Me pediu um filme triste...
— Pra mim é triste. Não foi você quem me disse que minha história de amor era como em A Lagoa Azul?

— Você é deprimente Lisa. Vou ver se encontro algo.
— Eu agradeço - Forcei um sorriso e me deitei de frente para a televisão.
Pouco tempo depois Brie retornou com uma caixinha em mãos e se ajoelhou diante do aparelho de DVD.
— Eu não tenho ideia de como, mas tinha esse filme no meio das minhas coisas. Sorte sua.
— Ah eu sou a pessoa mais sortuda do mundo. Eba! - Disse desanimada.
Brie se sentou aos meus pés e com seu melhor sorriso me sugeriu a melhor forma que ela conhecia para sair de uma fossa.
— O que acha de saímos para beber? Encher a cara. Só nós duas? Hum? O dia das garotas... Sem homens, apenas Lisa e Brie - Levantou as sobrancelhas aguardando uma resposta positiva e senti um grande desânimo tomar conta de mim.
— Sair para beber? - Ela balançou a cabeça rapidamente com um olhar esbugalhado - Prefiro assistir A Lagoa Azul e sofrer sozinha.
— Ah Lisa, você não sabe nem passar por uma fossa com dignidade
Quando Bernard te deixou pela mulher dele o que você fez?
— Passei duas semanas assistindo "Marley e Eu".
— Por que?
— Era o filme preferido dele...- Choraminguei com um beiço.
— Se tivesse saído para beber comigo as coisas teriam sido mais simples.
— Ah me deixa! - Sacudi as mãos para que se afastasse e me deixasse em paz com meu filme ruim e minha dor.
Eu chorava com a cena em que Richard e Emmeline brigavam e ele a expulsava de casa e a garota acabaria se abrigando em uma droga de caverna perto do mar.
Era tão triste.
Eles eram como nós.
Eu e Min Jun.
Forçados a conviver juntos e entre tantas brigas acabamos nos rendendo a ardente paixão. Claro que não havia nenhum pai forçando Richard a se casar com alguma donzelinha da Inglaterra que ele nem gostava. Na verdade não havia ninguém além deles.
A campainha tocou e Brie gritou do banheiro que eu deveria atender a porta.
Me arrastei completamente embrulhada no cobertor onde apenas meu rosto estava visível e a abri resmungando.
— Ah, mas que maravilha - Murmurei.
— Quem é vivo sempre aparece.
— Genna...
— Eu mesma. Ao vivo e a cores. Sabe que me aconteceu uma coisa muito interessante hoje?
Balancei a cabeça preguiçosamente negando.
— Depois de acordar de uma maravilhosa noite de sono que eu não tinha há séculos, fui para a emissora conferir se as câmeras já haviam sido religadas e se tudo estava bem. Mas ainda estavam desligadas, então depois de gritar com os responsáveis por isto é de voltarmos a ter imagens de sua graciosa casinha, adivinhe quem não eu não vi lá?
Balbuciei um "eu" mudo.
— Exatamente. Você dona Lisa Scott não estava lá e eu posso infernos saber o motivo? - Colocou as mãos nos quadris e sorriu com raiva.
— Não sabe mesmo?
— Se soubesse não te perguntaria.
— Min Jun...
— Min Jun o que? Vamos lá desenbucha. Preciso de no mínimo um bom motivo para que esteja aqui nessa... - Apontou para mim-Nessa situação tão lamentável e não aonde deveria estar.
— Ele vai se casar com outra pessoa.
— Ah ele te contou, que droga. Poderia esperar o programa terminar antes. Me pouparia tanto drama.
— Espere, você sabia?
— É claro que eu sabia. Eu sempre sei. Faz parte do meu trabalho.
— Eu realmente fui a última pessoa a saber...
— Nós sempre somos querida. Nós sempre somos. Mas agora é hora de voltar.
— Pra aquela casa? - Me exaltei.
— Pra onde mais seria? As gravações ainda não acabaram.
— Não posso voltar. Min Jun está lá. Não quero vê-lo.
— Ah vai voltar sim senhora. Querendo ou não. Lisa não é sobre você. É maior que nós. Apenas me acompanhe hum?
—Genna!
—Se não vier as coisas ficarão mais difíceis.
— Difíceis quanto?
— Você tem um milhão de dólares?
— Vou pegar as minhas coisas - Me desembrulhei do cobertor e saí em busca de minhas malas.
***
— Você tá horrível - Assinalou Genna em frente a minha casa casa - Parece que foi atropelada por um caminhão... Umas dez vezes.
— Obrigada Genna.
— Trate de se arrumar. Ninguém quer ver isso na TV. Eu não iria querer ver. Vamos, preciso conversar com vocês dois.
Suspirei atormentada e assenti, mesmo que a contragosto. Não havia um milhão de dólares em minha conta bancária e não estava disposta a vender meus órgãos no mercado negro pra isso. Talvez fosse mais fácil lidar com a situação.
Ou me jogar na frente de um caminhão

Recém Casados [Reta Final]Onde histórias criam vida. Descubra agora