Capítulo 38

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Então pessoal, eu voltei. Bom eu passei por uma cirurgia em outubro e fiquei sem condições de escrever bom um bom tempo. Com todas as dificuldades eu não tinha nem cabeça pra escrever. Mas voltei, estou bem melhor, me recuperando bem e com um capítulo novo.
Eu preparei umas montagens do Min Jun com a Lisa pra vocês. Espero que gostem, não tá perfeito, mas fiz com amor. Ah e o que acharam da capa nova? Gostaram, fiz pq estava enjoada da antiga e tô apaixonada.
Acho que é isso, boa leitura!

Capítulo 38

— Lisa? - Ouvi a voz de Min Jun enquanto eu permanecia sentada no chão há não sei quanto tempo.
— Hum?
— Tá tudo bem? - Se abaixou e me olhou nos olhos - Aquele cara saiu faz uma hora e você ainda tá aqui estática. Ele fez algo pra você?
— Talvez... - Respondi pensativa.
— Se ele te fez algum mal eu juro que vou...
— Não, ele não me fez mal algum...
— Então o que foi? Tá se sentindo bem? - Colocou as costas da mão em minha testa.
— Ele me fez repensar... - O olhei séria - Sobre nós, sobre ele, sobre o quanto isso que nós temos me machuca, sobre o quanto você tem sido egoísta. Eu não preciso de você Min Jun - Murmurei tentando acreditar em minhas próprias palavras - Essa bagunça que nós somos, isso me faz mal, sabia?
— Eu nunca quis te machucar - Tocou meu rosto com delicadeza e franziu o cenho com um olhar triste.
— Mas machuca. Você estava certo, preciso seguir em frente, sozinha. Como sempre foi. Te deixar no passado - Afastei sua mão de meu rosto - Isso precisa de um ponto final - Me levantei e sorri - Eu posso fazer isso!
Saí do cômodo o deixando para trás. Eu estava determinada a esquecê-lo e recomeçar.
Aberta para um novo começo, e para isso contava com a ajuda de um velho conhecido.
Desci as escadas correndo, ouvindo os passos apressados de Min Jun logo atrás de mim.
— Não me siga! - Parei no pé da escada e me olhou confuso - Entendido?
— Só diz onde vai...
— Não importa, não devo satisfações à você!
— Mas deve satisfações a mim - Genna apareceu sabe-se lá de onde e cruzou os braços erguendo a sobrancelha.
Apertei a mandíbula e respirei fundo.
— Vou visitar um velho amigo, sabe, aproveitando que estou na cidade. Digo visitar o senhor e a senhora Wheeler, eu não os vejo há tanto tempo e senti um desejo de revê-los.
— Hum... Gente velha, não vou perder meu tempo com isso.
— Eles são realmente muito velhos. Não teria a menor graça nos filmar tomando chá e comendo bolinhos entende? - Abri um sorriso amarelo.
— Tudo bem, pode ir, Min Jun? Preciso resolver umas coisas com você tudo bem? Pode me ajudar?
— Mas...
— Vamos lá, venha me ajudar. Agora!
Ele suspirou contrariado e a seguiu.
***
E lá estava eu, parada encarando a porta da casa de Erick. Ou pelo menos o lugar que eu me lembrava que era sua casa.
Toquei a campainha duas vezes antes que ele abrisse a porta. Minhas pernas tremiam nervosas. O que eu estava prestes a fazer?
Então ouvi o som da fechadura sendo destravada e a porta se abriu. Lá estava Erick, diante de meus olhos e antes que ele pudesse dizer qualquer coisa eu o agarrei.
...
...
Sim
...
Eu tomei toda coragem do mundo para mim e o empurrei para dentro, esmagando seus lábios contra os meus, agarrada a sua camisa.
Ele não parecia tão afim quanto eu imaginava.
— Lisa... - Erick tentava falar, mas tudo o que eu fazia era ignorar enquanto desabotoava sua camisa.
— Quer ir pro quarto? - Indaguei pausando nosso beijo por alguns segundos.
— Não é isso... - Segurou um leve gemido e pousei minhas mãos sobre o zíper de suas calças.
— É isso que você quer né... - Sorri maliciosa e mordi os lábios.
— Meus pais - Ele tentava me desvencilhar de si.
— Por que tá falando deles, isso acaba com o clima...
— Estão aqui... Na sala.
Fechei os olhos por impulso. Virei a cabeça para o lado.
Abri um olho.
Depois o outro.
Os senhores Wheeler nos assistiam atônitos, sentados no sofá da pequena sala de estar.
A mulher permanecia boquiaberta e desejei enfiar a cabeça num buraco bem fundo.
— Ai meu Deus do céu - Fitei o chão e senti o rosto queimar.
— Mãe, pai, se lembram da Elisabeth, Elisabeth Scott? - Indagou desconcertado.
— Elisabeth Scott? A garota que abandonou a família e foi embora? - Indagou o senhor Wheeler.
— É um ponto de vista sobre o que aconteceu - Murmurei ainda sem graça.
— Vocês estão namorando? - Inquiriu sua mãe.
— Bem, hum... Digamos que... Bom... É... Como posso dizer...
— Não, não estamos - Respondi - Foi coisa minha, ele não tem nada a ver com isso. E não sabia que eu apareceria aqui. Sabe, Erick é atraente e é um cara adulto, então pensei que seria interessante aparecer e fazer uma visita...
— Isso é constrangedor, muito constrangedor - Resmungou ele.
— É esse tipo de visita que costuma fazer aos seus amigos?
— Na verdade não, não é - Balancei a cabeça completamente embaraçada.
— Nancy, eu acho que é hora de irmos para casa.
— Mas acabamos de chegar Steve, eu nem pude cortar minha torta de maçã...
—Nancy, eu acho que os dois querem privacidade, a torta pode esperar.
— Certo, você está certo - Concordou relutante.
Nancy se levantou e caminhou até a porta. Mas parou e apertou os olhos, me observando com mais cuidado.
— Eu vi você na televisão - Apontou para mim.
— Sim, estou num reality...
— Num programa de fofocas! - Me calei e arqueei aa sobrancelhas - Você foi presa por dirigir alcoolizada não foi?
— Fui, mas isso foi há dois anos atrás, eu tenho um certo problema com álcool. Mas estou bem agora.
— Eu não gosto dessa garota Steve, eu não gosto, ela não é boa para o nosso Erick!
Erick o parecia ainda mais envergonhado do que eu.
— Mãe, por favor!
— Vamos Nancy, isso não é da nossa conta!
O senhor Wheeler tentava conduzir a mulher para fora.
Erick trancou a porta assim que seus pais colocaram os pés para fora.
— Eu... Me desculpe por isso - Ele fechou os olhos e balançou a cabeça.
— Sou eu quem sinto muito, eu não sei onde estava com a cabeça, não sabia que ainda morava com seus pais.
— Não moro, eles compraram uma casa e me deixaram com nosso antigo apartamento, aqui em cima da loja de ferragens. Meus pais costumam me trazer comida quando sobra muito, minha mãe prefere que eu coma o que ela preparou no lugar do que ela chama de lixo indústrializado que vai me matar antes dos trinta - Ele esfregava a nuca - Mas o que foi aquilo Liz? - Indagou sem jeito.
— Ah, aquilo?
— Você me agarrou do nada. Não que eu não tenha gostado, mas eu realmente não esperava por aquilo.
— Nem eu... Eu não sei o que deu na minha cabeça.
— Se meus pais não estivessem aqui, o que teria acontecido Liz?
— Ah você sabe... - Ri sem graça.
— Uhum... Fitou meus lábios e senti sua boca contra a minha.
Erick era simples e direto. Eu não precisava decifrá-lo. Ele não tinha nenhum medo ou receio de me tocar. Muito menos uma noiva secreta em outro país.
Mas porque era tão difícil pensar somente nele?
Eu realmente tentei. Apertei os olhos e tentei pensar somente nele.
Erick Wheeler
Erick
Erick... Min Jun
Eri... Min Jun
Min Jun
Hyun Min Jun
— Eu não consigo - Interrompi o beijo e me afastei para trás - Eu sinto muito, mas... Eu não consigo...
— Eu entendo, tá tudo bem, ainda pensa nele - Coçou a cabeça e tentou se recompor.
— Eu e ele foi algo intenso demais pra esquecer tão rápido, passamos por tantas coisas juntos.
— Claro - Não havia mais aquela intensidade em seu olhar, apenas decepção - Quer beber algo? Tenho cerveja na geladeira.
— Acho que preciso mesmo de uma bebida!
***
Acordei de bruços sobre minha cama, com um feixe de luz solar em minha cara e uma pequena poça de baba sob minha cabeça.
Levei algum tempo até me localizar, enquanto eu levantava a cabeça que latejava numa dor lancinante e tentava identificar o ambiente ao meu redor.
Não me lembrava de ter chegado em casa, muito menos de me deitar em minha velha cama.
Zonza me arrastei até o banheiro. Um cheiro azedo me perseguia e então pelo abominável reflexo no espelho notei uma grande mancha amarelo esverdeada de vômito em minha roupa.
— Mas, mas o que aconteceu comigo?
Lavei meu rosto e analisei minha imagem. Péssima, talvez precisasse melhorar muito para ficar péssima.
Escovei os dentes e levantei o vestido que agora mais se parecia com um trapo velho. Precisava fazer xixi mais que qualquer outra coisa na vida.
Atordoada me sentei no vaso sanitário e observei o trinco da porta girando até que se abrisse.
— Ai droga, sempre isso! - Min Jun virou o rosto e deu dois passos para trás.
— Ei, você sabe como eu cheguei aqui? - Indaguei ainda sentada no vaso, segurando um rolo de papel higiênico.
— O que? - Voltou para dentro do banheiro.
— Sabe como cheguei aqui, no meu quarto? Nem me lembro de ter voltado pra casa.
— Pergunte pro seu amiguinho, ele pode te dizer - Fechou a cara e bateu a porta.
— Não precisava bater também - Resmunguei e abaixei a saia.
Mej estômago embrulhado se revirada a cada passo. O que eu estava pensando pra beber tanto? A noite anterior não passava de um borrão em minha mente.
Desci as escadas me apoiando no corrimão. A casa permanecia em silêncio. Aparentemente eu não era a única que havia virado o caneco ontem. Exceto por uma pessoa que caminhava de um lado pro outro com o telefone em mãos, digitando freneticamente, murmurando palavrões com destino desconhecido.
— Genna...
Ela tirou os olhos do aparelho e os direcionou a mim, arqueou as sobrancelhas, e fez uma careta de desaprovação.
— Você tá um lixo - Se aproximou e observou a mancha esverdeada - Ainda tá vestindo isso? Isso é vômito sabia? Por Deus Lisa, não poderia tomar um banho e vestir outra coisa? Você fede!
— Depois que me disser o que aconteceu ontem, eu simplesmente não consigo me lembrar.
— Você bebeu todas, é claro não se lembra. Mas vou te mostrar o que aconteceu ontem! - Deu um sorriso perverso.
— Ah não, vocês não fizeram isso...
— Sim, nós filmamos tudo, faz parte do show, você querendo ou não. Venha, vamos descobrir o que aconteceu na noite passada.
A segui até a Van preta estacionada na rua em frente à casa dos meus pais.
Nela havia uma pequena parede de monitores e computadores que exibiam cada movimento nosso, assistido pelos dois produtores assistentes de Genna.
— Vaza! - Ordenou ela enxotando os dois rapazes que sequer questionaram sua ordem expressa.
Me sentei em uma cadeira ao seu lado.
— Só não chega muito perto, você fede.
***
12 horas antes

Recém Casados [Reta Final]Onde histórias criam vida. Descubra agora