Camila,perdeu os pais em um acidente, ficando só com a irmã de 4 anos.... Perdida e sem rumo , vai morar na favela dá Rocinha, com teus tios....
Mal sabia ela, que sua vida ia mudar completamente....
Lern é a dona do morro, sua palavra ali é lei, pe...
POV Camila Me apoio na mesa e suspiro, minhas pernas estão trêmulas, o que foi isso? Quem é essa mina pensa que é para me intimidar desse jeito.... Que ódio, porque não conseguir falar nada, nem mexer eu consegui...droga, eu deixei ela me botar medo, quando a vi ali parada me olhando e oferecendo ajuda senti algo estranho dentro de mim, não consegui desviar os meus olhos dos seus, ela era uma babaca, arrogante.... mas era linda... - Meu Deus o que eu to pensando ? Ela é uma bandida - Vi a arma na sua cintura, e quando ela aproximou de mim eu não consegui nem me mexer, comecei a tremer pensei que ela ia pegar a arma e atirar em mim.
Mas então ela se aproximou e se abaixou e roçou o rosto no meu e sussurrou em meu ouvido, ali pensei que ia cair no chão, meu corpo arrepiou, e ela simplesmente foi embora - Balanço a cabeça e retorno a fazer meu serviço, é melhor esquecer isso tudo!- Afasto esses pensamentos e vou dar continuidade ao meu trabalho; depois de tudo prontinho, minha tia chega.
- Oi Mila, e aí tudo certo?- ela pergunta e faço que sim com a cabeça.
- Tia, teve uma moça aqui, deve ser um dos capacho do chefe, que queria falar contigo. - Ela deposita as sacolas que trouxe no balcão, e pergunta me olhando:
-Ela deixou recado?
- Não tia, de certo volta depois- falo encerrando o assunto.
Já era de noite, eu servi algumas mesas e lavei as louças, estava muito cansada. De repente vi uma moça, também com arma na cintura chegar e ir para o balcão.
-Firmeza, dona Brooke?- ela sorriu para ela.
-Oi Vero, tudo na paz!- ela entregou um papel para titia.
-Amanhã vai ter uma festa na quadra, patroa quer todo mundo lá... Leva as sobrinhas também. - ela olhou em minha direção e riu.
-Obrigada pelo convite, iremos sim- titia a responde- Ela retribuiu o agradecimento e saiu, me aproximei dela e perguntei:
-Posso ir embora tia?Preciso ver como Sofi está.
-Claro, sobe lá, diz pra Ally descer, obrigada pela ajuda- Sorrio para ela e vou para casa.
Depois de um banho, faço um lanche para mim e Sofia.
-A mana vai arrumar uma escolinha pra você... Lá você vai ter coleguinhas para brincar
-Eu quelo mana, oba!!_ ela diz eufórica, e corre para o meu colo e me abraça.
Ela é tudo que eu tenho, meus olhos se enchem de lágrimas, lembrando que agora somos só nos duas.
Acordo cedo, faço minha higiene matinal e então arrumo o quarto e abro as janelas. Troco a roupa da Sofi e penteio suas madeixas.
Tomamos um café e sigo até a escolinha que minha tia indicou, é tudo simples mas bem organizado.
Depois de matricular Sofi, sai para comprar seus materiais, ela começaria no dia seguinte, com certeza seria bom para ela, ter amigos a deixaria feliz.
A tarde fui para a lanchonete ajudar a titia, a noite ela iria chegar porque teria festa da patroa, e ninguém pode dizer não a ela...- aff - deve ser uma idiota que se acha a rainha da bala chita.
A noite logo chega e eu não sei o que vestir, uso mais jeans e camisetas e as gurias daqui andam quase peladas, com certeza me acham uma aberração, mas se usasse roupas iguais a elas me sentiria mal. Minha prima é das poucas que anda vestida decentemente, então vou até o quarto dela.
- Ally, posso entrar?-chamo e ela grita para eu entrar- abro a porta- ela está penteando suas madeixas.
-Eu não sei o que vestir- falo e ela me olhar e da um risinho.
- Veste o que tu gosta, aqui todo mundo é normal Mila, só as putas que gostam de se aparecer.
-Okay... vou me arrumar então.
-Vai lá e não se preocupa, você fica bonita ate se colocar um saco de lixo como vestido- ela fala e nós caímos na gargalhada, saio do quarto indo em direção ao meu.
Resolvo vestir uma blusinha cinza e uma saia preta e deixei meus cabelos soltos.
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Acho que ta de bom tamanho, passo apenas um brilho nos lábios, nunca fui de passar maquiagem. Arrumo Sofi com um conjuntinho cor de rosa.
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No horário marcado saímos de casa com toda a família reunida, quando chegamos na quadra o som rolava solto, várias barracas vendendo bebidas, espetinho e guloseimas para as crianças, a quadra estava quase lotada. Então penso que hoje finalmente, vou conhecer a tal dona do morro.
