Logo depois que acordei, subi para o meu quarto. Vânia me trouxe um monte de comprimidos e me obrigou a tomar todos. Trouxe meu café da manhã e queria me fazer comer à força, pois ontem eu não comi o lanche que ela havia feito.
- O que está acontecendo? - meu pai pergunta parado na porta do meu quarto.
- Desde ontem que a Isa não come nada e está vomitando. - Vânia me entrega.
- Eu só vomitei três vezes. - falo estressada.
- Você precisa comer, Isabella. - meu pai fala.
- Vai querer dá uma de preocupado comigo agora? Sério isso? - ele não responde, apenas sai do quarto.
- Precisava disso, Isabella? - Vânia me olha brava.
- Me deixa, Vânia. Vai procurar o que fazer. - ela suspira e sai do meu quarto também.
Olho para a bandeja com meu café da manhã e resolvo comer. Depois de comer metade, sinto vontade de vomitar e corro para o banheiro.
Eu detesto vomitar, é uma sensação horrível. Resolvo chamar a Vânia, estou me sentindo mal mesmo.
Saio do quarto andando devagar e me apoiando na parede, pois estava vendo tudo rodar.
Ao chegar no topo da escada, me seguro no corrimão e sinto que vou cair quando olho para baixo.- Vânia. - a chamo, mas ela não aparece. Chamo mais duas vezes e nada dela.
Começo a descer as escadas me segurando, mas acabo me descuidando e ia cair, quando meu pai aparece no fim da escada e corre para me segurar. Olho para ele por alguns segundos.
- Você devia está na cama. - ele diz sério.
- Eu preciso da Vânia. - falo desviando o olhar dele.
- Ela não está, foi ao mercado. - diz ele e suspiro.
- Você não devia está na escola? - pergunto seca.
- Vânia não queria te deixar sozinha e, praticamente, me obrigou a ficar aqui até ela chegar. Acho que vou ter que contratar mais empregados. - me irrito com o que ele diz. Por um instante, pensei que ele estava aqui por se preocupar comigo, mas não.
- Eu sei me cuidar sozinha. - falo grossa.
- Estou vendo. - sorri de lado.
Reviro os olhos e volto a descer as escadas, com meu pai sempre ao meu lado. Deito no sofá e suspiro.
O celular do meu pai começa a tocar e ele vai atender no escritório.
Começo a encarar o teto e, alguns minutos depois, Vânia aparece.- Detesto quando acha que sou uma criança e quando obriga o Rogério a ficar comigo. - falo antes de qualquer coisa.
- Você está doente, podia passar mal e não ter quem te ajudar. - ela se explica.
- Tem remédio para vômito? Detesto vomitar.
- Vou pegar e já trago. - ela vai até a cozinha e volta com um comprimido e um copo com água. Tomo o remédio e volto a encarar o teto.
- Que bom que já chegou, Vânia. Eu preciso ir para a escola. Até mais. - meu pai sai, sem falar comigo...para variar.
- Quer mais alguma coisa? - Vânia me pergunta.
- Não. - falo sem a olhar.
***
Depois de alguns dias, eu já estava bem melhor. Hoje vou voltar para aquela escola.
- Eu já estou indo, Vânia. - falo com a mochila nas costas.
- Toma, leva isso. - me entrega uma caixinha cheia de remédios.
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A Filha do Diretor
أدب المراهقينIsabella tem uma relação conturbada com seu pai desde a morte da sua mãe e quer distância dele, mas é obrigada a estudar na escola onde ele, além de dono, é diretor.