Isabella tem uma relação conturbada com seu pai desde a morte da sua mãe e quer distância dele, mas é obrigada a estudar na escola onde ele, além de dono, é diretor.
Acordei sem a menor vontade de levantar da cama, mas a Vânia não parou de bater na porta até que eu resolvi me preparar para a minha nova escola. Tomo um banho rápido, coloco uma roupa que tenho certeza que o meu pai vai amar.
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D
eixo meus cabelos azuis soltos e saio do quarto com a mochila apoiada no ombro. Desço as escadas correndo e vou até a cozinha.
-Meu pai já foi?-pergunto à Vânia.
-Saiu cedo.-responde enquanto pego uma maçã.
-Eu já vou também, não quero me atrasar no meu primeiro dia de aula.-ela me olha desconfiada- Tchau, Vânia.-saio antes que ela fale alguma coisa.
Vou comendo a maçã até a praça. Sento um pouco e fico mexendo no meu celular. Cinco minutos depois do horário de início da primeira aula, eu levanto e vou em direção a escola.
-Atrasada, mocinha.-diz a porteira e me olha de cima a baixo- Pretende entrar na escola com esses trajes?
-Bom...se eu escolhi vesti essa roupa e vim até aqui, deve ser porque eu pretendo entrar na escola com essa roupa.-ela arqueia a sobrancelha.
-Está me desrespeitando?
-Olha, eu cansei desse papo. Licença.-passo por ela e entro na escola.
Como eu imaginei, os corredores estão vazios. Todos na sala de aula. A porteira logo chega perto de mim, parecendo bem irritada.
-Imagino que você seja a novata. Olha só, vai estrear sua entrada na escola fazendo uma visita para o diretor, que honra não?-bufo irritada e vou para a sala do diretor a seguindo.
Ela bate na porta e entra, um minuto depois sai e diz que o diretor me espera. Entro na sala e encaro o meu pai.
-Sério isso, Isabella?-ele pergunta.
Sento na cadeira em frente à mesa dele e o observo com tédio.
-Desculpas, querido diretor. Eu sou nova aqui e não faço ideia das normas do colégio.-sorrio sínica.
-Não torna as coisas mais difíceis, Isabella.-ele fala irritado, mas sem querer gritar.
-Para começar, eu nem queria está aqui. Então, não peça que eu me esforce em nada.-ele suspira e passa a mão pelos cabelos tentando manter a calma.
-Duas advertências por está atrasada e vir para a escola sem o uniforme.-ele diz sério- Não pense que vou passar a mão na sua cabeça por ser minha filha.
-Não pensei isso, nunca passou pela minha cabeça. Aliás, eu gostaria de te pedir um favor. Não comenta com ninguém que eu sou sua filha, assim ninguém vai poder dizer que o dono da melhor escola da cidade tem como filha a pior aluna da cidade.-levanto da cadeira- Estou no 1° ano A, não é? Bem longe da secretaria...legal.-sorrio falsamente e saio da sala dela.
