Amigas, romances e Paris.

Capítulo 8

Os outros garotos vieram e descubro que são Josh e Dan, tecladista e baixista da banda. Os rapazes ficam jogando sinuca e a comida chega minutos depois. Ninguém parece com fome já que continuaram a jogar.

- Se liga Josh, porque quem perder passa por baixo da mesa. –David diz todo convencido como se nunca tivesse perdido uma partida. Estou sentada junto com a Clara no sofá um pouco impaciente com esse jogo que parece nunca terminar. Sorte que tem comida japonesa suficiente e podemos comer antes de realmente ser “a hora da janta”.

- Vou pegar mais cerveja –digo para Clara, que dá pouca importância porque está ligada na sinuca.

   Abro o frízer e pego na garrafa muito gelada e me assusto quando vejo Harry atrás da porta quando a fecho.

- Não queria te assustar, só vim pegar uma cerveja.

- Não faz mal, pega esta – estendo a minha cerveja e abro novamente o frízer para pegar outra. –Estão se divertindo¿

- Ah... David e Niall estão ganhando, só jogo a próxima rodada.

- Não gosto daquele jogo, sou realmente péssima. –encosto-me ao balcão e tento abrir a tampa da cerveja, sem o abridor realmente fica difícil.

- Eu abro pra você. –Harry estende sua mão e com facilidade tira a tampinha, sinto-me sem força pela simplicidade com que ele abriu.

- Obrigada... E obrigada por terem vindo. –estou falando muito, daqui a pouco começo a falar besteira – Acredito que vocês estavam cansados e loucos para ir ao hotel e dormir.

- Cansados¿ Nem tanto –ele dá um gole na sua cerveja e se encosta ao meu lado –Vim também porque queria escutar você falar coisas engraçadas para mim.

- Ótimo, sorte sua porque não preciso ficar bêbada para falar besteira.

- Nisto eu acredito. –agora estou sendo a palhaça¿ Sério¿ Que merda.

- Porque foi tão engraçado o que eu disse¿ Falei que não gosto da cor dos seus olhos e isto não é muito engraçado. –digo com a esperança de diminuir o humor dele, mas não tenho sucesso, ele é simpático demais para não sorrir.

- Foi a maneira que você ficou depois que disse, ficou com uma cara tipo ...-ele me imitou com os olhos arregalados e boca aberta, não duvido que foi exatamente assim que fiquei –Não resisti em não ri.

- É eu percebi... –eu disse sorrindo e olhei para ele, que me encarou com um sorriso torto.

- Ninguém havia dito aquilo antes para mim, posso dizer que foi um momento histórico.

- Sinto muito em participar da sua história desta forma.

- É... Nunca vou esquecer daquilo. –ele olha para frente e faz cara de triste, sei que é só para me provocar.

- Não vou responder a isso Harry, você está querendo só me deixar com mais vergonha. –digo e me desencosto do balcão. Ele ri, comprovando a minha teoria.

- Qual o seu nome¿

- Letícia.

- Nunca ouvi este nome antes.

- É muito comum no Brasil.

- E é muito bonito também. –ele diz e acho que ele espera que eu diga algo com “você é gentil”, não sei, isso está começando a ficar confuso.

- Também acho. –digo

- Não é rude todo o tempo, mas é convencida¿ -ele fala e fico sem palavras. –Vamos lá Letícia, estou brincando.