Amigas, romances e Paris.

Capítulo 25

*Pensou sobre o que te pedir¿* Sim muito, mas não me decidir ainda.

*Preciso de mais tempo, desculpa*

*Quanto tempo¿*

*Quando vai embora¿*

*Depois de amanhã* Então se eu preferir ficar com ele só vou tê-lo temporariamente¿ Mais um ponto para sua lista de contras.

*Mas fico se você escolher a mim* segundos após ele envia como se fosse o complemento da outra.

*No final do dia dou-lhe uma resposta*

   Ele não responde e acredito que seja porque realmente não temos mais nada a falar, por enquanto. Sinto o clima tenso mesmo que ele não esteja aqui.

   Encontramos com Bernard no restaurante e o clima entre nós também é diferente. Visto que não nos comunicamos desde ontem não há beijinhos de cumprimento, apenas um abraço desconfortável que somos obrigados a dar devido a pressão da Mariana e David.

   Fico aliviada quando Letícia chega com Harry, assim posso ficar mais a vontade em alugar a minha irmã para esse passeio turístico.

   Mariana e Letícia começam suas típicas crises de nerds e explicam sobre a Saint-Chapelle. Uma capela gótica erguida pelo rei Luís IX, têm 15 vitrais retratando cenas religiosas e bla bla bla, só conseguir gravar isso.

   Foi completamente embaraçoso quando tive que escolher um carro para ir. Graças a Deus Letícia foi incrível em inventar a desculpa de que queria passar mais tempo comigo e pediu para eu ir com ela e o Harry. Chegamos ao Palace des Vosges e as coisas ficaram piores, eu e Bernard não trocamos nem um sorriso ou palavras. Eu estava disfarçando bem, mas ele estava muito calado, fingindo muito mal que estava gostando do passeio.

   Palace des Vosges é a praça mais linda que já vi, mais bonita do que o parque de Luxemburgo... Acho que era esse o nome. A grama verde e as arvores com seus galhos a encherem-se de neve faziam um cenário incrível para fotos.

   Enquanto o grupo conversa e tira fotos, fico calada como Bernard. Coloco minhas mãos dentro do bolso do casaco e disfarço para olhá-lo, mas sou apanhada com ele também olhando para mim. Dou um sorriso tímido e ele faz o mesmo. Não deve está sentindo ódio de mim.

   Aproximo-me e ele não recua.

- Oi. –digo

- Oi. –ele responde com o mesmo sorriso desconcertado.

- Desculpe por ontem. –sei que estou errada, não posso ser tão estúpida e de alto ego para não admitir. –Foi completamente estranho.

- Foi...

- E desculpe não falar com você até agora, só não sei mesmo o que fazer ou falar com você.

- Sem pressão, certo¿

- O que quer dizer¿

- Que poderíamos não forçar nada. Está pedindo desculpa e podemos agora voltar a falar um com outro sem tensão.

- Ainda estou confusa. –admito. Não quero que ele seja rápido em me perdoar achando que quero ficar com ele ou algo assim.

- Eu sei. –seu sorriso some, mas de alguma forma sei que posso continuar aqui e puxar assunto sobre qualquer merda.

  Tiro fotos com as meninas e tiro selfie com todos para mandar à mamãe. Ela está sempre reclamando que não tenho falado muito com ela e peço para que seja compreensiva porque esta viagem está sendo muita agitada. Estamos tirando fotos e juntando um monte de histórias para contar a ela depois.