Capítulo 01.

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Sarah Cropper.

Sinto meu coração se apertar, pois sei que ele já está de saco cheio disso tudo, e quem não ficaria? Estávamos bem novamente e vem esse casamento, é como se não fosse para ficarmos juntos. O fito e ele fica em silêncio por alguns segundos, eu entendo que queira desistir e não vou culpá-lo por isso, é seu direito. Suas mãos acariciam a minha com pesar, seu toque gélido, parece queimar em minha mão.

— Você, não precisa me dizer nada, eu entendo. – Digo com pesar, não devia, mas sinto pesar nesse momento.

Sinto sua mão apertar a minha e um suspiro sair de sua boca, seus olho vão aos meus e um sorriso de canto aparece brevemente em seus lábios, o que significa isso?

— Eu só me preocupo com você, então, eu quero te ajudar com o que puder, mesmo sabendo que não será minha. – Sorri com pesar. – Afinal de contas, somos irmãos. – Não pude evitar de sorrir, não acredito que vai me ajudar.

— Não precisa cuidar de mim, sei fazer isso, mas agradeço por isso, obrigada por ficar do meu lado.

— Por favor... Não fica brava comigo, mas não concordo de você ir atrás de Ramon. – Revira os olhos.

Passo uma das mãos pelo meu pescoço e o fito por alguns segundos. Como pode voltar a esse assunto, depois de me irritar com ele?

— Você ainda vai me enlouquecer por ser tão complicado. - Suspiro.

— Eu sei... Todos enlouquecem, sou diferente demais. – Dá de ombros.

Sorri e soltei sua mão, está na hora de ir e achar logo a resposta que procuro, talvez cancelando esse casamento, podemos nos dar a chance. Faço um portal a centímetros e Ryan me fita confuso.

— Aonde vai?

— Preciso ir no Jardim Celeste. - Respiro fundo. - Até te chamaria para ir comigo, mas vampiros não entram lá. – Sorri de canto.

— Vai ver Evan? – Me fuzila.

— O que? Sério isso? - Digo indignada.

— Não... Até porquê você não me deve satisfação. – Desvia o olhar, mas é nítido que está com raiva, com isso me aproximo dele e coloco a mão em sua testa. - O que está fazendo? - Segura minha mão.

— Vendo se você está doente.

— Não seja boba, vampiros não ficam doentes.

— Nunca se sabe, né? – Sorri. - Bom preciso ir, poderia avisar para John?

— Avisarei sim para nosso papai... Irmãzinha. - Diz sendo irônico.

— Bem irônico irmãozinho, não acha? – Sorri de canto e ele se aproxima, ficando a centímetros de mim.

— Bem irônico mesmo... Irmãos não fazem o que já fizemos e o que ainda pretendo fazer. - Sussurra com malícia.

— E o que você pretende fazer? – O fito.

— Segredo, mas garanto que vai gostar. - Dá uma piscadinha e vai em direção as escadas.

Ergo uma sobrancelha, mas não deixo de pensar no que falou, chega a ser até engraçado nosso digamos que "caso", uma hora a gente briga, na outra se gosta e com certeza, se deseja. Talvez eu tenha uma parcela de culpa nisso tudo, sou complicada tanto quanto ele. Enfim, sem demoradas, mando um beijo para ele e o mesmo sorri ainda parado na escada.

— Voltarei para o almoço. - Dou uma piscadinha e entro no portal.

Em um piscar de olhos já estou no belo Jardim celeste, esse lugar é tão bonito, que me sinto bem toda vez que passo por aqui. Caminho até a casa que fiquei por uns meses e pego algumas ferramentas, tesoura, uma pá pequena e uma cesta enorme. Vou dar uma volta nos mundos a procura de folhas e ervas para fazer poções e feitiços para proteger minha família. Começo a caminhar pelo campo do Jardim e em seguida, vou para o mundo das fadas, depois o campo luminoso e por fim o submundo, onde tem muitas criaturas mágicas e malignas, como fantasmas e demônios. Confesso que fiquei com um pouco de medo, mas eu preciso de uma raiz rara que tem por aqui, ela dará mais resistência as poções e amuletos de proteção que farei para todos em casa. Um ponto curioso que me chamou muita atenção foi as criaturas me fazerem reverência, se eu sou uma escolhida branca, por que deles me reverenciarem? Acho melhor não pensar nisso e voltar o mais rápido possível para o Jardim Celeste. Depois de algumas horas, vejo que consegui bastante coisa dos campos e florestas. Satisfeita volto para casa e coloco a cesta em cima da mesa, vou direto para a geladeira, estou morrendo de sede. Me sento e bebo quase uma garrafa de água. Ao levantar me olho no espelho e vejo que estou imunda, parece que brinquei na lama o dia inteiro, dou um sorriso bobo lembrando da minha infância, onde eu corria pelos campos e florestas desse lugar. Minha mãe me vem a mente nesse momento, queria tanto que ela tivesse brincado comigo, me dado broncas e dado risadas de mim quando fazia palhaçadas. Suspiro e sinto uma lágrima percorrer minha bochecha. Ouço alguém bater na porta, seco meu rosto e vou abrir a mesma, quem será? Assim que meus olhos caem do lado de fora, tenho uma surpresa ao ver quem é.

Escolhida pelo destino. - Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora