Capítulo 12.

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Tiro meu braço de suas mãos indignada, como ele consegue ser tão traiçoeiro? O vejo ir embora e entro no quarto onde vi Evan entrar.

— Por que você está com raiva de mim? - O fito.

— Ainda me pergunta? Você quase matou um inocente. - Suspira. - Você não devia nem estar naquele lugar.

— Por que estamos noivos? Eu não sou sua prisioneira Evan! - Esbravejo.

— Exatamente, não é minha prisioneira e nem quero que seja, mas é minha noiva, não devia estar em uma festa dessas com esse garoto, nem para ser Ryan, aceitaria melhor a ideia.

— Vai me dizer que agora não posso mais sair com minha melhor amiga? - Cruzo os braços, ele se aproxima de mim vagamente com um semblante de decepção no rosto.

— Sim você pode sair, pode viajar e até matar se quiser! Por mais que você odeie o fato de nos casarmos, isso não significa que você pode ficar se agarrando com o primeiro que vê. - Me fita. - Respeito é só o que quero de você, mesmo a gente não se gostando como casal. - Ele me fita pela última vez e vai até a cama que Miguel está, certo, se eu me sentia péssima, agora estou no chão.

— Evan... - Pego em seu ombro.

— Não Sarah! Não tente inventar palavras... Imagine se eu ficasse com todas as garotas que vem atrás de mim? - Segura meus braços. - Sabemos muito bem que esse casamento não vale de nada para ambos, mas eu não quero ficar na boca de ninguém e muito menos quero vê-la em comentários sujos. - Por um momento me sinto ferida com sua última frase, o fito sem dizer nada, o mesmo me olha de cima abaixo e me solta ainda com seu olhar em meus olhos. - Melhor ir para seu quarto e se limpar, não aguento te ver assim... É o mesmo quarto que ficou da última vez, pedirei a Maria para te levar toalhas e roupas limpas. - Suspira.

Assenti e vou em direção a porta, o fito pela última vez na esperança dele fazer o mesmo, mas Evan fica mexendo com poções. Suspiro e saio do quarto, me sinto tão culpada, nunca vi Evan tão decepcionado, acho que realmente passei dos limites essa noite. Já em meu quarto me olho no espelho e me vejo como um mostro, começo a chorar como uma criança odiando cada centímetro de mim mesma. E mais uma vez fiz besteira, só não sei se foi por causa de Ryan, droga, qual o meu problema? Enterro minhas mãos em meus cabelos e abaixo minha cabeça na penteadeira. Ergo minha cabeça após alguns minutos e me olho mais uma vez no espelho, seco minhas lágrimas mais aliviada.

— Tenho que ir embora daqui. - Digo a mim mesma.

Abro a porta e dou de cara com Maria, ela me olha assustada por me ver toda cheia de sangue.

— A senhorita está bem? Está cheia de sangue. - Me fita.

— Eu estou bem, obrigada pela gentileza, mas já estou de saída. - Sorri.

Passo por ela e desço o Hall o mais rápido possível e para meu azar, Victor está parado na porta da frente, parece que ele adivinha meus passos. Respiro fundo e vou até lá, o fito e logo desvio o olhar, pego na maçaneta para abrir a porta e Victor coloca sua mão sobre a minha com agilidade.

— Vai a algum lugar? - Sorri para mim e tiro minha mão da sua rapidamente.

— Isso não é da sua conta.

Mas é da minha! - Ouço a voz de Evan e me viro o fitando brava, ele está me tratando como uma prisioneira, que direitos ele tem para isso? - Aonde vai? - Victor se retira com um sorriso no rosto e acho que ele adora nos ver brigando.

— Vou deixá-los a sós! - Sorri.

— Vai me responder ou não? - Volto minha atenção para Evan.

Escolhida pelo destino. - Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora