Capítulo 51.

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Ryan Norhan.

Ao abrir meus olhos, percebo estar na biblioteca, tudo está bagunçado e há uma das mesas partidas ao chão. Me levanto e estralo meu pescoço, lembrando que John me atacou, por um momento me lembro de Sarah e saio da biblioteca rapidamente, a procuro pela casa e não a acho em nenhum canto. Paro em frente a porta do escritório de John e entro sem bater, como de costume. O mesmo fica de costas e pela primeira vez o vejo com um copo de bebida em mãos e um cigarro na boca. Ele se vira e me fita friamente, como o vampiro que realmente é.

— Onde está Sarah? – O fito.

— Ela fugiu. – Seu tom é frio. – Deve estar bem, logo estará em casa. – Dá uma tragada em seu cigarro e me pergunto de onde saiu, pois ninguém aqui fuma, somente bebi.

— Não me admiro, que não saiba onde ela está.

— Não me provoque, Ryan. – Esbraveja.

— Acho que não sou o único a tentar machucá-la, não aceito mais suas regras em ficar longe dela. – Me aproximo e o fito a centímetros. – Somos isso John, mas não quer dizer, que quero machuca-la.

Ele nada diz, então me retiro de seu escritório, vou para meu quarto e pego meu celular, na tentativa de falar com Sarah, mas apenas cai na caixa postal. Respiro fundo e vou até minha janela, onde vejo que o tempo está uma droga, neblinas e logo mais chuva. Entro em devaneios por um momento, mas logo saio ao ouvir um barulho no corredor, vou em direção ao barulho na esperança de ser ela, porém nada vejo ao abrir a porta, o corredor continua vazio. Vou em direção ao quarto de Sarah e entro, fechando a porta atrás de mim. Corro meus olhos ao redor e tudo está em seu devido lugar, lembranças de horas atrás me vem à mente e sinto meu coração apertar, sinto tanto sua falta. Fui covarde em terminar com ela, pois tive medo de machuca-la e até matá-la em algum momento, meu desejo por ela é grande e não digo apenas no sentido de amor, mas também no sentido de alimento. Ouço um vibrar de celular e olho ao redor, ela o deixou em sua penteadeira, me aproximo e pego o aparelho, que mostra uma mensagem de texto. A abro e leio cada palavra com raiva, não acredito que ela andou conversando com Carlos, de sua parte não foi nada de mais, porém na dele... Me faz ter vontade de mata-lo. A porta se abre e aqueles maravilhosos olhos, me fitam surpresos.

— Achou algo interessante? – Diz ao ver o celular em minhas mãos.

— Preferia não ter achado. – Coloco seu celular no lugar onde estava.

— Certo. – Entra, fechando a porta atrás de si e vai até sou guarda-roupas, onde pega uma mala e coloca sobre a cama.

— Onde vai dessa vez? - Fito a mala.

— Fugir. - Começa a arrumar a mala.

— Por que? – A fito confuso.

— Tem um grupo de bruxos atrás de mim e não estão vindo para fazer amizade. – Suspira.

— Me explica o que está acontecendo. – Pego em seu braço a fazendo me fitar.

— Eu tenho um problema e se chama Sonar, como sabe, ela vive em mim e está tentando me controlar, os bruxos souberam disso e estão vindo atrás de mim. – Suspira ao dizer. - Alegam que sou uma ameaça.

— Ameaça? Logo você que não mata uma barata. - Sorri. - Você não me parece descontrolada.

— Se todos pensassem assim, seria bom. – Volta a arrumar suas coisas e para de repente. - Como está meu pai? - Diz sem me fitar.

— Triste... Acho que é assim que se diz, não saiu de seu escritório até agora. – Suspiro ao lembrar de como estava. – Ele estava fumando e bebendo, coisa que nunca o vi fazendo, acho que está arrependido do que fez.

Escolhida pelo destino. - Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora