Capítulo 38.

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Antes que me responda, me assusto com Ryan e Lorena pulando na frente da caverna, quando volto meu olhar em sua direção, adivinha, ele sumiu, acho que todo cuidado será pouco.

— A solidão te deixou maluca a ponto de falar sozinha? - Diz Lorena a sorrir.

— Não, estava treinando alguns feitiços novos. - Solto faíscas pelas mãos e sorri.

Ela dá um pulo para atrás e logo faz uma careta, me divertir até, com muito deboche a mesma passa por mim esbarrando em meu braço, coitada, só não dou uma lição nessa garota, porque seria covardia. A mesma se deita onde eu estava e fica de costas para nós, olho para Ryan que me fita com raiva, mas não estou nem aí, ela começou.

— Vou comer alguma coisa. - Saio da caverna.

A floresta está tão escura que não sei nem por onde procurar frutas, faço uma luz com meus poderes e antes de entrar floresta a dentro, ouço a voz do meu amado, me viro para fitá-lo.

— O que ele estava fazendo aqui?

— Ele quem? - Ergo a sobrancelha.

— Declan!

— Você o viu? Bom, veio me propor um novo acordo. - Olho para as árvores.

— Que acordo? - Junta as sobrancelhas.

— Não sei... Vocês chegaram bem na hora. - Sorri e comecei a caminhar. - Mas ele vai aparecer de novo... Onde está Lorena?

— Dormindo ou, pelo menos, parecia. - Caminha junto comigo.

— Então é bom não falarmos de... Aquela pessoa, não sabemos se ela está nos vigiando, não confio nem um pouco nela.

— Você poderia tentar ser mais gentil com ela... Ela deve ter passado por muita coisa.

— O que? - Paro e o fito. - Também passei e ainda passo por muita coisa e mesmo assim ela não teve a consideração de ser gentil comigo. – Esbravejo. - Não sei nem o porquê de você está a protegendo tanto. - Volto a caminhar.

— Não estou protegendo-a... Só não gosto de te ver brava, porque se você fica brava com ela, automaticamente fica brava comigo. - Suspira e continua a caminhar.

— Bom, se não quer isso, então segure a língua dela.

Paro em frente a uma árvore e subo nela para pegar maçãs, ainda bem que tem muitas por aqui, na verdade parece que é a única coisa que cresce nesse lugar, não são tão doces e bonitas como as do campo, mas dá para comer. Fico em cima da árvore comendo e pensando no que Declan queria me propor dessa vez, acho difícil ser algo que me convença de cara, mas, vamos esperar, não é mesmo? Meus pensamentos são interrompidos quando Ryan sobe na árvore e fica me fitando.

— Acho melhor você ir ver como Lorena está. - Digo sem o fitar.

— Tenho certeza de que está bem. - Se aproxima. - Não seja tão fria comigo.

— Você merece, me chamou de infantil. - O fito. - Fora que toda hora fica a defendendo.

— Arg, ok, me desculpe... Melhor assim? - Resmunga.

— Seja mais criativo.

— Me desculpe por te chamar de infantil, eu só não estou acostumado com esse seu lado malvado e ciumento. - Pega em meu rosto. - Eu gosto da Sarah boazinha e amável, por favor, não fica assim comigo.

— Bom, como eu ouvi um desculpe e um por favor, vou perdoar por hora, mas qualquer gracinha, você vai me pagar. - O fito.

— Você é mesmo uma graça. - Sorri.

Escolhida pelo destino. - Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora