Capítulo 18.

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— Estão te procurando, parece que um demônio te quer, então estão vagando em suas propriedades. - Suspiro. – O bom é que Ryan é encrenqueiro, mas isso não vem ao caso, estamos com planos de você não voltar tão cedo para a mansão, já entrei em contato com sua madrinha e estamos verificando a melhor forma de te proteger.

— Eu preciso ver meu pai. – O fito.

—  Não tem como sair daqui até o amanhecer e entramos em um combinado de você ficar mais dias aqui.
– Victor suspira, com certeza sem paciência.

— Eu não concordei com isso, quero minha casa. – Esbravejo.

— Sarah, é para seu bem. – Evan pega em meu braço de forma gentil e o fito. – Confia em nós, ou em mim... Não sei.

Suspiro e me retiro do lugar, vou para o quarto onde estava em passos rápidos e bato a porta ao entrar. Respiro fundo e meus olhos caem sobre a caixinha preta na cama, levo a mão ao pescoço e toco o colar que Evan me deu, que coisa, nunca passei um aniversário sem uma festa e trancada onde não quero. Vou em direção a janela e fito esse mundo estranho, como poderia imaginar um dia que estaria dentro de um livro? Porque para mim, esse mundo mágico, existe apenas em livros. Vejo que o tempo e está mudando e começa a chover, mas não é qualquer chuva, digamos que virou uma tempestade em segundos. Ouço um trovão mais alto do que o costume e dou um passo para trás, onde me esbarro em alguém e esse alguém é Evan.

— Você se acostuma, não precisa ter medo. – Sorri de canto. – Trouxe uma coisa para nós. – Levanta uma garrafa de vinho, me fazendo fitar a embalagem.

— O que? Onde conseguiu? – Pego a garrafa de sua mão abismada. – Evan, esse vinho é de 1950. – O fito abismada.

— Temos uma adega, e como não viemos aqui a muito tempo. – Dá de ombros.

— Hum, isso foi legal de sua parte.

— É seu aniversário, tenho certeza que não gostaria de comemorar nesse lugar, então, podemos ficar bêbados e fingir que é uma grande festa. – Sorri com seu comentário e o mesmo pega a garrafa de minhas mãos, a levando até a cômoda e a abrindo. – A você. – Dá um gole no vinho e me oferece.

— Não é assim que se aprecia um vinho desses. – Sorri e pego a garrafa de suas mãos, a levando a boca. – Mas quem precisa de modos.

Evan sorri e pega a garrafa de minha mão,  levando a sua boca em seguida, uma boca que não tinha reparo, mas é bonita, muito bem desenhada. O mesmo me oferece a garrafa e aceito, pois esses pensamentos estão estranhos. Demorou minutos para olhar ao redor e ver que já estamos na segunda garrafa, fito Evan e o mesmo sorri de canto. Começo a caminhar pelo quarto e olhar o que tem na cômoda.

— Evan, você sentia algo por mim quando criança? – O fito e ele continua olhando para o lado de fora, através da janela. – Aquela sensação que senti, sabe? – Seus olhos vão em mim e logo seus passos vem em minha direção.

— Acho que sentia sim. – Diz a centímetros de mim. – Mas, por que dessa curiosidade agora? Mudaria algo?

— Bom... Eu. – Paro de falar e desvio o olhar, pois sei que quero algo dele. – Na verdade, eu quero uma coisa. – O fito.

— Que coisa? – Pega em meu rosto e levanta queixo. – Sabe que pode me pedir o que quiser, ainda mais por ser seu aniversário.

— Qualquer coisa? – Digo em um fio de voz e sem pensar duas vezes o puxo para um beijo.

Coloco minhas mãos em sua nuca e logo sou retribuída de forma desejosa, suas mãos apertam minha cintura, mas logo Evan se afasta.

— Desculpe... Eu não... – Sou interrompida.

Escolhida pelo destino. - Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora