Sarah Cropper.
Minha vida mudou da noite para o dia com a morte de Ana, minha cabeça doí e meu coração... Já não sei se ainda o tenho. Após uma breve conversa com meu pai, onde ele me disse que estão suspeitando de Ryan pela morte de Ana, acho que isso foi demais para mim, então a única coisa que pude fazer, foi me entupir de calmantes, pois não estou aguentando mais. Acordo após ter me sentado na biblioteca e tentar ler um livro, mas acho que não tive sucesso, pois ao olhar para baixo, vejo que não sai do primeiro capítulo. Suspiro e levanto meu olhar, sorri brevemente ao ver meu porto seguro me fitar.
— Como você está? – Se curva e se apoia em suas pernas.
— Com o raciocínio lento e perdida… Acho que tomei calmantes demais. - Coloco a mão na testa. - Que horas são?
— São quase 17 h.
— Nossa, que horas vai ser… Você sabe. – Suspiro.
— Ás 18 h. – Faz uma pequena careta ao dizer.
Fico quieta por um momento refletindo sobre isso, não sei se é por causa dos calmantes, mas não consigo me alterar, minha mente está lenta e meu corpo relaxado, e claro, não deixo de sentir tristeza.
— Acho que tenho que me aprontar, não é? - O fito. - Mas preciso te dizer uma coisa antes.
— Pode dizer... - Ele se levanta e começa a caminhar pela biblioteca.
— Meu pai foi a procura de quem matou Ana, e por algumas testemunhas... Bom, estão acusando você.
— Fiquei sabendo, isso é um absurdo, eu não seria capaz de matar Ana, fora que você esteve comigo o tempo todo. – Diz calmo.
— Quase todo. - Digo em um fio de voz.
— Você está falando sério? - Sorri com deboche. - Você não acredita nisso, não é?
— Não... Claro que não... Eu só. - Penso nas palavras. - Só falei bobagem. - Desvio o olhar.
— Não está parecendo. – Pega um livro e o abre. – Olha, posso ser o cara mais errado dessa casa, posso já ter matado algumas pessoas, mas nunca seria capaz de matar sua melhor amiga. – Se aproxima e por trás sussurra em meu ouvido. – Também não sou o diabo.
Suas palavras são sinceras, sinto isso com a firmeza com que as diz. O mesmo coloca o livro sobre a mesa e o sigo com olhos, até que pare em minha frente. Ele se agacha e me fita com aquele olhar sem sentimento, o mesmo de quando o vi pela primeira vez, tão vazio. Quebro nossa conexão e desvio o olhar me sentindo intimidada, mas logo meus olhos se encontram com o seus novamente, pois ele fez por onde isso acontecer ao segurar meu queixo e virar meu rosto.
— Deixa eu te ajudar…- Se levanta e pega o livro em meu colo. - Não sabia que gostava de finais tristes. – Sorri após ver o título do livro.
— Gosto de romances e esse a história é bonita, já o li mais de mil vezes. - Me levanto.
— Sim, muito bonita, eles se amam, mas não podem ficar juntos, Romeu acha que Julieta morreu e se mata ou algo assim… - Dá de ombros.
— Para quem não gosta de romance, você resumiu até bem. - Sorri.
— Eu tenho mais de cem anos, se eu não soubesse disso. - Sorri. - Eu assisti a primeira peça teatral dessa baboseira.
— Isso é sério? Você assistindo uma peça romântica? – O fito desacreditada.
— Bom… Quando você tem motivos, você vai, mesmo que passe a peça toda no tédio.
— E qual foi esse motivo? - Ergo a sobrancelha.
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Escolhida pelo destino. - Livro 2.
Romance**Atenção, essa obra tem todos os direitos autorais, em caso de plagio, responderá a processo, plagio é crime.** Da saga O que desconheço continuarei com minha nova vida cheia de decisões difíceis, após minha melhor amiga ser transformada em vampira...